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Português, Portugal
Foto José Cruz

"Foi das pessoas mais jovens que conheci até hoje"

Por Jornal Sporting
10 Set, 2017

José Quintela homenageia Maria de Lourdes Borges Castro e o Jornal Sporting relembra o aniversário comemorado em 2016

Realizou-se este domingo a cerimónia fúnebre da Senhora Dona Maria de Lourdes Borges de Castro, Sócia n.º 4 do Clube, que faleceu na sexta-feira aos 94 anos. Antes da cremação, deu-se o habitual tempo de luto na capela do Centro Funerário de Alcabideche, em Cascais, onde estiveram cerca de quatro dezenas de pessoas.

O Presidente do Sporting CP, Bruno de Carvalho, havia marcado presença no velório de sábado e, desta feita, o Clube foi representado por José Quintela, membro do Conselho Directivo, além de outras figuras do Universo Sporting, com destaque para Dias Ferreira.

O Jornal Sporting relembra a figura daquela que era a mais antiga colaboradora, depois de ter já sido atleta e dirigente, devidamente agraciada com o mais alto galardão do Clube, e exibe a foto do seu 93.º aniversário, apenas um a menos do que o jornal de clube mais antigo do Mundo.

José Quintela estava visivelmente emocionado e concedeu algumas palavras aos meios de comunicação do Clube: "Maria de Lourdes Borges Castro é sobretudo a vida e a vida dela é um exemplo para todos nós. Foi das pessoas mais jovens que conheci até hoje, cheia de convicções, de uma determinação incrível. É e será sempre eterna. Desde adepta a dirigente, de colunista... Aliás, recebeu o mais alto galardão do Clube, o Leão de Ouro com Palma. A vida de Maria de Lourdes e a do Sporting CP confundem-se e é para nós uma referência. Se dúvidas existissem, prova-se que o céu é mesmo verde". 

Dias Ferreira também comentou o triste acontecimento, elogiando a perseverança de uma mulher vanguardista pelo Sporting: "Como escrevi no livro dela, foi uma grande Senhora que viveu num corpo pequeno. A figura humana não se mede aos palmos, mas pelo que representa. Continuará a ser uma grande referência. É a demonstração de que o Clube consegue ter uma Sócia n.º4, uma Senhora com esta idade e com esta fidelidade. É alguém incontornável e vou ter muitas saudades delas. Soube de uma entrevista dada ao Jornal Sporting em 1992, em que se refere a mim. Tive a honra de ser minha cabeça-de-lista aquando da minha candidatura. Foi uma pessoa única e uma referência e viveu a vida sem fazer mal a ninguém, sempre por uma causa incrível que era o Sporting CP. Será sempre homenageada porque teve uma vida inteira".

 

Dias Ferreira é assistente no processo dos ‘vouchers’

Por Jornal Sporting
04 Mar, 2016

Anúncio feito em entrevista ao ‘Juízo Final’, da Sporting TV

Dias Ferreira anunciou esta noite, no programa ‘Juízo Final’, da Sporting TV, que se constituiu assistente, a título individual, no processo dos ‘vouchers’. O antigo dirigente ‘leonino’ pode assim ajudar a Instrução a apurar a verdade no caso denunciado pelo Presidente do Sporting CP, Bruno de Carvalho, que diz respeito a ofertas feitas pelo Benfica a árbitros.

“Fi-lo porque entendo que daquilo que li da Comissão Disciplinar e daquilo que conhecemos todos, há matéria que devemos averiguar. O objectivo é poder colaborar em assuntos que conheço há muitos anos, do fenómeno da arbitragem. Posso sugerir fazer perguntas ou que se convoquem determinadas pessoas que eu saiba que podem saber alguma coisa, no fundo auxiliar a Instrução tanto quanto possível”, começou por explicar o jurista. “Parece-me óbvio que uma das primeiras pessoas a ser ouvida, como foi na Comissão Disciplinar, será o presidente do Benfica, que confessou, ‘ipsis verbis’, que o Benfica, nas épocas de 2013/14, 2014/15 e já na época corrente, tinha essa prática e chamando à atenção que o ponto essencial daquelas ofertas eram os ‘vouchers’ para as visitas ao Museu Cosme Damião e ao Museu da Cerveja. É uma coisa que merece averiguação. Também é óbvio sugerir que os próprios árbitros sejam ouvidos de uma maneira diferente do que foram no processo disciplinar. Não faz sentido que sejam ouvidos, quase como se se tratasse do preenchimento de um formulário”.

“A lei permite a constituição de assistentes neste processo. Na generalidade dos casos, o assistente é o ofendido. Aqui não fui ofendido, mas é uma norma excepcional do Código do Processo Penal que permite a qualquer cidadão nos seus direitos, e reunidos determinados pressupostos, constituir-se assistente em processos que têm por objecto a eventual prática de crimes de corrupção, tráficos de influência, etc. – crimes que são do interesse público”.

Dias Ferreira considerou ainda “surpreendente” o arquivamento do caso e acredita que o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) terá condições para melhor averiguar a verdade.

“Tenho interesse, como cidadão e como jurista, em perceber se uma determinada conduta tem mal ou não. O que não posso aceitar é uma decisão da Comissão Disciplinar, da qual resulta que se eu oferecer 299 euros não há mal nenhum e se for 300 ou 301 já tem mal. Isto para mim choca-me e não está nas normas disciplinares portuguesas”, acrescentou Dias Ferreira.

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