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Temos uma história olímpica

Por Juvenal Carvalho
22 Jul, 2021

Somos mais uma vez a bandeira maior de uma nação, num trajecto olímpico iniciado no já longínquo ano de 1912, em Estocolmo, quando António Stromp, um dos nossos fundadores, foi o primeiro atleta português a entrar em competição

Se 2021 foi até ao momento um ano de ouro para o Sporting Clube de Portugal, todos nós esperamos que continue a ser esse o desígnio dos atletas do nosso clube no decorrer dos próximos Jogos Olímpicos, que começam em Tóquio, a partir de amanhã, dia 23 de Julho, e até ao próximo dia 8 de Agosto, naquela que é mais uma demonstração cabal da força da nossa Instituição, que não só é o clube com mais medalhados naquele que é o maior certame desportivo à escala planetária, como somos mais uma vez o clube com mais atletas representados na delegação portuguesa, um motivo que nos orgulha imenso e que prova que o facto de nos rotularmos como a maior potência desportiva nacional, não é, ao contrário de outros, publicidade enganosa.

Tóquio 2020 é apenas o corolário lógico do trabalho que tem anos de sucesso, o do Projecto Olímpico do Sporting. Somos mais uma vez a bandeira maior de uma nação, num trajecto olímpico iniciado no já longínquo ano de 1912, em Estocolmo, quando António Stromp, um dos nossos fundadores, foi o primeiro atleta português a entrar em competição. Daí para cá, falar em olimpismo é falar em Sporting Clube de Portugal.

Desde que em 1976, em Montreal, Carlos Lopes, nos 10.000 metros, e Armando Marques, no tiro, conseguiram a prata, que se iniciou um percurso histórico sob o signo do Leão. Em 1984, em Los Angeles, o campeão dos campeões, o nosso Carlos Lopes levou mesmo a bandeira portuguesa ao topo mais alto do Mundo, ao vencer a Maratona, trazendo o ouro, enquanto Francis Obikwelu, em 2004 em Atenas, ganhou a prata nos 200 metros, e Rui Silva o bronze nos 1500 metros, e em 2012, mais uma vez a prata chegaria, desta feita através de Emanuel Silva, no K2 1000 metros, em canoagem.

Isto é o medalheiro Leonino no tocante ao nosso país, a que acrescem as medalhas conseguidas por Andrezj Juskowiak e por Emmanuel Amunike, respectivamente prata e ouro, em 1992 e 1996, em representação da Polónia e da Nigéria, no futebol, e ainda a medalha de prata de Ionela Torlea, em 2004, nos 400 metros barreiras em representação da Roménia. Um total de nove medalhas conseguidas por atletas que representavam o símbolo do Leão rampante. Uma inequívoca demonstração de grandeza sem paralelo.

Neste certame, como acima escrevi, o Sporting CP é de novo o clube português com mais representantes - como sempre -, e em seis modalidades diferentes: andebol, atletismo, ginástica, judo, natação e surf, numa demonstração de eclectismo que é marca identitária de um clube enorme. Somos deliberadamente um clube que honra os fundadores. Agora desfrutem, e acrescentem medalhas e diplomas olímpicos ao pecúlio do nosso país e do nosso Clube. Somos o Sporting Clube de Portugal, um clube com uma história olímpica.