Querer
23 Fev, 2023
Nos últimos dias, alcançámos vitórias que são mais do que meros triunfos. Por circunstâncias várias, não defrontámos somente adversários. Havia algo para derrotar. Ou o peso da história ou o da competição. Em última análise, jogávamos contra nós próprios. E quando assim é, só com superação é que podemos sair do campo com a leveza que traz o dever cumprido.
Começámos sábado. A nossa equipa de juvenis de futebol foi vencer ao SL Benfica no Seixal. Dois golos marcados contra um concedido. Nunca verdadeiramente o SL Benfica esteve perto de ganhar. Marcaram Pedro Sanca e Manuel Mendonça. O tento concedido foi nos momentos finais, praticamente sob o último apito. Podia ser só um bom resultado dos juvenis. Mas foi outra coisa. Há cinco anos que neste escalão não ganhávamos aos benfiquistas na casa deles. A última vez havia sido em 2017, ainda com Luís Maximiano e Rafael Leão em campo. Registos como este existem para acabarem. Foi o que sucedeu.
No domingo, entrámos no rinque do Pavilhão João Rocha para defrontar o SL Benfica e procurar seguir em frente na Taça de Portugal. Ganhámos por 5-1, sem margem para dúvidas. Uma muralha chamada Girão fez as despesas do jogo. Golearam Nolito, João Almeida, João Souto e Toni Pérez. Um grande triunfo assente numa rigorosa solidez defensiva, enfrentando Nicolía e companhia olhos nos olhos, nunca deixando o SL Benfica ganhar fluidez no ataque, como assinalou o nosso treinador Alexandro Domínguez. Desde o regresso do hóquei em patins ao Sporting Clube de Portugal, ganhámos todas as competições, nacionais e europeias. Falta só mesmo a Taça de Portugal. A última vez que a erguemos foi em 1990. Entrámos no rinque contra 33 anos de história. E seguimos em frente.
Na segunda-feira, jogo fora do campeonato, contra o sempre difícil GD Chaves. A história das nossas deslocações à cidade flaviense está recheada de acasos e infelicidades. E após ter alcançado um empate no jogo anterior contra o FC Midtjylland no último momento da partida, as expectativas eram elevadas. O Sporting CP jogou contra alguma intranquilidade. Mas Pote, Nuno Santos e Ugarte souberam trazer os três pontos. É a jogar como jogámos a espaços neste jogo que vamos subindo de forma.
Nestes três jogos, houve muito querer do Sporting CP para chegar à vitória. E ela chegou com a naturalidade de quem sabe que a merece. É continuar.