Treinador reagiu à conquista em conferência de imprensa

Após a vitória por 4-3 sobre o SL Benfica na final da Taça de Portugal e a festa na quadra partilhada com os adeptos, Nuno Dias, treinador a equipa de futsal do Sporting CP respondeu às perguntas dos jornalistas em conferência de imprensa.

Entre outros temas, o técnico abordou a exibição em crescendo da sua equipa, as dificuldades do início e a forma como conseguiram sair a vencer para o intervalo (2-1), a vontade intacta de continuar a vencer que norteia o grupo e, ainda, os elogios ao apoio sentido graças aos muitos Sportinguistas presentes em Matosinhos.

As dificuldades iniciais e a estratégia com os guarda-redes
“Nos primeiros dez minutos, o SL Benfica foi superior, criou perigo e não nos deixou jogar. Nós não tivemos muitas chances para subir com o Henrique e tínhamos falado com ele e o Bernardo que por estratégia e pelas suas características – um mais calmo e de passe, e outro mais agressivo a atacar o espaço – durante o jogo íamos alterando na baliza. Acabamos por ter conseguido, com essa alteração, que numa subida do Bernardo fizéssemos o 1-1. Depois, crescemos, criamos perigo, fomos mais agressivos e acabámos por melhorar bastante durante a primeira parte e, com alguma felicidade, passámos para a frente a dois segundos do fim”.

A importância (relativa) da reviravolta a fechar a primeira parte
“Foi importante ir a vencer para o intervalo, mas, no futsal, a emoção do jogo tem que ver com o perigo constante nas balizas. A probabilidade de o resultado alterar-se é grande. É sempre importante estar em vantagem, mas era curta”.

Um Sporting CP melhor na segunda parte e um “resultado justo”
“Sabíamos que o SL Benfica queria melhorar, mas nós entramos com a postura certa e acho que na segunda parte fomos melhores. O jogo continuou equilibrado, mas as melhores oportunidades foram nossas e soubemos entender melhor o que o jogo estava a pedir, e o SL Benfica travou-nos muitas vezes em falta, muitas mais do que as que foram assinaladas. Acho que o resultado é justo e é mais uma conquista brilhante de um grupo de trabalho extraordinário e de quem me orgulho muito de pertencer e liderar”.

As melhorias e o mérito em dar a volta ao dérbi
“O SL Benfica não nos deixou jogar e teve mérito. É uma equipa agressiva, rouba bolas e espaço e nós não conseguimos jogar. O nosso mérito foi dar a volta a uma situação que estava estranha para nós. Conseguimos, aos poucos, perceber o que era importante fazer: encurtar distâncias, jogar mais rápido, ser mais vertical quando a bola entrava no pivô. Tínhamos de andar para a frente. Melhorámos e acabamos por fazer um bom resultado e conquistar mais um troféu”.

Continuar a vencer apesar das adversidades
“A quantidade de lesões que temos tido, jogadores limitados, os reforços de Janeiro e um certificado que demorou a chegar, a saída do Tatinho… Dava uma série de categoria. É nas dificuldades que temos vivido que se fazem as grandes equipas. Muitas vezes cheguei ao treino e não sabia quantos elementos tinha para treinar. Felizmente a nossa equipa de sub-19 – e parabéns à selecção por ter conseguido o apuramento para o Europeu – com o Leonildo, o Renato e outros, têm-nos ajudado e feito com que os treinos rendam. Tem sido uma época extraordinária e as dificuldades só nos fazem crescer, estar mais unidos e estar mais fortes”.

A vontade incessante de vencer títulos
“Estamos a ajudar o Sporting CP a ter mais troféus, isso é o mais importante. O que conta é a forma como ajudo um grupo que é de vencedores e não se cansa de ganhar. Com tantos troféus, esta equipa continua com fome de títulos. Para mim, este é como se fosse o primeiro e fico com a sensação que cada vez é mais duro e exigente. No fim, é um desabar de emoções por alcançar mais um objectivo”.

Elogios ao apoio dos Sportinguistas presentes
“Seja onde for, os nossos adeptos estão sempre presentes e a ajudar-nos. Muito. Às vezes parece um cliché e repetitivo, mas ajudam-nos muito. Transmitem uma alma para a equipa que ajuda a superar-nos”.

João Matos também lançou o dérbi na final da Taça de Portugal

Domingo é dia de decisões. No Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, a equipa principal masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal enfrenta o SL Benfica para discutir a final da Taça de Portugal. O pontapé de saída está marcado para as 20h00.

Na véspera, o treinador Nuno Dias e o capitão João Matos fizeram a antevisão do lado Leonino para lançar o terceiro dérbi da época, o primeiro com um título em discussão.

Questionado inicialmente sobre a polémica expulsão de Wesley na meia-final, que o retira do jogo decisivo, o treinador verde e branco referiu que não ia "voltar a mexer no tema" e apontou o foco para os jogadores disponíveis. "Os que jogarem vão estar prontos para dar o máximo, como o jogo exige", assegurou Nuno Dias.

Depois, instado a recordar o último dérbi, vencido pelos Leões na meia-final da Taça da Liga (1-5), considerou que "em grande parte do tempo" o Sporting CP conseguiu contrariar as subidas do guarda-redes Léo Gugiel, mas não ficam por aí os pontos fortes das águias, alertou também.

"Com tanta qualidade que o SL Benfica tem, individual e colectiva, há muitos aspectos fortes e não conseguiremos anular todos", realçou, indo de seguida ao detalhe. "O SL Benfica está a fazer muito bem o jogo dos pivôs, que têm feito a diferença quase sempre, ainda no último jogo, principalmente com o Higor", destacou, além de sublinhar "as situações de 1v1 com o Diego ou o Arthur nas alas e o Lúcio na outra".

E João Matos, que perspectivou um jogo "intenso, competitivo e extremamente difícil", também frisou a qualidade do adversário. "O SL Benfica tem feito uma excelente campanha na Taça de Portugal, já eliminou as equipas que estão em terceiro [SC Braga] e quarto [CR Leões de Porto Salvo] na Liga e está em boa forma", elogiou.

Apesar disso, o experiente fixo do Sporting CP garantiu que a equipa identificou "perfeitamente" os aspectos "em que o SL Benfica está forte". "Agora, estamos focados nos 40 minutos. Sabemos que, ao mínimo erro, o adversário pode aproveitar e pode sair caro num jogo com esta importância", acrescentou.

Além disso, João Matos realçou que mais importante do que o sucesso Leonino nos últimos dérbis, "o que importa é estar concentrado, com melhor atitude, mais competitivos", enumerou, porque "cada jogo tem a sua história", e em especial um dérbi.

"Mexe com emoções diferentes, é uma rivalidade, isso é inevitável, mas o que está para trás fica lá. Quem vem de maus momentos pode motivar-se para demonstrar valor e quem está bem quer continuar assim", apontou.

Técnico no rescaldo da partida

Após o triunfo por 7-0 diante da ACD Ladoeiro, que selou o rumo às meias-finais da Taça de Portugal, Nuno Dias, treinador da equipa de futsal do Sporting CP, fez a análise do jogo, contrastando as exibições Leoninas em cada parte.

“Foi uma primeira parte diferente daquilo que nós somos”, começou por dizer ao Canal 11, responsável pela transmissão, realçando que os Leões tiveram “pouca qualidade e intensidade”.

“Não construímos outro resultado [2-0 ao intervalo] por algum relaxamento que não me agradou. Na segunda parte corrigimos e foi de um nível mais próximo do que somos capazes”, sublinhou, enaltecendo o “resultado mais volumoso” conseguido com “outra qualidade de jogo”.

Segue-se o SC Ferreira do Zêzere no caminho, um desafio “de características diferentes”, alertou Nuno Dias. “É uma equipa de intensidade muito alta, com jogadores atrevidos que tornam o jogo de muita correria e são agressivos a defender. Teremos de ter ainda mais cautelas”, perspectivou o treinador verde e branco.

E Rúben Freire, futsalista do Sporting CP, corroborou também a leitura da partida de Nuno Dias. “O mais importante era a vitória e a passagem às meias-finais, mas foi um jogo atípico da nossa parte. A primeira parte não corresponde à nossa qualidade, nem ao que vínhamos a fazer. A segunda foi melhor e conseguimos dilatar o marcador”, resumiu, antes de apontar baterias ao que se segue nas meias-finais.

“O SC Ferreira do Zêzere é uma equipa do nosso campeonato. Vai trazer-nos outras dificuldades e teremos de estar no nosso melhor para garantir um dos nossos objectivos: estar na final da Taça de Portugal”, apontou o autor de um dos golos nesta eliminatória dos quartos-de-final.

Técnico gostou da resposta dada pela equipa

Terminado o jogo dos oitavos-de-final da Taça de Portugal, com vitória da equipa de futsal do Sporting CP sobre a AD Fundão (5-3), o treinador Nuno Dias fez o rescaldo aos meios de comunicação Leoninos.

“Nunca estamos totalmente satisfeitos, porque podemos sempre fazer mais e melhor, mas houve coisas muito boas. Apesar da dificuldade que a AD Fundão nos criou e o facto de ter estado na frente por duas vezes no resultado, acho que reagimos quase sempre bem”, considerou, acrescentando até que o desempenho podia ter valido “para sair com um resultado melhor”.

“A exibição merecia mais do que o 5-3, mas em nada belisca o que fizemos, nem no nosso objectivo, que era estar na final-eight da Taça de Portugal”, atentou.

O técnico não escondeu que esta tem sido uma época para “viver com as dificuldades”, fruto das várias lesões que têm assolado o plantel desde o início. “Obriga-nos a ir ajustando e melhorando. Isso faz-nos crescer como equipa técnica e aos jogadores”, valorizou, além de realçar a importância de “começar a ter mais jogadores disponíveis”, como foi o caso de Tomás Paçó esta tarde – de volta após paragem que durava desde finais de Novembro.

E o próprio fixo verde e branco também avaliou, a seguir, a vitória alcançada no Pavilhão João Rocha.

 “Foi um jogo bastante competente da nossa parte. Entramos a perder, mas demos uma boa resposta. A AD Fundão é uma equipa organizada e intensa, sabíamos que tínhamos de estar nos nossos índices máximos e queríamos voltar bem à competição”, começou por dizer Tomás Paçó, reconhecendo-se fisicamente “bem” e preparado para “estar melhor” no futuro.

“É um orgulho fazer parte desta equipa e agora quero ajudar o máximo possível”, realçou.

Reacção ao triunfo no Pavilhão João Rocha

Terminada a partida frente ao CR Leões de Porto Salvo, com vitória do Sporting CP por 4-2, o treinador Nuno Dias fez o rescaldo dos acontecimentos.

“Não só a primeira como a segunda parte foi bem conseguida. No 5v4 o CR Leões de Porto Salvo criou-nos dificuldades, mas fizemos 40 minutos extraordinários. E não é fácil jogar contra esta equipa, que nunca dá um lance por perdido e com jogadores que desequilibram. Tiramos essa iniciativa ao adversário e fomos irrepreensíveis a esse nível”, começou por dizer.

O técnico considerou ainda que ao intervalo “o resultado [2-0] pecava por escasso”, mas nem os golos sofridos na recta final apagam “a excelente exibição” Leonina. “Com tantas limitações, os jogadores entregam-se desta forma e com esta qualidade”, realçou Nuno Dias.

Por fim, o treinador do Sporting CP abordou os 200 jogos de Pauleta no Clube, marca atingida nesta partida. “É um jogador especial pelo que joga, mas e a nível de balneário, porque com ele estamos sempre bem-dispostos. Que faça mais 200, de preferência comigo”, referiu.

De seguida, Rúben Freire, que apontou esta noite o seu primeiro golo de Leão ao peito, também abordou a partida após a última buzina. “Fomos competentes. Era importante cumprir o plano à risca e, apesar dos dois golos sofridos, foi um bom jogo da nossa parte”, resumiu o reforço, feliz ainda pela estreia a marcar.

“O primeiro golo é importante. São coisas que vão surgindo naturalmente se o trabalho for bem feito”, salientou Rúben Freire, traçando de imediato a ambição da equipa, agora que está isolada na liderança. “O nosso objectivo é estar em primeiro e temo-lo conseguido”, concluiu.

Técnico Leonino considera que empate no dérbi se ajustou

No final da partida que ditou empate a um golo do Sporting CP na casa do SL Benfica na 11.ª jornada da fase regular da Liga, Nuno Dias, treinador do Sporting CP, fez a análise do jogo em conferência de imprensa.

“Na primeira parte, o Sporting CP foi melhor e em que podia ter estado a vencer. Tivemos mais e melhores oportunidades de golo e pela frente um guarda-redes inspirado, que foi negando oportunidades. Na segunda parte o SL Benfica foi ligeiramente melhor, mas olhando para o que foram os 40 minutos, o resultado acaba por se ajustar. Equilíbrio foi nota dominante do jogo, pequenas vantagens de cada uma das equipas, guarda-redes com boas intervenções dos dois lados, o Sporting CP a acreditar até ao fim, mas penso que não era justo o Sporting CP sair daqui derrotado. Foi um bom jogo, equilibrado, competitivo”, considerou.

Com o empate, o Sporting CP sai do dérbi líder com mais um golo do que o SL Benfica (os mesmos pontos), cenário que anima, mesmo não sendo definitivo, até porque Leões e águias apenas fecharam a primeira volta. “Mantemos a liderança, com os mesmos pontos do SL Benfica e não mais do que isso. É um resultado que nos dá um ponto e que nos mantém a liderança”, expressou.

Nuno Dias não deixou passar a oportunidade para felicitar os jogadores Leoninos: “Uma palavra aos meus jogadores, tantas coisas que têm acontecido, tantas contrariedades e a resposta que deram foi fantástica. Tenho de estar orgulhoso e privilegiado por ser treinador desta equipa”.

Sobre o aproveitamento da situação nos últimos minutos do cinco para quatro, Nuno Dias reflectiu. “Costumo dizer que um jogo são três jogos, o cinco para cinco, as bolas paradas e no cinco contra quatro, na parte final, o Sporting CP criou oportunidades, tivemos na fase final outras oportunidades, o golo acaba por chegar num lance de grande penalidade. O resultado dita acima de tudo justiça pelo trabalho que os jogadores fizeram dentro do campo”, realçou.

Quanto aos primeiros meses de competição, que correspondem à primeira volta, Nuno Dias fez um primeiro balanço. “O que foi negativo na primeira volta foi a derrota na Supertaça, que nos tira um troféu que fizemos muito por alcançar. Vai-nos ficar atravessado, um troféu que fica pelo caminho. Estamos em primeiro já jogámos em casa do SL Benfica, do SC Braga e do CR Leões Porto Salvo, já tivemos muitas deslocações difíceis, e agora é em casa”, relembrando que na segunda volta estes jogos serão no Pavilhão João Rocha, continuando: "Boa primeira volta, tirando a derrota na Supertaça. Somos a equipa com mais golos e estamos classificados para a final four da UEFA Futsal Champions League. É a imagem deste grupo, de tanta superação, a força de uma equipa não tem limites e essa frase encaixa na perfeição na marca desta equipa. Equipa unida dificilmente é contrariada e é batida”.

Técnico salientou as presenças constantes dos Leões na final four

Garantida a presença na final four da UEFA Futsal Champions League, graças ao empate (4-4) com o SC Braga, Nuno Dias, treinador dos Leões do futsal, falou em conferência de imprensa e destacou os “objectivos alcançados” apesar das dificuldades no caminho. 

“A organização da Ronda de Elite foi a nossa grande arma: em nossa casa, com os nossos adeptos e sem ter de viajar. Desportivamente o sorteio não foi bom, porque este era claramente o único grupo que tinha três candidatos. Fomos a melhor equipa que se apresentou nesta Ronda de Elite, pena não termos o pleno de vitórias”, começou por dizer na sala de imprensa do Pavilhão João Rocha.

“Queríamos vencer e ter feito uma exibição um pouco melhor, porque esta competição, os adeptos e o pavilhão como estava mereciam”, disse ainda sobre o jogo com o SC Braga.

Depois, o treinador dos Tetracampeões Nacionais enalteceu a capacidade de reinvenção da sua equipa, mantendo o histórico de sucesso. “Desde que o Sporting CP foi campeão europeu em 2019, apenas três jogadores se mantêm no plantel: João Matos, Merlim e Gonçalo Portugal. Vai havendo mudanças, mas o espírito de luta, competitivo e o ADN Sporting vão-se mantendo. O sucesso continua e, mais uma vez, vamos continuar a marcar presença na maior competição de clubes do mundo”, sublinhou Nuno Dias, que realçou que é um feito “só ao alcance dos melhores” e destacou, por isso, o “carácter fantástico” da sua equipa

Além dos exemplos de  “sacrifício” de Zicky, Tomás Paçó e Pauleta, que contribuíram nesta Ronda de Elite depois de poucos minutos terem somado desde o início da época, o técnico lembrou “todos os que aguentaram este barco, que tem sido difícil de levar, com tantos jogos e ausências”.

 Já sobre a final four, embora tenha apontado que espera os espanhóis do FS Cartagena e do AE Illes Balears Palma Futsal a acompanharem os já confirmados Sporting CP e AFC Kairat na decisão, Nuno Dias realçou a importância de “festejar” o objectivo alcançado.

“Precisamos de festejar. São nove presenças [na final four] desde que estamos [esta equipa técnica] aqui e é a quinta consecutiva. Não houve nenhuma equipa a fazer isto, e se nunca ninguém fez é de facto extraordinário”, concluiu, visivelmente satisfeito.

Ao seu lado, Rodrigo Pais de Almeida, membro do Conselho Directivo, tomou a palavra, por fim, para deixar “quatro agradecimentos”.

O primeiro, aos adeptos. “Foi muito importante tê-los connosco nestes três jogos para passarem esta energia sempre que a equipa precisou dela”, começou por referir, antes de destacar a organização “de excelência” realizada neste grupo C da Ronda de Elite.

Sbíamos que teríamos um jogo de EHF Champions League, de andebol, a meio desta semana e muitas pessoas, incluindo eu, acharam que era impossível organizar ambas, mas o staff do Sporting CP disse presente e fez uma organização de excelência. Tivemos duas ou três pessoas que dormiram cá para que isto fosse possível. Todos os funcionários do Clube estão de parabéns”, elogiou o dirigente verde e branco.

Já sobre a equipa de futsal, Rodrigo Pais de Almeida considerou que os jogadores foram “verdadeiros Leões” e lembrou o atípico e difícil arranque de época vivido pelo plantel.

“A nossa equipa passou, talvez, os três meses mais difíceis de que tenho memória. Não me lembro de uma equipa do Sporting CP fazer uma pré-época apenas com seis jogadores de campo e a treinar, nos últimos três meses, uma equipa que foi dizimada por lesões pelo Mundial", apontou.

Face às dificuldades, destacou o “carácter enorme dos jogadores”. “A dimensão disto é muito maior se considerarmos o que foram estes três meses”, realçou o membro do Conselho Directivo, que, a fechar, lembrou ainda o papel da formação do Sporting CP nesta fase.

"Aqui a formação conta, não faz de conta. E se não fossem os juniores a emprestarem jogadores para os seniores poderem treinar, os juvenis a emprestarem aos juniores e assim sucessivamente, não teríamos conseguido passar esta fase", sublinhou, acrescentando: “Esta família que é o futsal do Sporting CP mostrou daquilo que é feita”.

Reacção ao sorteio da Ronda de Elite da UEFA Futsal Champions League

Conhecido o resultado do sorteio desta quinta-feira, que colocou o SC Braga (Portugal), o RSC Anderlecht (Bélgica) e o SK Plzeň (Chéquia) no caminho dos Leões do futsal na Ronda de Elite da UEFA Futsal Champions League, o treinador Nuno Dias reagiu pela primeira vez e começou por destacar o papel de anfitrião do Sporting CP neste grupo C.

"O mais importante foi o facto de podermos organizar. Jogar uma ronda extremamente importante no Pavilhão João Rocha foi o sorteio que nos beneficiou", salientou em declarações aos meios de comunicação do Clube, considerando, no entanto, que "não foi um bom sorteio" dados os adversários saídos e sorte.

"Serão três jogos difíceis. Nós somos o clube no primeiro lugar do ranking da UEFA, o SC Braga é o quarto, o RSC Anderlecht é quinto e o SK Plzeň é o nono. Este é o único grupo que apresenta três candidatos claros a passar à final four”, avaliou o treinador dos Tetracampeões Nacionais, que voltou a reforçar a importância do Pavilhão João Rocha nesta fase, marcada para decorrer entre 26 de Novembro e 1 de Dezembro e da qual só o primeiro classificado avançará para a decisiva final four.

"Não é uma Ronda de Elite, em termos de sorteio, muito boa para nós, mas saber que jogamos em casa foi o sorteio mais importante. Vamos contar com o apoio dos Sportinguistas num Pavilhão João Rocha cheio para atingir o objectivo de ser líderes neste grupo e passar à final four mais uma vez", apontou Nuno Dias, antes de se debruçar de forma mais detalhada sobre cada um dos adversários.

Curiosamente, os arsenalistas - sobejamente conhecidos pelos confrontos a nível doméstico - e os bicampeões checos competiram no mesmo grupo – o 2 – da fase anterior, ou seja, da Ronda Principal, e, por isso, o treinador verde e branco atentou que há ilações que podem ser tiradas, sobretudo da valia do SK Plzeň.

"O SC Braga dispensa apresentações, ganhou a sua fase e venceu por 4-1 o SK Plzeň, que foi terceiro classificado do grupo, mas empatou com o NKM Olmissum [2-2], o segundo e que, por sua vez, empatou com o SC Braga [2-2]. Isso deixa-nos alerta para essas dificuldades", pormenorizou, virando as atenções também para o crónico campeão belga, o RSC Anderlecht, adversário dos Leões na Europa já nas duas edições anteriores.

"É uma equipa que conhecemos, difícil, embora não tenha feito uma boa Ronda Principal [acabou em terceiro no Grupo 1]. Jogámos com eles na pré-temporada e perdemos 4-2. É uma equipa com 11 estrangeiros, jogadores de muita qualidade e internacionais de várias selecções", enalteceu Nuno Dias, destacando nomeadamente "o guarda-redes da selecção argentina [Nicolás Sarmiento] e alguns muito experientes como o Edu, Grelló, Lucas Perin, o Sekulic, da selecção da Croácia".

Ainda assim, e a um mês do pontapé de saída nesta Ronda de Elite, realçou que neste momento a “grande preocupação” é o jogo em Ferreira do Zêzere deste sábado (18h30) e o seu grupo terá “tempo para analisar” os adversários europeus.

Além disso, Nuno Dias não escondeu a importância de poder contar com um "plantel na máxima força" nessas datas. "Temos de perceber em que momento vamos lá chegar, se conseguimos recuperar atletas com mazelas ou não e se vamos ter um maior número de jogadores disponíveis e a cem por cento para nos ajudarem", acrescentou, por fim.

Treinador analisou primeiro jogo na Liga 2024/2025

Após a estreia oficial a vencer, Nuno Dias, treinador dos Leões do futsal, analisou o jogo e a vitória (6-1) sobre a AD Fundão em declarações aos meios de comunicação do Sporting CP.

“Nunca nos contentamos com o que fazemos. Sinceramente, esperava uma estreia melhor, com uma exibição mais condizente com o nosso trabalho semanal. Os treinos têm sido melhores do que aquilo que apresentámos hoje, apesar de ter sido um bom resultado”, reflectiu inicialmente, destacando a diferença de eficácia apresentada em cada uma das partes do encontro

“Podíamos ter sido mais eficazes na primeira parte, onde até acho que fomos melhores do que o 2-0 que conseguimos. Na segunda parte não estivemos tão bem, mas marcámos quatro golos. Podíamos ter jogado com outro ritmo, mas no geral fizemos um jogo razoável”, considerou o técnico dos Tetracampeões Nacionais.

Além disso, Nuno Dias não escondeu que o grupo tem “notado as ausências” dos lesionados Zicky Té e Andriy Dzyalo. “A pré-época foi atípica e o início de época também. São dois jogadores da mesma posição, o que nos limita um pouco”, apontou, lembrando que o reforço Allan Guimerme, também pivô, ainda está em fase adaptação ao estilo de jogo verde e branco: “Ainda está a assimilar as nossas ideias, mas aos poucos vai melhorando”.

Garantidos os primeiros três pontos no campeonato, a mudança de ‘chip’ é imediata para subir ao palco europeu. Segue-se “uma viagem longa e três jogos difíceis que nos vão obrigar a um grande desgaste”, atirou Nuno Dias já com a Ronda Principal da UEFA Futsal Champions League em perspectiva e a missão dos Leões no Cazaquistão é clara: “Temos a clara convicção de que vamos fazer tudo para atingir os nossos objectivos”.

De seguida, Tomás Paçó, autor de um hat-trick frente à AD Fundão, também fez o rescaldo da jornada inaugural.

