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Porque 2021 não será como “2021”…

Por André Bernardo
26 Nov, 2020

Temos um projecto muito bem definido para isso e, apesar das limitações financeiras, os Sportinguistas ‘vão poder ver porque 2021 não será como “2021”’

É uma honra estar hoje aqui a escrever este editorial um dia depois de se saber que duas das imagens da Campanha “EU SOU – ADN SPORTING” foram seleccionadas para integrar a edição de 2020/2021 da 200 Best Digital Artists da Archive.

É um enorme reconhecimento mundial de um caminho que iniciámos em Junho com o lançamento da campanha “EU SOU, e que projecta a Marca Sporting para onde ela pertence num muito merecido reconhecimento à equipa interna do Sporting CP e às agências que deram corpo a este conceito. Parabéns a todos!

Em “Regresso ao Futuro” – documento de visão estratégica que apresentámos em Maio – revelámos que um dos aspectos prioritários para nós era “evoluir o posicionamento e imagem da Marca Sporting em linha com o seu ADN”.

E a propósito de Marca e ADN não posso deixar de regressar no tempo a 1984 para relembrar uma das campanhas e anúncios mais emblemáticos de sempre e que conseguiu uma simbiose perfeita entre Forma e Matéria para comunicar o seu ADN. No dia 24 de Janeiro desse ano, no intervalo da Super Bowl, a Apple lançava o Macintosh com uma campanha e anúncio que marcaria um antes e um depois no marketing mas também do próprio Super Bowl, transformando o intervalo do evento a partir desse momento na maior montra publicitária do mundo.

O anúncio recria o universo do livro “1984” de George Orwell ilustrando uma legião de seguidores todos idênticos e vestidos de igual que ouve proselitamente o discurso do “Big Brother” emitido numa televisão gigante, numa clara exemplificação de submissão das massas.  De repente uma mulher atlética irrompe este enquadramento e atira um martelo que destrói a televisão. O filme termina com a seguinte mensagem: ‘A 24 de Janeiro, a Apple Computer lançará o Macintosh. E tu verás porque 1984 não será como “1984”’.

A realização do filme foi executada por Ridley Scott, realizador de Blade Runner que ilustrou o futuro orwelliano e a mensagem da Apple de uma forma sublime, marcando um ponto de viragem ao comunicar os valores que a marca representava e não os seus produtos.

Qualquer marca é consequência da percepção gerada por dois factores: i) a sua herança; ii) a experiência que as pessoas têm com os vários pontos de contacto com a mesma.

Quanto à primeira, cabe-nos com orgulho recuperar a nossa identidade de Ser Sporting e transmitir o nosso ADN único. E só tem ADN quem tem um código de valores que preserva. 

Quanto à segunda, uma marca tem de entregar aquilo que “promete” na experiência que fornece aos seus nos diversos pontos de interacção existentes. E como tal, falando somente no plano extradesportivo, a experiência que queremos dar no nosso Estádio/Pavilhão/Academia, nos nossos canais digitais, entre outros pontos, são temas que temos identificados e que requerem um ponto de viragem.

Temos um projecto muito bem definido para isso e, apesar das limitações financeiras, os Sportinguistas ‘vão poder ver porque 2021 não será como “2021”’.

P.S. – Uma horas antes de fechar esta edição fomos abalados pela triste notícia da despedida de Diego Maradona. Alterámos ainda a tempo a capa do Jornal Sporting para homenagear o D10S que brindou os relvados na Terra. A foto é icónica e não há mais que eu consiga acrescentar às palavras do próprio que destacamos. Resta-nos desfrutar em vídeo das jogadas de Maradona disfarçado de humano a jogar futebol. 

 

Editorial da edição n.º 3795 do Jornal Sporting