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Português, Portugal
Foto César Santos

Nocentini ganha cinco segundos ao camisola amarela

Por Jornal Sporting
13 Ago, 2017

Italiano conquistou segundos para Alarcón, mesmo cedendo o segundo ao vencedor de etapa, García de Mateos

Na longa e inclinada subida de final de etapa até Oliveira de Azeméis, Rinaldo Nocentini ficou perto do pódio, mas acabou por finalizar em quinto, conquistando quatro preciosos segundos para Raúl Alarcón, agora a 19’ de distância. O italiano conquistou um segundo de bonificação numa das três metas-volantes do dia.

Vicente García de Mateos, o camisola verde, do Louletano-Hospital de Loulé, triunfou pela primeira vez, batendo Daniel Mestre (Efapel) e Marco Tizza da GM Europa e aliado à bonificação na última meta-volante do dia subiu ao segundo posto, agora com cinco segundos de avanço para Nocentini.

A tirada teve Silin (RP Boavista) e Luís Afonso (LA) como fugitivos durante grande parte do dia, chegando aos oito minutos de vantagem sobre o pelotão. Contudo, o ritmo imposto na subida de segunda categoria do dia, em Gamarão (Arouca), fez um elevado corte no pelotão. Luís Fernandes e Fábio Silvestre ficaram para trás nessa altura e não mais se recolocaram no pelotão.

Já na primeira passagem em Oliveira de Azeméis, Veloso e De Mateos lançaram-se para bonificações. O ciclista azul e branco foi quarto na etapa, mas, ainda assim, aproximou-se de ‘Noce’, agora a sete segundos. David Rodrigues, Rui Vinhas e Tharau lançaram-se para uma tentativa de fuga. O pelotão caçou-os e imprimiu um ritmo forte que não permitiu veleidades a Domingos Gonçalves (RP Boavista), que acelerou a dois kms da meta. Efapel e W52-FC Porto procuraram posicionar Mestre e Veloso, mas foi De Mateos quem ganhou o espaço suficiente. Jesus Ezquerra saltou do grupo da frente e conduziu Nocentini aos últimos 150 metros, mas a descoordenação no momento de sprint permitiu espaço a Mestre para o segundo posto e o terceiro para Gizza.

Marque foi 10.º, conservando a mesma distância para Alarcón (2.08), que ficou cortado em quatro segundos na recta da meta.

A nona etapa liga a Lousã à Guarda (184,1 km) e tem seis contagens de montanha, quatro de terceira categoria – uma delas na meta –, uma de quarta e a mais imponente da Volta, única de categoria especial, na Torre, onde a altitude e os quase 20 km de duração farão diferenças.

Classificação da etapa

1.º Vicente García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, 4:06:39 horas

2.º Daniel Mestre, Efapel, m.t

3.º Marco Tizza, GM Europa, m.t

4.º Gustavo Veloso, W52-FC Porto, m.t

5.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira m.t

10.º Alejandro Marque, Sporting-Tavira, m.t

11.º Jesus Ezquerra, Sporting-Tavira, m.t

50.º Mario Gonzalez, Sporting-Tavira, a 3.36'

58.º Valter Pereira, a 9.14'

100.º Fábio Silvestre, a 23.43'

102.º Luís Fernandes, m.t

Classificação geral

1.º Raúl Alarcón, W52-FC Porto, 36:23.13 horas

2.º Vicente García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, a 14 segundos

3.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira, a 19’

4.º Gustavo Veloso, W52-FC Porto, a 26’

5.º Amaro Antunes, W52-FC Porto, a 34’  

10.º Alejandro Marque, Sporting-Tavira, a 2.08'

25.º Jesus Ezquerra, Sporting-Tavira, a 18.38'

48.º Mario Gonzalez, Sporting-Tavira, a 53.56'

52.º Luís Fernandes, Sporting-Tavira, a 1:01.45'

88.º Valter Pereira, Sporting-Tavira, a 1:40.04'

104.º Fábio Silvestre, Sporting-Tavira, a 1:59.32'

Classificação colectiva

1.º W52-FC Porto, 109:11.29 horas

2.º Efapel, a 4.10'

3.º RP Boavista, a 9.19'

4.º Sporting-Tavira, a 11.31'

Foto César Santos

Carrossel de sobe e desce faz paragem em Azeméis

Por Jornal Sporting
13 Ago, 2017

Antes da Torre espera-se uma etapa menos movimentada. Ainda assim, há que superar três contagens de montanha para guardar hipóteses para as duas últimas tiradas

A oitava etapa da Volta a Portugal liga Gondomar e Oliveira de Azeméis, num total de 159, 8 km. É apontada como uma etapa de transição. Habitualmente todas as que antecedem a subida à Torre o são.

Quem quiser lutar pelo sprint, terá de vir para a frente e perseguir a fuga. Quem tenha ambições de conservar forças procurará levar os seus líderes o mais cómodos possível. Em 2016, foi na oitava da prova-rainha que Jesus Ezquerra se lançou numa iniciativa a solo para dar a única vitória ao Sporting-Tavira, um resultado classificado como brilhante para quem regressava ao ciclismo profissional.

Desta feita, a prioridade passa por levar Nocentini a Oliveira de Azeméis e preservá-lo a uma distância que possa ser viável para vencer a Volta. A recta da meta é longa, mas tendo duas passagens permitirá estudar melhor a roda a levar.

Antes há três contagens de montanha para superar. Duas de terceira categoria (Vila Viçosa ao quilómetro 59,2 e Chão de Ave aos 107,4) e uma segunda em Gamarão (Arouca), sensivelmente a meio da etapa (87,3 km). A meta é antecedida por descidas vertiginosas, reforçando a importância da colocação para que não haja corte de tempo.

Vidal Fitas garante que, chegados à fase final, todas as etapas podem trazer problemas: "Será outro dia duro, já não há dias fáceis. Esperemos que se corra tranquilo para que se possa guardar energias para a etapa da Torre, a qual será decisiva”. O espanhol Alejandro Marque desejou que não existam mais problemas de saúde na equipa, reiterando que o Sporting-Tavira "irá precisar de todos".

Foto César Santos

Abandono de Frederico Figueiredo "foi o único senão do dia"

Por Jornal Sporting
12 Ago, 2017

Vidal Fitas lamenta saída do trepador de cena, mas reforça confiança no momento de Rinaldo Nocentini

Vidal Fitas não ficou alarmado com as bonificações conquistadas por Gustavo Veloso e Vicente García de Mateos, lamentando sim a o abandono de prova do jovem Frederico Figueiredo: "Acabámos por manter o lugar que tínhamos. Há mais alguns segundos de aproximação por parte do Veloso e do García de Mateos. Pena é perdermos o Frederico Figueiredo. Os traumatismos do primeiro dia e a queda de Fafe acabaram por fazer com que não conseguisse ter força num joelho que estava já maltratado. Foi o único senão do dia".

O director-desportivo do Sporting-Tavira, quatro vezes vencedor da Volta a Portugal no Clube Ciclismo de Tavira, explicou a dificuldade da subida à Nossa Senhora da Assunção, reforçando o elogio a Nocentini e a Alejandro Marque: "Sabíamos que as diferenças se faziam nos últimos metros e beneficiava mais os ciclistas explosivos: De Mateos, Alarcón, Nocentini, Veloso… todos com características que o Marque não tem. Contudo, ele está bem, posicionou-se no local onde tinha de estar. A fuga acabou por não ser tão prejudicial para nós como para a formação do camisola amarela", referiu.

Junto à carrinha de merchandising do Sporting-Tavira, sempre presente nas chegadas da Volta a Portugal, Marque conversava com Sara Moreira, figura do atletismo leonino. O galego mostrava-se satisfeito por ter conseguido 'sobreviver' ao final, apenas cedendo nove segundos para o grupo de 'Noce' e em dia com a equipa bem desfalcada: "A etapa tinha um final muito explosivo, acelerámos a corrida porque Nocentini se sentia bem. Houve alguns cortes no pelotão. Perdemos no início da etapa o Frederico Figueiredo, que é um dos ciclistas mais importantes da nossa equipa. O Luís Fernandes também teve problemas de saúde, mas conseguimos salvar a etapa com dois elementos a menos".

