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Caminho

Por Pedro Almeida Cabral
05 Nov, 2020

Estes dois últimos jogos deixam um sabor especial. Pela entrega, pelo jogo construído e pelo fito permanente na vitória, prometem mais

Deste campeonato, levamos até agora bons jogos e um futebol consistente, traduzidos em cinco vitórias e apenas um empate, contra o FC Porto. Mas estes dois últimos jogos deixam um sabor especial. Pela entrega, pelo jogo construído e pelo fito permanente na vitória, prometem mais.

Contra o Gil Vicente FC, ganhámos por três golos contra um. Não foi fácil. Linhas subidas e pressão constante cortaram as nossas linhas de passe e aprisionaram a construção Leonina. Por mais que tentasse, o Sporting CP embatia no muro gilista. Os passes não saíam, o ataque não carburava e o adepto desesperava. Na segunda parte, a mesma história. E, devido a uma má cobertura defensiva, num lance inesperado de bola parada, o Gil Vicente FC marcou o seu tento. Com as entradas de Daniel Bragança, Šporar e Tiago Tomás, o Sporting CP começou finalmente a chegar com perigo à baliza adversária. Havia de ser Šporar a marcar de cabeça numa sobra o golo do empate e, depois, Daniel Bragança numa assistência de antologia a oferecer o golo ao letal Tiago Tomás. Tudo simples, tudo eficaz, tudo certeiro. Pote fechou a contagem com um remate bem colocado.

No domingo, a equipa subiu de rendimento e espalhou perfume em Alvalade. Naquele que foi, provavelmente, o melhor jogo do Sporting CP em 2020, o futebol Leonino estendeu-se em todo o campo de jogo com inúmeras jogadas de ataque. Muitas mereciam melhor sorte, pois os quatro golos sem resposta são pouco aproveitamento para tanta produção. As estatísticas não mentem: 26 remates à baliza do Sporting CP contra apenas três do CD Tondela. Pote encantou com dois golos oportunos. De realçar um deles com o seu pior pé, o esquerdo, comprovando que, como ensinava Gabriel Alves, Pote pode marcar com o pé que estiver mais à mão. Claro que João Mário a titular dá outra consistência à equipa e isso notou-se. Porro também marcou, num portentoso remate de primeira de dentro da área. Mas nem só de golos vive o Leão. Palhinha é, cada vez mais, um’ monstro’ no meio-campo, desarmadilhando opositores com confiança. E, Šporar, que marcou o último golo, fez uma exibição superlativa, com a assistência para o segundo golo e movimentações permanentes.

Estas duas vitórias são apenas duas vitórias. Rúben Amorim cada vez mais se mostra sensível às dinâmicas do plantel e ao jogo jogado, sempre sem abdicar do seu modelo, que parece cada vez mais afinado. Jogo a jogo, adversário a adversário, o Sporting CP vai fazendo o seu caminho.