Não tenho por hábito falar sobre jogos de preparação. Tenho até algum cuidado nas análises sobre os mesmos, sabendo que ganhar é sempre muito melhor que perder, sobretudo para nós, que somos apenas aqueles que temos o dever de apoiar os nossos rapazes. 

E também aí, no aspecto do apoio, o indicador deste jogo da passada terça-feira ante os espanhóis da Real Sociedad, foi muito positivo. Percebeu-se uma simbiose perfeita, entre a equipa e o público, com uma relação que promete para o decorrer de uma época que todos queremos de sucesso.

E na realidade, dizendo que gostei dos indicadores a que assisti, sobretudo porque me pareceu uma equipa com automatismos muito interessantes para esta altura da época, o facto principal que me leva a escrever estas linhas, passam por um momento do jogo.

Falo do momento da expulsão de Leonardo Barroso, um menino da nossa formação que tem imensa qualidade. E estou seguro que não o iremos recordar à posteriori por este momento da expulsão. O Leonardo tem mesmo muita qualidade, como aliás outros que estão no plantel, e que também são da nossa "cantera". 

Iremos seguramente, não foi por acaso que Rúben Amorim o chamou para o estágio, assistir à sua evolução, paulatina mas sustentadamente. 

Nem a grave lesão sofrida na época passada que o arredou dos relvados por largos meses, nem esta expulsão acabado que estava de entrar em campo, por ter chegado tarde à bola, e ter pisado o adversário − numa expulsão que neste tipo de jogos, e que acto contínuo, numa troca de mensagens no WhatsApp com amigo, referimos que isto só acontece ao Sporting CP. 

Acompanho o Leonardo desde sempre, nesta minha "mania" de ver os jogos todos das nossas equipas jovens, e gosto muito. Tem tudo, faz o corredor direito todo, como só ele sabe. Rápido, tecnicamente evoluído e com uma garra incrível. É daqueles que não engana. Ao olhar para o semblante de um menino triste a receber o cartão vermelho, disse para mim mesmo. Força, miúdo. Isto não é como começa. Vai ser como acaba. E tens tudo para acabar bem. Assim a sorte não te abandone. Porque o resto tens tu.

E tens também uma equipa ao teu lado. Que bonito foi ver a solidariedade de todo o grupo de trabalho para contigo. Eles também não te deixarão cair. Também os Sportinguistas presentes te brindaram com uma salva de palmas incrível. Nós somos assim. Não deixamos cair os nossos. E tu, Leonardo Barroso, que chegaste tão menino a Alvalade, não vais cair. Antes pelo contrário. Preconizo que irás estar na esteira dos grandes. 

Um Leão só se curva para beijar o símbolo e tu és da raça que nunca se vergará. 

Também gostei das primeiras impressões de Viktor Gyökeres. Para os "paineleiros", que ironizam com a sua adaptação ao calor, será que ficaram com suores frios?  O tempo, será, contudo, o melhor conselheiro.  

P.S − Que bonito foi ver Oceano e Carlos Xavier serem homenageados, num jogo que pôs frente-a-frente os dois clubes que os marcaram. A História não se apaga.