No caminho para os próximos 115 anos
01 Jul, 2021
1906 foi o ano onde tudo isto aconteceu. Mas sobretudo nasceu o Clube que nos faz sonhar
E tudo começou em 1906.
No mesmo ano em que nasceu o último imperador na China, o filósofo matemático Gödel, a inconfundível e multifacetada Josephine Baker, ou em território nacional, Agostinho da Silva, Humberto Delgado e Marcello Caetano.
1906 foi também o ano do grande sismo de São Francisco (magnitude de 8.0 na Escala de Richter), da primeira transmissão radiofónica do mundo, nos Estados Unidos, da extinção do periquito das Seychelles e foi a primeira vez que um italiano (Giosuè Carducci) venceu o Prémio Nobel da Literatura.
Já em Maio de 1906, João Franco foi nomeado chefe de governo, depois da queda de Hintze Ribeiro e em Novembro os Republicanos venceram as eleições para a Câmara de Lisboa, elegendo inclusivamente todos os seus candidatos.
Este foi também o ano em que as finlandesas foram as primeiras mulheres na Europa a ter o direito de votar e as primeiras no mundo que puderam apresentar-se a eleições como candidatas.
1906 foi um ano importante para a música, ao ser fabricado pela primeira vez o gira-discos de vitrola pela Victor Talking Machine Company. E neste ano, o explorador norueguês Roald Amundsen conseguiu realizar a travessia noroeste do oceano Árctico e o mundo perdeu um dos seus grandes artistas, o pintor Paul Cézanne.
De volta a Portugal, 1906 ficou também marcado pela apreensão por parte das autoridades, do jornal humorístico “A Paródia”, fundado por Bordalo Pinheiro, por tecer duras críticas ao governo de Luciano de Castro, do Partido Progressista. E não foi caso único: os jornais “Novidades” e “O Liberal” também sofreram da mesma sorte.
Foi neste ano que a Suécia adoptou a sua bandeira actual, a cruz amarela sobre o fundo azul e também foi o ano em que correram pelo mundo histórias do combate entre George Hackenschmidt e Ahmed Madrali.
Em 1906 a Rolls-Royce lançou o Silver Ghost, considerado o carro mais valioso do mundo.
1906 foi o ano onde tudo isto aconteceu. Mas sobretudo nasceu o Clube que nos faz sonhar e cujo fundador deixou expresso o desejo e a visão: “Queremos que o Sporting seja um grande Clube, tão grande como os maiores da Europa”. Que assim seja também durante os próximos 115 anos.
Parabéns, Sporting CP, parabéns a todos os Sportinguistas.
* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal