40 anos
15 Out, 2020
O primeiro título do regressado basquetebol Leonino foi escrito com esforço e mestria táctica do nosso experimentado treinador Luís Magalhães
Há 40 anos não havia telemóveis, o estádio José Alvalade ainda não tinha o que viria a ser a bancada nova e o Sporting CP conquistou um campeonato nacional de futebol em luta até ao último jogo com o FC Porto. Não tenho memórias desse título, era ainda muito pequeno. Mas sempre ouvi falar do letal tridente atacante da nossa equipa, Manoel, Manuel Fernandes e Jordão. Nesse ano de 1980, com o basquetebol Sportinguista em plena actividade e antes do extraordinário bicampeonato de 1981/1982, o Sporting CP conquistou a sua quinta Taça de Portugal. E, há exactamente uma semana, arrecadou a sexta.
Nos últimos 40 anos, o basquetebol Sportinguista não foi bem tratado. Primeiro, perdeu competitividade. Depois, foi extinto. E só voltou há pouco mais de um ano. O Clube que teve jogadores como António Feu, Ernesto Ferreira da Silva, Rui Pinheiro, Mário Albuquerque, Carlos Lisboa, Nelson Serra ou os irmãos Baganha não podia, simplesmente, não ter basquetebol. É nunca esquecendo o passado que o Sporting CP tem futuro.
Nostalgias à parte, até parece que a final da Taça de Portugal contra o FC Porto foi um passeio. Muito longe disso. O primeiro título do regressado basquetebol Leonino foi escrito com esforço e mestria táctica do nosso experimentado treinador Luís Magalhães. Já os dragões iam lampeiros com vantagem, quando, surpreendidíssimos no terceiro quarto, foram dominados tacticamente, com anulação do fundamental jogador portista Landis. Destacou-se aí o nosso poste John Fields, em inúmeros ressaltos, que lhe valeram ser o MVP do jogo, e o extremo James Ellisor, com mão quente na zona dos três pontos. Depois, no último quarto, foi só gerir a vantagem com Travante Williams (sempre um gosto ver a frescura deste jogador) e o prometedor jovem Francisco Amiel. Secados os 40 anos da Taça, temos agora, que secar os 39 anos do último campeonato. Será esta época. Acredito eu e todos os Sportinguistas!
P.S. – No fim-de-semana, um dos desafios mais emocionantes do hóquei em patins mundial: o dérbi eterno entre o Sporting CP e SL Benfica. Não se pode dizer que tenha sido um jogo muito estimulante, mas intensidade não faltou. Porém, o resultado final cai mal em tanta porfia Leonina. Não se pode considerar um empate a um golo justo quando houve um golo marcado por Matías Platero que, reconhecidamente, ultrapassou a linha de baliza. A tecnologia actualmente disponível deveria ter validado o golo. Para quando um hóquei em patins mais verdadeiro e moderno com, pelo menos, validação electrónica de golos? O melhor campeonato de hóquei em patins do mundo não pode continuar como está.