 

Foto César Santos

"Fiz o sprint para alcançar bonificações"

Por Jornal Sporting
12 Ago, 2017

Nocentini ficou perto do pódio na etapa e cedeu tempo nas bonificações. Ainda assim, diz-se motivado para fazer diferenças na Torre

Rinaldo Nocentini sabia da importância de bonificar na ascensão à Senhora da Assunção, mas a determinação do italiano viu-se pela resposta de categoria e respectivo quarto lugar na sétima etapa: "A subida não era muito difícil. Era rápida, à excepção dos últimos metros, que eram muito duros. Fiz o sprint para conseguir bonificações, mas acabei em quarto".

O transalpino foi bem colocado pela equipa do Sporting-Tavira, seguindo o 'comboio' azul e branco. Aí, explica como se procedeu a aceleração: "Estava difícil, coloquei-me na roda de Veloso e Alarcón, mas o García de Mateos conseguiu passar-me. Veloso e García de Mateos conseguiram algumas bonificações".

'Noce' permanece em segundo e não se mostra receoso com a aproximação de Veloso, agora a nove segundos. O foco passa por superar com possibilidades a etapa da Torre: "Espero que a minha condição continue assim para chegar a coisas boas. Continuo em segundo, penso que não mudará nada. A etapa da Torre será decisiva e depois há que conseguir um bom 'crono' para me manter na frente".

António Barbio, por sua vez, revelou a satisfação por triunfar pela primeira vez na Volta a Portugal: "Era um sonho ganhar uma etapa da Volta a Portugal, como qualquer atleta português pode comprovar. Trabalhámos para isso, a Efapel tem trabalhado sempre para vencer e agradeço aos meus colegas".

 
Foto César Santos

Nocentini mantém segundo com o quarto na etapa

Por Jornal Sporting
12 Ago, 2017

Italiano acompanhou Veloso e Vicente García de Mateos para a discussão pela bonificação, mas ficou curto o esforço. Frederico Figueiredo abandonou a prova

Rinaldo Nocentini assumiu o estatuto de líder da equipa com uma subida muito competente no Santuário da Senhora da Assunção. O transalpino, segundo à geral individual, terminou a sétima etapa em quarto lugar, logo atrás de Gustavo Veloso (W52-FC Porto) e de Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), que amealharam seis e quatro segundos de bonificação, respectivamente. ‘Noce’ preserva a distância para Alarcón, o camisola amarela, a 24 segundos, mas tem agora mais seis do que o espanhol do Louletano e nove sobre Veloso, duas vezes vencedor da prova-rainha. Marque finalizou em 11.º e ainda está no 10.º posto, agora a 2.08, em etapa conquistada pela Efapel, por intermédio de António Barbio.

Logo no início da etapa, ao km 2, Frederico Figueiredo comunicou o abandono da prova, fruto das lesões que sofreu nas cinco quedas durante a prova-rainha.

Aos sete quilómetros formou-se uma fuga de 14 ciclistas. Del Pino e Barbio da Efapel, Rui Sousa da RP Boavista e Ricardo Mestre da W52-FC Porto eram os ciclistas mais perigosos para a geral.

O Sporting-Tavira comandou durante os primeiros quilómetros de etapa, mas cedeu o controlo a Efapel e W52-FC Porto, ambas não muito interessadas em perseguir. Tendo ciclistas na frente, o espaço aumentou consecutivamente. Na serra de Campelos de quarta categoria, Rui Sousa tentou fazer diferenças, mas o grupo manteve-se junto. As equipas do pelotão continuaram a reduzir espaço até Rui Sousa, que estava a 2.50 minutos da amarela, ter ficado para trás. Ricardo Mestre também ficou intermédio, sobrando 10 fugitivos que mantiveram vantagem de 3.34 minutos sobre o pelotão a apenas 15 km da meta.

Antonio Barbio foi o primeiro da última meta-volante e entrou na frente para a ascensão final.

A decisão da etapa estava guardada para os últimos 6.400 metros. A subida de Santo Tirso ao Monte Córdova, onde se localiza o Santuário de Nossa Senhora da Assunção, fez-se com ritmo forte no pelotão. A W52-FC Porto preparou o caminho para Veloso. Nocentini seguiu na roda na altura certa, mas perdeu o espaço para os mais explosivos, terminando em quarto na geral. Marque surgiu um pouco depois, permanecendo no 10.º posto.A oitava etapa liga Gondomar a Oliveira de Azeméis num percurso de 159,8 km, prevista como uma tirada menos complicada e sem muita montanha.

