Na passada coluna de opinião escrevi, neste espaço que orgulhosamente me é proporcionado semanalmente, que no meu léxico não existe a palavra vingança e que aquilo que queria era tão só a continuidade de um Sporting forte.

E assim foi. Voltou a ver-se um Leão pujante e com uma crença inabalável. Um Leão que ainda nada ganhou, que não o respeito dos seus adversários e que tem em todos nós, aqueles que o sentem no coração, um orgulho incrível neste trajecto. Um trajecto que será semana a semana, jogo a jogo, feito de muito esforço, dedicação e devoção, para que a Glória seja alcançada no final da época. E essa glória, a chegar, terá a particularidade de nos dar um "bi" que nos escapa desde a década de 50.

E os três pontos alcançados ante o FC Porto foram o corolário lógico de uma superioridade evidente. Quando Viktor Gyökeres abriu o activo, numa grande penalidade construída por si, numa demonstração inacabada de uma força e de uma capacidade verdadeiramente letal, já era mais do que justa a vantagem Leonina. Alvalade exultou e não pairou no ar o fantasma de Aveiro e da Supertaça.

Antes pelo contrário, veio ao de cima uma comunhão incrível das bancadas para o relvado. Foi mesmo num ambiente "à Sporting", numa verdadeira Onda Verde, que tem sido nosso apanágio. Uma Onda Verde desde os netos até aos avós. E a cereja no topo do bolo chegou já no período de descontos pelo inevitável Geny Catamo, que com o pé esquerdo fuzilou literalmente as redes do "dragão". E quando falei em inevitável e no período de descontos estava obviamente a recordar o momento do golo ao eterno rival que nos catapultou para o título de 2023/2024. 

Mas se falei nos marcadores dos golos, não posso passar ao lado de um colectivo fantástico. Um colectivo construído pelo "mestre" Rúben Amorim, que assenta num todo em que a vedeta é sempre o conjunto. 

Como o único local em que o sucesso está à frente do trabalho é no dicionário, será com base no pressuposto de não nos aburguesarmos, mas sim de manter o foco no essencial que o Sporting Clube de Portugal se manterá.

Com respeito pelos adversários e sem dar nada como adquirido que não, única e simplesmente, ser fiel àquilo em que acredita.

Agora, fechado que está o mercado e com a paragem para as selecções nacionais, a hora é de continuar a acreditar num futuro marcado pelo sucesso, que queremos se alargue também à Champions League, onde ficámos a conhecer os adversários e que iniciaremos em Alvalade ante os franceses do Lille. Até porque temos mais do que razões objectivas para isso. Sem arrogância nem desrespeito, porque sabemos que a procissão ainda não saiu do adro. Mas sim com a marca indelével da nossa capacidade.

Temos um Sporting CP muito competente!

P.S – Foi bonito ver o "rei" Cristiano Ronaldo tratar carinhosamente o seu/nosso Sporting CP por special club no sorteio da Champions League. Para nós ele também será eternamente especial. O melhor de todos os tempos. Made in Sporting!