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O melhor jogador da melhor Academia

Por Miguel Braga*
24 Set, 2020

Cristiano é sinónimo de trabalho e sucesso e é isso mesmo que queremos dos nossos jovens e da nossa formação

No início da época 2001/2002, um jovem de 16 anos fez a pré-‑época com a equipa principal do Sporting CP. Acabou por não ficar nessa equipa campeã, onde na altura prontificavam os então jovens promissores Ricardo Quaresma e Hugo Viana. Na altura, começou a correr o rumor nos corredores e bancadas de Alvalade que existia mais talento na nossa formação e que, imagine-se, até diziam que era melhor do que o futuro Mustang. Verdade seja dita, no final dessa época, o jovem madeirense “completava” as suas épocas de formação do Clube com números impressionantes: 105 golos em 126 jogos disputados de Leão ao peito.

Foi por isso com natural expectativa que vimos crescer em Alvalade aquele que viria a ser o melhor jogador português de todos os tempos: ninguém ganhou mais que ele, ninguém foi tão consagrado, ninguém marcou tantos golos ou teve tantas internacionalizações. Mas no início da época de 2002/2003 toda a História ainda estava por escrever. Ainda antes da estreia oficial – que aconteceu frente ao FC Internazionale Milano, em jogo a contar para 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões, no dia 14 de Agosto de 2002, substituindo o espanhol Toñito aos 68 minutos –, num jogo de pré-época frente ao Olympique Lyonnais era assim descrito pelo jornal Record: “Atenção a este miúdo. Tem poder de desmarcação, capacidade de drible e sentido de baliza”. Raras vezes foi tão certeira a descrição de uma jovem promessa. Mesmo assim, havia quem duvidasse que Ronaldo chegaria ao Olimpo do Futebol. László Bölöni, o treinador que o lançou, recordava há uns anos uma aposta com o seu advogado, Fernando Seara, conhecido adepto do clube rival: “Ele era benfiquista e ficou escandalizado por eu ter dito a uma rádio que o Ronaldo iria ser tão bom como Eusébio e Luís Figo. Então apostei que não só iria ser tão bom como até seria melhor. Ainda estou à espera que me pague o jantar”.

Entretanto, passaram-se 18 anos de uma História sem igual. E hoje, o nome Cristiano Ronaldo é sinónimo de sucesso, de trabalho, ou se quisermos, de esforço, dedicação, devoção e glória. Ronaldo é a personificação do nosso lema, alguém que soube ouvir, que soube trabalhar e continuar a acreditar até superar os seus próprios sonhos.

Esta semana foi desvendado um segredo bem guardado: Cristiano, a Lenda, aceitou o desafio do presidente Frederico Varandas e a homenagem do Clube que o fez jogador e homem: dar o nome à nossa Academia, pedindo apenas em troca que o Clube faça a inauguração com o próprio presente. A todos os envolvidos, o Sporting CP e os Sportinguistas só podem estar agradecidos. Ronaldo faz parte da nossa essência e a essência de Ronaldo é verde e branca. Cristiano é sinónimo de trabalho e sucesso e é isso mesmo que queremos dos nossos jovens e da nossa formação. Que assim seja.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal