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Português, Portugal
Foto César Santos

"Foi uma etapa bem mais complicada do que se podia pensar"

Por Jornal Sporting
07 Ago, 2017

Luís Fernandes foi um dos corredores que perseguiu a fuga durante 80 quilómetros e mostrou-se agradado pelo sucesso na missão

Valter Pereira, Mario Gonzalez, Luís Fernandes e Fábio Silvestre os comandados de Vidal Fitas para anular a fuga que durou 80 km e que tinha, entre outros, o vencedor da Volta a Portugal de 2016, Rui Vinhas. Difícil tirada e mais complexa do que o suposto: "Continuamos com um bloco coeso e acreditamos que as coisas assim vão correr bem. Conseguimos minimizar as perdas e permanecemos com o segundo à geral. Foi uma etapa muito mais complicada do que se podia pensar".

O corredor do Sporting-Tavira explicou como a fuga rival se procedeu e referiu a importância de começar a perseguição: "Na primeira parte da corrida não conseguimos pôr ninguém naquele grupo grande. Estavam lá atletas perigosos. Tivemos de perseguir, foi trabalhoso, mas conseguimos. O objectivo era apanhar a fuga rapidamente. Tivemos de entrar ao serviço num percurso 'rompe-pernas'".

Alejandro Marque eestava satisfeito por mais um dia cumprido sem sobressaltos de maior, realçando o desempenho colectivo da formação verde e branca: "Mais uma etapa ultrapassada. Era uma tirada com uma chegada difícil, com várias viragens que poderiam originar quedas como ontem [segunda etapa em linha em Castelo Branco]. Penso que conseguimos uma boa colocação. Entraram os três principais [Marque, Nocentini e Frederico Figueiredo] nos primeiros 30. O ano passado aconteceu uma fuga com o Rui Vinhas e não poderíamos voltar a permitir isso. Equipa fez um um grandíssimo trabalho, estando sempre muito perto da fuga, obrigando-a a abdicar".

Segue-se a Senhora da Graça, o primeiro final em alto da prova-rainha, e a ascensão que inaugura as primeiras categorias da 79.ª Volta a Portugal.

 

Foto César Santos

"Demos uma boa resposta perante um grupo enorme"

Por Jornal Sporting
07 Ago, 2017

Vidal Fitas realçou a competência na perseguição à W52-FC Porto, Efapel e RP Boavista para manter intactas as aspirações à amarela

O director-desportivo do Sporting-Tavira estava satisfeito com a capacidade colectiva da equipa na terceira etapa em linha da Volta a Portugal. Logo desde Figueira de Castelo Rodrigo que a corrida foi atacada. Rui Vinhas, da W52-FC Porto e vencedor da edição de 2016, levou na roda o terceiro classificado Domingos Gonçalves (RP Boavista), dois de 16 ciclistas que ameaçavam complicar até Bragança.

Valter Pereira, Fábio Silvestre, Luís Fernandes e Mario Gonzalez entraram ao trabalho e cansaram a fuga de tal forma que esta se entregou. Foram mais de 80 quilómetros e Vidal Fitas realçou o desempenho colectivo: "Demos uma boa resposta perante um grupo enorme. Conseguimos controlar e reduzir o espaço. Enfrentámos um grupo que não era nada favorável e que nos poderia complicar as contas para a geral. É necessário trabalhar. Quando lutas para uma Volta a Portugal é normal que existam situações destas".

O director-desportivo explicou inclusivamente que o ataque dos azuis e brancos é reflexo da sua forma de correr, mas garante que a atenção se divide pelos vários pretendentes à amarela: "Foi uma fase inicial com montanhas difíceis, principalmente a de segunda categoria. Não foi só a W52 que atacou e não competimos apenas contra eles, mesmo sendo certo que existem formações mais relevantes do que outras. Agora, a W52-FC Porto corre desta forma. Defende-se ao ataque".

 

Foto César Santos

Anulada fuga de Vinhas e sprint para Alaphilippe

Por Jornal Sporting
07 Ago, 2017

Sporting-Tavira liderou durante metade da corrida e impediu estragos para a geral individual, mantendo segundo e quarto na luta pela amarela

A terceira etapa implicava saber gerir a montanha inicial para uma chegada confortável a Bragança. Desde Figueira de Castelo de Rodrigo, o Sporting-Tavira foi chamado ao trabalho para anular uma fuga precoce de 16 ciclistas, que tinha entre eles Rui Vinhas, ciclista da W52-FC Porto vencedor da Volta 2016, e Domingos Gonçalves da RP Boavista, terceiro na geral, a 15 segundos de Alarcón.