Classificação da etapa

1.º António Barbio, Efapel, 04:06.01

2.º Gustavo Veloso, W52-FC Porto, a 1.07'

3.º Vicente García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, m.t

4.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira, m.t

5.º Raúl Alarcón, W52-FC Porto, m.t

6.º João Benta, RP Boavista, m.t

7.ºAmaro Antunes, W52-FC Porto, a 1.11'

8.º Marco Tizza, GME, a 1.15'

9.º Davide Rebellin, Kuwait Cartucho Es, a 1.15'

10.º Krists Neilands, Israel Cycling Team, m.t

11.º Alejandro Marque, Sporting-Tavira, m.t

38.º Mario Gonzalez, Sporting-Tavira, a 4.33'

58.º Jesus Ezquerra, Sporting-Tavira, a 7.41'

73.º Valter Pereira, m.t

80.º Luís Fernandes, Sporting-Tavira, m.t

100.º Fábio Silvestre, Sporting-Tavira, m.t

Classificação geral individual

1.º Raúl Alarcón, W52-FC Porto, 32:16.30

2.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira, a 24'

3.º Vicente García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, a 30'

4.º Gustavo Veloso, W52-FC Porto, a 33'

5.º Amaro Antunes, W52-FC Porto, a 34'

10.º Alejandro Marque, Sporting-Tavira, a 2.08'

27.º Jesus Ezquerra, Sporting-Tavira, a 18.42'

40.º Luís Fernandes, Sporting-Tavira, a 38.06'

56.º Mario Gonzalez, Sporting-Tavira, a 50.24'

95.º Valter Pereira, Sporting-Tavira, a 1:30.54'

101.º Fábio Silvestre, Sporting-Tavira, a 1:35.53'

 

Classificação colectiva

1.º W52-FC Porto, 96:51.24 horas

2.º Efapel, a 3.54'

3.º RP Boavista, a 8.34'

4.º Sporting-Tavira, a 11.31'

Foto César Santos

Nova casa do ciclismo já rola na estrada

Por Jornal Sporting
12 Ago, 2017

Autocarro levará os ciclistas do Sporting-Tavira às provas, reforçando o conforto para os atletas verdes e brancos

No final do dia de descanso, os ciclistas do Sporting-Tavira tiveram o prazer de ver chegar ao hotel onde estão instalados o novo autocarro.

Equipado de frigoríficos, televisão, casa de banho, a nova fortaleza em movimento tem três áreas distintas: uma com bancos de passageiros normais, a segunda com mesas de apoio e com oito assentos próximos, de forma a que os atletas possam conviver, sempre com contacto visual com os companheiros. Mais atrás, existe uma zona onde se podem vestir, facilitando a privacidade dos atletas durante as provas, muitas vezes condicionados a um ínfimo espaço na caravana até aqui utilizada.

A nova máquina facilitará também o staff em termos de transporte logístico, quer de alimentos, águas ou bicicletas, inclusivamente.

Vidal Fitas referiu a importância do novo autocarro, salientando duas questões: "privacidade e conforto para os atletas". 

A obtenção da viatura não teria sido possível sem a parceria de Sporting CP e o Clube de Ciclismo de Tavira, já que a formação algarvia foi a força motriz na recolha dos vários patrocínios inerentes à aquisição.

Os adeptos podem esperar o autocarro verde e branco nas partidas e chegadas da Volta a Portugal, ficando aqui um pequeno apetite com as fotos de César Santos, fotojornalista do Jornal Sporting.

 

Foto César Santos

Espera-se que ao terceiro Santuário a história seja diferente

Por Jornal Sporting
12 Ago, 2017

Sétima etapa finaliza com ascensão ao Monte Córdova, depois de 6,4 km de percurso a partir de Santo Tirso

A Senhora da Graça (quarta etapa e vitória de Raúl Alarcón) e a chegada a Santa Luzia (quinta tirada e triunfo de Gustavo Veloso) foram amargos de boca para o Sporting-Tavira, mas não há nada que seja mais louvável do que mudar a história.

A sétima etapa vem depois de um dia de descanso o que, por si só, seria perigoso para aferir os momentos de forma dos ciclistas. A isto, acresce ser um verdadeiro carrossel, cheio de subidas e descidas desde a partida em Lousada até à meta na Senhora da Assunção.

Os 161,9 km de prova apresentam apenas duas contagens de montanha, mas o percurso é extremamente difícil, especialmente se atacado desde cedo. Ao quilómetro 100 chegar-se-á quarta categoria na Serra dos Campelos, guardando-se para a meta a decisão final. Antes do término, uma contagem de segunda categoria, os ciclistas percorrerão 6,4 km desde Santo Tirso, com pendentes médias de 3 e 4%. O último quilómetro pode fazer mais diferenças, uma vez que o sprint será alvo de uma forte guerra de colocação.

Nocentini diz que a subida se adapta a ele, percorrendo-a felizmente e por várias vezes durante o dia de descanso, onde a equipa aproveitou para reconhecer a chegada.

Vidal Fitas alerta: "A colocação no último quilómetro será muito importante. Podem existir diferenças de tempo devido ao final explosivo. A colocação antes da viragem é decisiva para quem queira ganhar a etapa". O italiano será a principal carta, até por que os 24 segundos de distância para a amarela precisam de bonificações que os possam encurtar. 'Noce' procurará emendar a fé no terceiro santuário da Volta a Portugal.

Foto César Santos

Dia de descanso teve treino e reconhecimento

Por Jornal Sporting
11 Ago, 2017

Equipa do Sporting-Tavira percorreu os arredores de Famalicão e subiu à Senhora da Assunção, local onde termina a sétima etapa

O conceito de dia de descanso é um pouco relativo para a caravana da Volta a Portugal. Pelas 10h30, a comitiva do Sporting-Tavira arrancou estrada fora para pedalar a um nível baixo de intensidade, durante cerca de 70 km.

O grupo começou o esforço em pelotão. Estavam descontraídos, determinados a rodar um pouco os músculos, de forma a não perderem níveis de forma durante a pausa de competição. Quando a subida rumo à Senhora da Assunção começou, Nocentini e Marque aceleraram um pouco mais, testando o poder de fazer diferenças num curto espaço de tempo. Situada em Santo Tirso, a meta está colocada no Monte Córdova, uma contagem de segunda categoria depois de cerca de seis quilómetros a subir. O último é o mais exigente de todos e a colocação pode ser chave.

Nocentini subiu, enquanto a equipa de reportagem do Jornal Sporting, juntamente com Vidal Fitas, esperava pelos restantes companheiros. Já Noce, Marque e Ezquerra vinham a descer quando nos juntámos novamente. Só que o italiano não se contentou com isso e voltou a subir rumo à meta. Quando lá chegou acima declarou: "A chegada é boa para mim". 

Ezquerra é que não estava contente, dizendo que o transalpino por ele fazia a ascenção quatro ou cinco vezes. 

Frederico Figueiredo, por sua vez, ia orientando nas direcções, ele já muito habituado às andanças míticas da Volta a Portugal. Fábio Silvestre, por outro lado, já queria acelerar para o hotel. Chegou ao carro e, entre risos, exclamou: "Como o Jesus costuma dizer, hoje não me apetece 'hablar nem pedalar'".

Lá em cima, a equipa dialogou, ajustando momentos de ataque e trabalho a fazer. A estratégia foi partilhada e cada um deu o contributo para a estratégia. Vidal Fitas garantiu a importância do reconhecimento: "É muito importante fazermos o reconhecimento, saber exactamente onde a subida inclina mais ou menos. É preciso conhecer os momentos onde aguentar ou em que podemos atacar. Há que saber onde acaba cada dificuldade para se poder gerir o esforço".

Duas horas e meia depois, os ciclistas regressaram ao hotel para uma refeição ligeira, reservando o resto da tarde para um merecido descanso.

