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Português, Portugal
Foto César Santos

"Ninguém duvida de que os atletas deram o seu máximo"

Por Jornal Sporting
15 Ago, 2017

Marcelino Teixeira ressalva a confiança nos ciclistas verdes e brancos e a prestação destes na geral individual

O presidente do Clube de Ciclismo de Tavira, Marcelino Teixeira, vincou que existiram impedimentos decisivos para que a prestação do Sporting-Tavira não fosse mais competente. Ainda assim, o responsável agradeceu o esforço e elogiou a formação verde e branca: "Dentro das nossas possibilidades, termos um quarto e um quinto classificado é um bom resultado. Queríamos mais, mas tivemos muitas condicionantes. Tentámos fazer o melhor possível. Estamos a acompanhar o esforço dos atletas. Ninguém duvida de que deram o seu máximo. Quando digo contrariedades não falo só de quedas nem de lesões. Esta não seria a equipa ideal para a Volta a Portugal, um dos que ficou de fora seria um dos líderes [Joni Brandão], por exemplo". 

O responsável pela secção, Ernesto Pereira, ressalvou que a prioridade estava definida, a amarela, e que o projecto continua em crescimento, até pelo respeito sentido pelos azuis e brancos: "Foi uma participação honrosa. Conseguimos dois lugares no top-5. Melhor do que nós só a W52-FC Porto. Um pódio seria uma cereja sobre o bolo. A nossa aposta era na classificação geral. As etapas seriam uma consequência do trabalho. Perdemos tempo na Torre, procurámos vencer o contra-relógio, mas não foi possível. Não estamos satisfeitos com o resultado, mas muito contentes pelo trabalho realizado. O rival considerou-nos o principal adversário. É sintomático quanto à nossa evolução". 

Foto César Santos

"Lutar pela vitória é algo diferente. E nós fizemos!"

Por Jornal Sporting
15 Ago, 2017

Vidal Fitas destaca a evolução do projecto e considera satisfatória a participação do Sporting-Tavira atendendo às condicionantes

Vidal Fitas valorizou o comportamento da equipa e encontra motivos para sorrir no final da Volta a Portugal, em muito acrescidos pelo crescimento de jovens ciclistas durante a prova: "O facto de termos andado condicionados na Volta tirou-nos força. Poderíamos não ter ganho, mas estaríamos mais fortes e a corrida seria mais discutida. Demos um salto competitivo em relação ao ano passado. Temos vindo a evoluir e conseguimos chegar aqui para discutir a Volta. Há atletas que têm de evoluir em termos de mentalidade e foi bom porque aqui aprenderam. Perder ou ganhar nunca sabes se consegues. Lutar pela vitória é algo diferente. E nós lutámos. Não fizemos mais porque não conseguimos. Já conseguimos andar pelos primeiros lugares e assumir a corrida. Os que cá estiveram deram boa conta de si, têm mais do que pensam. Faz diferença ter uma equipa de jovens. Estivemos muito perto de ganhar etapas, levamos o quarto e o quinto, logo só posso estar satisfeito. Fizemos frente à equipa que tem dominado nos últimos anos. O que fizemos não envergonha ninguém".

O director-desportivo não se mostrou desagradado com o contra-relógio de Nocentini e não encarou surpreendente o 'crono' de García de Mateos, que lhe manteve o terceiro posto: "As coisas poderiam cair para qualquer lado. O contra-relógio poderia ser uma lotaria. É uma questão de recuperação. Ninguém se poupou na Torre, é um dia complicado e o Nocentini e o Marque estiveram bem. Só que o De Mateos também esteve. Se virmos a luta entre os primeiros quatro, as diferenças no contra-relógio foram muito curtas".

Vidal Fitas afirma que a marcação da W52-FC Porto durante a contenda foi um sinal de respeito, vincando que em 2018 a missão é voltar a discutir a camisola amarela: "É um sinal de crescimento, de respeito. Os ataques direccionaram-se a nós e respondemos da maneira que era possível responder. Nem sempre foi possível reagir de forma a complicar a nossa vida ao adversário. Contudo, este ano ultrapassámos outras equipas e isso é um bom sinal. Espero estar cá em 2018 sem contrariedades para lutar com as equipas que sejam candidatas".

 

Foto César Santos

Nocentini termina Volta em quarto

Por Jornal Sporting
15 Ago, 2017

García de Mateos defendeu o pódio, Marque subiu ao quinto e a amarela manteve-se com Alarcón

Dois lugares no top-5 da Volta a Portugal para o Sporting-Tavira. Rinaldo Nocentini terminou em nono o contra-relógio de 20,1 km em Viseu com o tempo de 26.57 minutos, mais 57 segundos do que Gustavo Veloso, da W52-FC Porto, vencedor da tirada, com a média de 46,385 km/hora.

O italiano não conseguiu assaltar o terceiro lugar, uma vez que García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé) conseguiu o quinto melhor tempo da jornada, retirando 21 segundos mais ao transalpino.

Alejandro Marque acabou a tirada no terceiro posto, a 18 segundos do rival galego que, mesmo somando a segunda vitória na prova, acabou apenas em 24.º. Desta feita, Marque subiu ao quinto lugar da geral, consolidando o Sporting-Tavira com dois ciclistas no top-5.

O camisola amarela desde a primeira etapa em linha, Raúl Alarcón, fez o segundo melhor tempo, terminando como vencedor a Volta a Portugal com 1.23 minutos sobre o companheiro da W52-FC Porto Amaro Antunes, 10.º na tirada de hoje.

Os verdes e brancos foram também a segunda melhor formação do dia, acabando no quarto posto da classificação colectiva.

Classificação etapa 10, Viseu-Viseu, contra-relógio de 20,1 km

1.º Gustavo Veloso, W52-FC Porto, 0:26.00 minutos

2.º Raúl Alarcón, W52-FC Porto, a 15 segundos

3.º Alejandro Marque, Sporting-Tavira, a 18 segundos

4.º António Carvalho, W52-FC Porto, a 24 segundos

5.º Vicente García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, a 36 segundos

9.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira, a 57 segundos

14.º Jesus Ezquerra, Sporting-Tavira, a 1.17 minutos

40.º Mario Gonzalez, Sporting-Tavira, a 2.06 minutos

53.º Fábio Silvestre, Sporting-Tavira, a 2.40 minutos

98.º Valter Pereira, Sporting-Tavira, a 4.13 minutos

104.º Luís Fernandes, Sporting-Tavira, a 4.31 minutos

Classificação geral individual

1.º Raúl Alarcón, W52-FC Porto, 41:46.14 horas

2.º Amaro Antunes, W52-FC Porto, a 1.23'

3.º Vicente García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, a 5.25'

4.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira, a 5.54'

5.º Alejandro Marque, Sporting-Tavira, a 7.10'

28.º Jesus Ezquerra, Sporting-Tavira, a 50.00'

40.º Mario Gonzalez, Sporting-Tavira, a 1:21.39'

53.º Luís Fernandes, Sporting-Tavira, a 1:39.52'

86.º Valter Pereira, Sporting-Tavira, a 2:26.00'

98.º Fábio Silvestre, Sporting-Tavira, a 2:45.49'

Classificação colectiva

1.º W52-FC Porto, 125:26.02 horas

2.º RP Boavista, a 23.49'

3.º Efapel, a 28.08'

4.º Sporting-Tavira, a 43.32'

Classifcação por pontos

Vicente García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé

Classificação da montanha

Amaro Antunes, W52-FC Porto

Classificação juventude

Krists Neilands, Israel Cycling Team

 

Foto César Santos

"Estive sempre a puxar"

Por Jornal Sporting
14 Ago, 2017

Marque afirmou não entender a passividade das equipas rivais na perseguição à W52-FC Porto

Alejandro Marque foi o super-herói que tentou rebocar Nocentini para a vitória da Volta a Portugal, mas viu-se impedido fisicamente de levar o italiano ao objectivo, depois de uma perseguição que diz não entender devido à falta de colaboração: "Ainda houve um colega a ajudar, mas depois estive sempre eu praticamente a tentar puxar. Tive de entrar muito cedo, sem entendimento é difícil. Não percebo a RP Boavista e a Efapel. Se nos entendêssemos poderia ser mais fácil. Eles também tinham objectivos".

O galego reconheceu que Nocentini não conseguiu acompanhar o ataque de Alarcón, mas realça que o terceiro posto está dentro das possibilidades: "O pódio não está perdido. O terceiro será entre De Mateos e Nocentini. Estando aí na frente com eles, a prova corria de outra forma. O Nocentini passou com dificuldades, mas ficou com uma tarefa muito complicada".

Marque subiu a sétimo na geral e assume o desejo de procurar a vitória no contra-relógio: "Vamos ver como as pernas recuperam depois da etapa de hoje. Vou tentar lutar por uma vitória, evidentemente. Veremos se as pernas respondem bem”.

Foto César Santos

"A correr como correram hoje, poderiam estar no World Tour"

Por Jornal Sporting
14 Ago, 2017

Nocentini lamenta estar fora da corrida, mas garante que nada mais havia a ser feito. O terceiro posto passou a ser a meta

Rinaldo Nocentini reconheceu que a corrida pela Volta a Portugal está terminada, depois de um dia em que classifica a W52-FC Porto como estando acima das restantes: "Podíamos tentar seguir com o Alarcón. Contudo, pensávamos que poderíamos retirar um pouco de tempo. Hoje foram mais fortes.Os dois da frente estiveram de outro nível. A correr como eles correram hoje, poderiam estar no World Tour. Trabalhámos muito na perseguição, mas por mais que trabalhássemos mais tempo perderíamos". 

'Noce' lamentou a forma como Efapel e RP Boavista abdicaram de contribuir para a perseguição ao duo azul e branco: "Não entendi a forma de correr de equipas como a RP Boavista, que tinha três ciclistas no nosso grupo, ou a Efapel. Não sei se o objectivo deles passa por ficar em nono ou em décimo quando estão em grande forma, mas não percebo porque não trabalharam".

O transalpino é agora quarto classificado, mas garante que o foco está em terminar no pódio, a apenas oito segundos de De Mateos, do Louletano-Hospital de Loulé: "Vamos tentar chegar ao pódio. Para mim é um grande resultado. Tenho 40 anos, é a segunda Volta a Portugal que faço. Espero conseguir o terceiro lugar. Quero agradecer à equipa e vamos tentar o melhor possível".

Nocentini vincou o agradecimento à equipa, especialmente ao desempenho de um "super Marque" na perseguição.

Foto César Santos

Rinaldo Nocentini fora da discussão pela camisola amarela

Por Jornal Sporting
14 Ago, 2017

Alarcón e Amaro Antunes atacaram no Alto da Torre e cavaram um fosso irrecuperável para o italiano, agora quarto classificado

Rinaldo Nocentini terminou em quinto a penúltima etapa da Volta a Portugal, a mais de cinco minutos do vencedor, Amaro Antunes. O italiano do Sporting-Tavira liderou durante 50 km a perseguição ao duo da W52-FC Porto. Amaro Antunes atacou antes, Alarcón arrancou a seis km do topo da Serra da Estrela e o transalpino não mais chegou à frente, ficando agora a 5.12 minutos da amarela, descendo a quarto, ainda atrás de Vicente García de Mateos, agora a oito segundos de distância.

A ligação entre a Lousã e a Guarda (184,1 km) tinha cinco contagens de montanha, quatro de terceira categoria – uma delas na meta – e a mais imponente da Volta, única de categoria especial, na Torre, com 1.900 metros de altitude, após pendentes médias de 5,1% de inclinação. O dia iniciou com uma fuga de 26 ciclistas. O Sporting-Tavira colocou Jesus Ezquerra, Luís Fernandes e Mario Gonzalez para contrariar os três ciclistas tanto da W52-FC Porto, Vinhas, Mestre e Joaquim Silva, como da Efapel, Rafael Silva, Del Pino, Barbio.

À medida que a inclinação e altitude da Torre se fizeram sentir, a frente da corrida começou a misturar-se com grupos perseguidores, sendo que só Egor Silin (RP Boavista) mantinha a liderança. Amaro Antunes (W52-FC Porto) mexeu com a corrida e conseguiu alcançar a frente da corrida, parecendo encaminhando-se para um ataque à amarela.

Gustavo Veloso passava grandes dificuldades, enquanto o Sporting-Tavira acelerava o ritmo para afastar o galego da discussão, que saiu inclusivamente do top-15 da prova-rainha depois de demorar mais de 40 minutos a concluir. Ainda assim, o camisola amarela, Raúl Alarcón, arrancou para conquistar espaço, chegando, em três quilómetros, à frente da corrida, onde viria a ter o auxílio de Mestre e Amaro Antunes, além da concorrência do camisola branca, Krists Neilands (Israel Cycling Team).

Sérgio Paulinho da Efapel começava a quebrar, enquanto De La Fuente se aliava ao Sporting-Tavira para permitir que De Mateos se aproximasse da liderança da prova. Ezquerra já havia regressado da fuga e, juntamente com Alejandro Marque, tentavam levar Nocentini seguro, isto quando a W52-FC Porto promovia constantes solavancos na corrida. A quatro quilómetros do alto da Serra da Estrela, ‘Noce’ cedia 54 segundos para os ciclistas azuis e brancos. Mario Gonzalez passou pela frente para condicionar a tentativa de fuga de João Benta, sexto na geral individua e juntava-se um cada vez maior grupo de perseguição, composto por RP Boavista, LA Alumínios, Sporting-Tavira, Louletano-Hospital de Loulé e Efapel, onde Henrique Casimiro estava ao lado de Sérgio Paulinho.

Na passagem pela meta de montanha, a distância estava cifrada nos 1.17’. Marque procurou rebocar Nocentini, assumindo as despesas de perseguição na descida rumo a Valhelhas, meta volante onde Alarcón bonificou mais três segundos. Finda a descida, Ricardo Mestre abandonou o trabalho, ficando Alarcón e Amaro na dianteira, enquanto a 30 km da meta, só García de Mateos e Nocentini pareciam interessados em recuperar o espaço para a frente. Na aproximação à Guarda, Henrique Casimiro tentou sair do grupo e prejudicou ainda mais a busca aos fugitivos. Um extenuado Alejandro Marque procurou conduzir Nocentini subida acima, mas a distância não parou de crescer até à meta. A 10 km, o espaço era já de 4.28 minutos. A subida de 3.000 metros, já em empedrado e com desnível médio de 6,1%, não afectou os ciclistas da W52-FC Porto. Amaro Antunes carimbou o quarto triunfo na prova dos azuis e brancos, levando também a camisola da montanha. Com a bonificação de 10 segundos (contra seis de Alarcón), o algarvio parte para o contra-relógio de Viseu com uma desvantagem de 29 segundos. Neilands fechou em terceiro e garante a da juventude. Nocentini seguiu a roda de De Mateos, mas ainda cedeu três segundos para o espanhol, quarto classificado, terminando a 4:56.55 horas do vencedor.

Nesta altura, o italiano está a oito segundos de De Mateos e de um lugar no pódio. Alejandro Marque finalizou em sétimo, subindo a esse mesmo lugar na geral, agora a 7.07.

No contra-relógio de Viseu, Nocentini é candidato a entrar no pódio e Marque um exemplo de candidato à vitória na tirada, prevendo-se que possa subir ao top-5 da prova.

Classificação da etapa

1.º Amaro Antunes, W52-FC Porto, 4:56.55 horas

2.º Raúl Alarcón, W52-FC Porto, m.t

3.º Krist Neilands, Israel Cycling Team, a 1.28'

4.º Vicente García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, a 4.41'

5.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira, a 4.44'

7.º Alejandro Marque, Sporting-Tavira, a 4.50'

30.º Mario Gonzalez, Sporting-Tavira, a 25.43'

46.º Jesus Ezquerra, Sporting-Tavira, a 30.11'

55.º Luís Fernandes, Sporting-Tavira, a 33.42'

68.º Valter Pereira, Sporting-Tavira, a 41.49'

108.º Fábio Silvestre, Sporting-Tavira, a 43.43'

Classificação geral individual

1.º Raúl Alarcón, W52-FC Porto, 41:19.59 horas

2.º Amaro Antunes, W52-FC Porto, a 31'

3.º Vicente García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, a 5.04'

4.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira, a 5.12'

5.º João Benta, RP Boavista, a 6.29'

7.º Alejandro Marque, Sporting-Tavira, a 7.04'

28.º Jesus Ezquerra, Sporting-Tavira, a 48.58'

42.º Mario Gonzalez, Sporting-Tavira, a 1:19.48'

53º Luís Fernandes, Sporting-Tavira, a 1:35.36'

87.º Valter Pereira, Sporting-Tavira, a 2:22.02'

101.º Fábio Silvestre, Sporting-Tavira, a 2.43.24'

Classificação colectiva

1.º W52-FC Porto, 124:07.23 horas

2.º RP Boavista, a 19.52 minutos

3.º Efapel, a 24.36 minutos

4.º Sporting-Tavira, a 41.39 minutos

 

Foto César Santos

Para ser rei é necessário passar a rainha

Por Jornal Sporting
14 Ago, 2017

O esforço não termina na Torre, mas quem quiser vencer a Volta tem de conseguir acompanhar os rivais na única categoria especial para alcançar a Guarda com a amarela em vista

14 de Agosto, provavelmente o dia por que todos esperavam. A caravana da Volta a Portugal cumpre a nona e penúltima tirada da prova e a etapa-rainha não falta à chamada.

A ligação entre a Lousã e a Guarda (184,1 km) tem cinco contagens de montanha, quatro de terceira categoria – uma delas na meta – e a mais imponente da Volta, única de categoria especial, na Torre, onde a altitude e os quase 23 km de duração farão diferenças.

Não termina na Torre. Contudo quem queira vencer a Volta tem de lá passar com os melhores. Depois disso, mais 70 km de esforço hercúleo, dos quais a descida pode não ser amiga nem boa conselheira. Depois da categoria especial, há três colinas para ultrapassar, a última coincidente com a meta. 

Vidal Fitas não acredita que existam ataques decisivos na subida para a Torre pela dificuldade do que resta percorrer: "A subida da Torre é diferente de tudo o resto. São 50 minutos de esforço. Espero uma corrida movimentada, com o comando da equipa do camisola amarela, mas um ataque ainda com mais de 70 km para percorrer é difícil de vingar. Penso que estas diferenças não serão significativas, uma vez que o pelotão, cansado como se mostra, pode originar uma mudança muito grande na classificação. Os segundos na Torre passam a minutos".

Nocentini diz querer "passar com os melhores" e o director-desportivo confia no momento de forma do transalpino: "Espero que o Noce possa dar uma resposta do nível que tem dado e que a situação fique no mínimo como está".

Nada está perdido nem seguro para ninguém. A Torre tem o condão de alterar o que possa ser previsível. Para ser rei de amarelo, a rainha terá de ser ultrapassada a um nível de excelência.

Foto César Santos

"Nocentini é o mais forte da Volta a Portugal"

Por Jornal Sporting
13 Ago, 2017

Joni Brandão deslocou-se a Oliveira de Azeméis para confraternizar com a equipa no final da oitava etapa

Joni Brandão seguiu os passos de David Livramento e visitou os companheiros de equipa. O trepador, afastado da Volta por motivos de foro clínico, confraternizou com os restantes ciclistas do Sporting-Tavira e elogiou a prestação da equipa verde e branca na Volta a Portugal: "Estive a dar-lhes incentivo. Só tenho visto o final das etapas, mas nota-se que o grupo está unido e estamos na discussão pela Volta a Portugal. Está tudo em aberto e acho que é possível uma vitória, senão, certamente um bom lugar no pódio".

