Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now

×

Taxonomy term

Português, Portugal
Foto Mário Vasa

Team Building para o hóquei em patins

Por Jornal Sporting
27 Set, 2017

Modalidade passou mais de 24 horas no Parque Aventura Sniper de Bucelas, trabalhando a cooperação e a união de grupo sob duas égides: o compromisso militar de rigor e disciplina e o espírito radical

O hóquei em patins do Sporting CP viveu dois dias diferentes. Para reforçar o espírito de compromisso e a união de grupo, bem como a integração dos quatro novos elementos no plantel, os jogadores participaram numa sessão de team building que se estendeu por dois dias. O grupo de 10 atletas, tendo Henrique Magalhães, Vítor Hugo, Toni Pérez e Matias Platero, pernoitou de segunda para terça-feira nas instalações, ainda sem conhecer qual o propósito do evento. A equipa de formadores começou por aplicar metodologias de rigor e disciplina, acordando os ‘recrutas’ ao jeito do serviço militar, algo que como confidenciado pelos jogadores originou alguma instabilidade, mas motivos para rir com algumas das reacções. Os atletas foram sujeitos a trabalhar em binómios, ou seja, acompanhar constantemente um dos companheiros, sem nunca o poder largar.

Os hoquistas fizeram flexões, entraram na piscina gelada por duas vezes, antes de um descanso que não se procedeu, uma vez que dois elementos eram destacados para guardar a caserna, nas ditas rondas de vigia, com cerca de 30 minutos de duração cada.

Já na manhã de terça-feira, o plantel de hóquei em patins fez uma prova de crosse, regressou à piscina e às barras de ferro para mais elevações. Os atletas eram penalizados a qualquer impropério de linguagem ou consoante incumprimentos de formação. Os hoquistas usaram relógio grande parte do tempo, procurando cumprir escrupulosamente os horários das actividades. Após o pequeno-almoço composto por uma sandes mista, iogurte, sumo de laranja, uma madalena, café e água, seguiu-se a primeira componente radical lúdica. A parede de escalada recebeu todos os praticantes, destacando-se nesta Zé Diogo e Pedro Gil, este último caracterizado como “Homem-Aranha” por um dos formadores. O rappel também teve total aceitação leonina e crescia o entusiasmo nas faces dos jogadores Sportinguistas, que tiveram também a oportunidade de realizar slide.

Depois do almoço, uma tarde cheia. Primeiro, o formador João Naré reuniu com cada binómio, aferindo a importância da experiência e como isso pode ou não alterar o comportamento e o rigor individual e colectivo, antes de os leões elaborarem uma música de recruta que viriam a cantar poucos minutos depois. Pois é, o exercício ainda não acabara e os hoquistas tiveram de percorrer 10 km em corrida, mas com a obrigação de transportar um colega numa maca de socorrismo, semelhante à acção da força militar israelita, que realça a máxima de não abandonar qualquer soldado sob que circunstância for.

Os instruendos ainda praticaram algumas técnicas de combate corpo-a-corpo, antes de terem a possibilidade de entrar num labirinto subterrâneo, onde colocaram as capacidades de comunicação a teste, já depois de um lanche reforçado com sopa e salgados vários. O reforço alimentar era pensado para a última actividade da formação: uma caminhada nocturna de hora e meia, na qual a equipa técnica se juntou aos atletas pela primeira vez. Munidos de um GPS com indicação do ponto de chegada pretendido, mas sem menção ao caminho correcto, os aventureiros desbravaram um trilho montanhoso para alcançarem o tão desejado jantar. A actividade voltou a ser um teste à superação e a equipa de hóquei em patins sustentou a crença na capacidade colectiva, finalizando a formação com a música criada. João Pinto deu os tons de uma melodia que se ouvia a mais de 500 metros de distância, os companheiros acompanhavam-no afinadamente.

Ficava a faltar o regresso à base para a entrega dos diplomas de aprovação da formação. Antes, receberam a indicação de um caminho mais breve, seguido religiosamente pelos atletas. Ainda assim, este não era mais do que um engodo para um percurso intransponível, gerando natural conflito entre as hostes leoninas.

Paulo Freitas, treinador leonino, informou-nos posteriormente de que este era o último teste, com a resolução de conflitos em perspectiva. Achada a solução e o trajecto correcto, os atletas, naturalmente, derreados, finalizaram a sessão com os cumprimentos aos instrutores no momento da entrega dos diplomas. O técnico verde e branco referiu que a ideia da realização da actividade partiu da equipa técnica, realçando que, em nenhum momento, os atletas tiveram contacto com o staff técnico, à excepção do fisioterapeuta, de prevenção para qualquer problema muscular: “Apenas os trouxemos e não queríamos participar. Quando os deixámos, notava-se a ansiedade. Só lhes pedimos para virem de cabeça limpa, de mente aberta. O feedback que me foi dado é de que tudo correu bem, que foram fantásticos na atitude. Queremos que este desenvolvimento de competências prossiga na época. Mais do que beneficiar o trabalho do treinador, beneficia o Clube”, reiterou Paulo Freitas.

João Naré, mestre de artes marciais, campeão intercontinental de MMA e especialista em Contra-Terrorismo foi o formador-mor da actividade e deu-nos algumas palavras no fim da sessão: “Foram uma noite e um dia bastante diferentes para eles. Só tiveram quatro horas de descanso, mas nem sei se foram activas. Levam daqui uma grande bagagem. Estes homens saem bastante diferentes do que entraram e as pessoas notarão diferenças grandes na equipa de hóquei do Sporting CP.

João Pinto destacou a relevância do evento: “Recolhemos informação que tentaremos levar para o rinque. Parece que estamos aqui há uma semana. Tivemos dois instrutores fantásticos e percebemos que estavam para nos ajudar. Bebemos do rigor e da disciplina e reforçámos a camaradagem”.      

 

Subscreva RSS - mma