Foto César Santos

"O Alejandro não teve um bom dia, mas permanecemos em segundo"

Por Jornal Sporting
10 Ago, 2017

Vidal Fitas reconheceu que não esperava uma subida tão atacada, salientando que Nocentini passou a ser a principal arma do Sporting-Tavira para a Volta a Portugal

"Há dias que não são os melhores e o Alejandro não teve um bom dia", sintetiza Vidal Fitas a iniciar a conversa junto às equipas de reportagem do Jornal Sporting e da RTP. O director-desportivo antevia uma grande dificuldade na ascensão ao Alto Viso e as perspectivas confirmaram-se, especialmente para Marque, que chegou a 1.22 minutos de Rui Sousa, ficando em 10.º e bem distante da camisola amarela: "Na montanha de primeira categoria, a montanha foi bastante atacada. Houve um ataque de sete ciclistas, ele acabou por não conseguir acompanhá-los. A subida foi mais atacada do que se estava à espera, sendo lançada de forma tão dura e tão longe da meta. Existiram várias circunstâncias que fizeram com que os ciclistas chegassem depois a conta-gotas. É evidente que era bom que o Marque não perdesse o tempo que perdeu. Não está fora porque não se sabem as voltas que a corrida pode dar. Continua a ter um papel muito importante dentro da equipa, mas há que ser frontal e, numa situação destas, não pode haver dúvida [de quem é o chefe de fila]".

Quatro vezes vencedor da Volta a Portugal, estabelecendo o recorde de triunfos consecutivos enquanto director-desportivo, Vidal aponta Nocentini à geral e permanece confiante nas possibilidades do Sporting-Tavira: "O Rinaldo está bem. Ganhou um segundo. É pouco, mas é um segundo. Continuamos na luta pela Volta, o Nocentini está bastante bem e tudo é possível, mesmo que não o levem muito a sério". 

Pragmático. O director-desportivo nem quer ouvir falar do contra-relógio e foca que, mesmo precisando de bonificações, tem de esperar pelo melhor momento para se conseguirem diferenças importantes: "Há que esquecer o contra-relógio. Há chegadas a Santo Tirso, a Oliveira de Azeméis e à Guarda. São três etapas bastante duras, que vão fazer mais diferenças do que até aqui porque o cansaço acumula-se. As diferenças passarão de segundos a minutos. Hoje aconteceu e calhou-nos a um dos nossos. O contra-relógio é para ser pensado dia 14 à noite. Até lá muita batalha, há sítios onde podemos ganhar tempo. Se não conseguirmos, tencionamos não perder".

Frederico Figueiredo caiu mais duas vezes na sexta etapa, aumentando para cinco os acidentes durante a prova. Vidal prestou-lhe apoio, explicando a falta que o trepador fez à equipa na subida: "Estou mais preocupado com as quedas do Frederico Figueiredo do que com o trabalho que a minha equipa teve. Está maltratado, custa-me vê-lo assim. Não ter o Frederico foi um golpe. Não será confortável andar de bicicleta com tantos hematomas. Dificultou-lhe a subida, certamente".

Foto César Santos

"Sei que estou fora da discussão pela Volta a Portugal"

Por Jornal Sporting
10 Ago, 2017

Marque desceu a 10.º e fez um esforço hercúleo, reduzindo uma distância que chegou a ser bem maior

Alejandro Marque cedeu 1.22 minutos na sexta etapa e desceu ao 10.º lugar na geral individual. À saída do Alto do Viso, o espanhol perdia quase dois minutos, mas ainda recuperou algum espaço num verdadeiro contra-relógio de 45 km: "Fiquei a 500 metros no Alto do Viso, não consegui reentrar. Estive a dois minutos, mas ainda consegui reduzir tempo. Contei apenas com a ajuda do Hugo Sancho. Sabia que o resto do grupo não estava interessado porque tinham homens na frente. Não lhes era conveniente trabalhar. Tentei perder o menor tempo possível".

O galego, já vencedor em 2013, tem consciência de que agora Nocentini é o líder da equipa e merece o esforço dos outros para o proteger: "O importante é que o Nocentini continuou. Seguimos na luta. Agora, vamos apostar no Rinaldo e teremos de saber como podemos ajudar. Sei que estou fora da discussão pela Volta a Portugal". 

Marque explicou as incidências da etapa, realçando o forte ritmo imposto pela formação azul e branca: "De início, as coisas não correram bem devido à fuga de dois ciclistas da W52-FC Porto. Obrigaram-nos a trabalhar e o desgaste fez com que ficasse sozinho na subida, que foi muito atacada. Foi a etapa mais dura desta Volta". 

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