Joni, agraciado com brincadeiras por parte dos colegas, destacou o papel de Nocentini como o melhor da prova-rainha, vincando que sofre mais quem vê pela televisão: "Gostava de estar presente para os ajudar. Tenho dado força para que eles lidem bem com a pressão de ganhar. Não tinha essa ideia, mas é mais complicado para quem está de fora. Ainda bem que o Nocentini está a este nível. Esperava isso porque, para mim, é o ciclista mais forte da Volta a Portugal".

O Jornal Sporting perguntou como era lidar com uma etapa na Torre sem Joni. O ciclista escudou-se e garantiu preparação da equipa para os momentos decisivos: "Estão mais do que preparados, certamente. Serão dois dias complicados, duas etapas decisivas. A corrida só ficará decidida no contra-relógio". 

Foto César Santos

"Penso que García de Mateos não será problema"

Por Jornal Sporting
13 Ago, 2017

Nocentini lamentou o desentendimento com Ezquerra na altura do sprint, mas vinca a importância de resgatar segundos para a amarela

Rinaldo Nocentini desceu a terceiro da geral individual, estando a cinco segundos de Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé) em vésperas da etapa da Torre. Talvez pensando no contra-relógio de Viseu, de 20 km, o italiano prefere valorizar a capacidade para retirar tempo à frente, neste caso cinco segundos, um em meta-volante, quatro em corte de tempo no pelotão: "García de Mateos passou-me na geral, mas penso que não será problema. Seguramente que conquistar tempo para a camisola amarela é sempre importante".

Jesus Ezquerra tentou conduzir o italiano à primeira vitória de etapa, mas os companheiros desentenderam-se e o transalpino acabou por perder uns milésimos de segundo, situação impeditiva para alcançar algo mais do que o quinto posto: "Era uma chegada dura, depois de um dia de muito calor. Era uma boa ocasião para vencer. Houve um desentendimento com o Jesus, tive de parar de pedalar por momentos e não deu para fazer melhor".

Sobre a etapa da Torre, Nocentini não embarca em grandes previsões, dizendo sim que espera uma equipa capaz de o sustentar, sempre com o foco colocado em seguir a roda dos mais perigosos da geral: "Sinto-me bem. Veremos o que podemos fazer. Estou tranquilo, sinceramente. A W52-FC Porto deve controlar e espero que a equipa esteja num nível forte. Quero passar na Torre com os melhores".

Foto César Santos

"O corte [de tempo] do Alarcón também é importante"

Por Jornal Sporting
13 Ago, 2017

Vidal Fitas não esconde que García de Mateos assumiu a candidatura à Volta, realçando o ganho de tempo de Nocentini para o camisola amarela

Vidal Fitas não poderia ficar totalmente satisfeito por Nocentini ter descido uma posição. Contudo, os elogios vão para o rival e vencedor da jornada, sendo que o italiano também recuperou espaço para a frente da corrida: "García de Mateos está a apresentar-se a um nível muito bom e será mais um candidato a contar para a Volta a Portugal. Estão cinco ciclistas muito próximos na classificação e penso que quatro podem vencer. Felizmente que temos um atleta nesse rol. A Volta está disputadíssima como não estava desde há muito tempo".

O director-desportivo explicou a colocação de Ezquerra na ajuda a Nocentini, salientando que o cansaço evidente no pelotão será particularmente visível na subida à Torre: "Numa meta-volante o Noce conseguiu ir buscar um segundo, pena que se tenha atrapalhado um pouco nos últimos 200 metros. Foi importante o Jesus estar ali na colocação ao Nocentini. Provavelmente, podia ter sido feito de forma diferente. Contudo, são coisas que se fazem com o tempo, com o continuar na luta por coisas desta importância. O corte do Alarcón [ficou a quatro segundos] também é importante e tudo se decidirá na Torre e no contra-relógio. Penso que estas diferenças não serão significativas, uma vez que o pelotão, cansado como se mostra, pode sofrer uma mudança muito grande na classificação".

O líder técnico não quer ataques espontâneos e garante que a inteligência a correr é o melhor caminho para o sucesso: "Esperamos continuar com opções e tentar uma classificação melhor do que a que temos. A prioridade é passar sempre com os melhores".

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