“Queríamos entrar bem no campeonato, fazer uma boa exibição e chamar mais pessoas ao Pavilhão”, disse primeiramente, continuando: “Na primeira parte podíamos ter dilatado mais a vantagem, mas não fomos tão frios na finalização. Depois, as coisas podiam ter-se complicado com o 2-1, mas conseguimos dilatar o resultado”.

Já a nível pessoal, o jovem fixo mostrou-se “contente” pelos três golos, mas não escondeu que “podia ter feito mais um ou mais dois ou até ter passado ao Renato [Almeida]”.

Treinador reuniu toda a equipa técnica em conferência de imprensa

Conquistado o inédito Tetracampeonato, o treinador Nuno Dias esteve em conferência de imprensa para fazer o rescaldo de mais uma vitória e da proeza alcançada, mas desta vez fez-se acompanhar de todos os elementos da sua equipa técnica.

“É uma conquista inédita e muito difícil, porque se nunca ninguém alcançou, é porque é um feito extraordinário da nossa parte e sabe muito bem. É um orgulho muito grande pertencer a um grupo de vencedores e de pessoas que trabalham muito e fazem por merecer estes títulos. É um privilégio fazer algo para ajudar a que as coisas aconteçam, assim como toda a malta que está aqui. Normalmente sou eu que aqui estou, eu sou o rosto, mas está aqui muita gente que trabalha, muito e bem, para que as coisas resultem desta forma”, começou por enaltecer, acrescentando: “Parabéns aos jogadores que põem tudo em prática e parabéns a todos [da equipa técnica], que me ajudam muito, cada um na sua função”.

De seguida, questionado sobre se a equipa já aponta a mira ao Penta, Nuno Dias preferiu focar-se no momento presente. “Normalmente começamos a pensar no que ainda temos para conquistar, é doentio da nossa parte, mas hoje não é dia para isso. É para festejar algo inédito. É obra, só esteve ao nosso alcance e nem sequer quero pensar nos objectivos da próxima época”, justificou o técnico, antes de olhar para as três vitórias (em três jogos) conseguidas nesta final dos play-offs da Liga

“Toda esta final foi trabalhada nos limites, em termos de análise, a forma como recuperámos jogadores, ao nível da preparação e do plano de jogo. Foram semanas duras, mas no fim tudo compensa. Tudo ficou resumido a uma vitória categórica como a de hoje. Ganhar 3-0 [na final] a uma equipa com qualidade, que chegou aqui com todo o mérito e com um jogo como o que fizemos, só está ao alcance dos melhores e nós somos os melhores”, destacou.

Já sobre este terceiro e decisivo encontro, o treinador dos Tetracampeões Nacionais considerou que foi “o mais desequilibrado” da final. “Foi o jogo em que o Sporting CP foi mais superior ao SC Braga, ficámos com a sensação de que o resultado nunca esteve em perigo. A forma como defendemos, pressionamos e como fomos criando oportunidades… Marcámos seis e outros ficaram por marcar em situações até menos difíceis do que as finalizámos”, considerou Nuno Dias.

A seguir o adjunto Paulo Luís tomou a palavra e contrariou o treinador principal verde e branco quanto à possibilidade de continuar a vencer já na próxima temporada.

“Já estamos a pensar um bocadinho em que para o ano podemos voltar a fazer História, o Penta e seria o 20.º título do Sporting CP. O segredo [do sucesso] é um bocado isto, os desafios que nos vamos colocando constantemente”, referiu, sublinhando ainda que o Tetracampeonato era uma meta presente “desde o primeiro dia da época” e que, além disso, “só faz sentido porque antes do grupo desta época houve outros que fizeram parte desta história”, lembrou.

Retribuindo os elogios, Paulo Luís salientou ainda a liderança de Nuno Dias: “Dá espaço para que cada um de nós tenha a sua intervenção, essa liberdade e todos sentimos essa importância para contribuir”.

Com Nuno Dias ao comando, só por duas vezes o Sporting CP não foi Campeão Nacional - vencendo, por seu turno, nove. Questionado sobre o que é preciso fazer para voltar a tirar os Leões da rota dos títulos, o treinador verde e branco disse que, se acontecer, resta à equipa continuar “a reinventar-se”. “Por enquanto, somos a maior potência do futsal no país e uma das maiores na Europa”, sentenciou.