Tanto em Foz Côa como em Moncorvo, as inclinações de terceira categoria, Valter Pereira, Mario Gonzalez e Luís Fernandes puxavam Marque, Nocentini e Frederico Figueiredo subida acima, não permitindo que a distância ultrapassasse o minuto e meio. Na descida era Fábio Silvestre a assumir as despesas de perseguição. A fuga sofreu várias mexidas, João Matias (LA) foi desencantar mais pontos para a montanha, em que agora é líder, mas nada que ameaçasse os leões. No fim da segunda categoria, após 9.000 metros de ascensão, não havia espaço para veleidades aos adversários e Vinhas via frustrada uma tentativa que em 2016 lhe valeu o triunfo da amarela.

Nova fuga se sucedeu, mas aí os comboios dos sprinters colocaram mãos à obra. A W52-FC Porto perseguiu para reduzir danos para Alarcón e para uma eventual discussão para Samuel Caldeira, tal como a Efapel para Daniel Mestre. Ainda assim, foi a equipa do primeiro líder da prova a levar o triunfo. Depois de rotundas apertadas e muitas inclinações, tanto a subir como a descer, na cidade de Bragança, foi Bryan Alaphilippe a vencer para a Armée de Terre ao fim dos 162,7 km de prova.

Krists Neilands (Israel Cycling Team) terminou em segundo com o mesmo tempo do vencedor (4:06.08 horas), superando o melhor luso, Daniel Mestre. Mateos (Louletano-Hospital de Loulé) foi quarto, mas já não somou bonificações. Todos os restantes candidatos à amarela chegaram integrados no pelotão, não se registando diferenças na geral. Ezquerra foi o melhor do Sporting-Tavira no 13.º, Nocentini foi 16.º, Marque 20.º e Frederico Figueiredo 25.º.

Antes do primeiro final em alto e logo de primeira categoria, na mítica Senhora da Graça, depois de 152,7 km entre Macedo de Cavaleiros e Mondim de Basto, Marque continua no segundo lugar, a seis segundos de Raúl Alarcón (W52-FC Porto), enquanto Nocentini segue em quarto, a 16'. Depois da queda de domingo, Edgar Pinto desistiu por lesão, estando a LA Alumínios sem o seu líder principal para o resto da corrida.

Classificação geral individual

1.º Raúl Alarcón, W52-FC Porto, 10:40.45 horas

2.º Alejandro Marque, Sporting-Tavira, a 6 segundos

3.º Domingos Gonçalves, RP Boavista, a 15'

4.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira, a 16'

5.º Gustavo Veloso, W52-FC Porto, a 17'

6.º Sérgio Paulinho, Efapel, a 20'

7.º Amaro Antunes, W52-FC Porto, a 22'

8.º Rui Sousa, RP Boavista, a 25'

9.º García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, a 29'

10.º Davide Rebellin, Kuwait Cartucho ES, a 32'

12.º Jesus Ezquerra, Sporting-Tavira, a 45'

Classificação colectiva

1.º W52-FC Porto, 32:03.04 horas

2.º Sporting-Tavira, a 18 segundos

3.º RP Boavista, a 45 segundos

(classificação em actualização)

Foto César Santos

Antes da Senhora da Graça há perigo na colina

Por Jornal Sporting
07 Ago, 2017

Terceira etapa em linha já tem uma subida de segunda categoria que pode abanar o pelotão rumo a Bragança

Fábio Silvestre explicou que o sprint entre sprinters não é expectável para a terceira tirada em linha da Volta a Portugal. De subida em descida, só o plano em Bragança poderá ser apresentado como acessível aos ciclistas, até por conter duas passagens pela meta. A questão é que até lá percorrem-se cerca de 120 quilómetros de colina acima e abaixo, sendo que a linha de chegada reúne condições próprias para um corredor completo, capaz de superar a inclinação.

"Penso que chegará um grupo restrito. De dia para dia, os favoritos vão ter tendência a aparecer", resume Fábio Silvestre.

Foz Côa, Torre de Moncorvo (ambas de 3.ª categoria) e a segunda categoria temida, a primeira montanha digna de registo na 79.ª edição da prova-rainha, reúnem as principais dificuldades de um percurso mais duro na fase inicial.

Fomos direitos ao ponto explosivo da etapa e questionámos Vidal Fitas se era previsível um ataque do Sporting-Tavira ou dos rivais na Serra de Bornes, após cerca de nove quilómetros de ascensão:"Todas as forças estão direccionadas para vencer a Volta a Portugal. Não acredito que alguém ataque na segunda categoria, mas nós também não o faremos", esclareceu.

Entre Figueira de Castelo Rodrigo e Bragança (como a Volta andou rápido, há dois dias a finalizar em Setúbal), os 162, 1 km podem parecer um aquecimento para o que aí vem. Certo é que se a atenção não for máxima, pode bem valer maiores diferenças do que uma subida à Senhora da Graça.

 

Foto César Santos

"Gastámos cerca de 200 bidões"

Por Jornal Sporting
06 Ago, 2017

Vidal Fitas exemplificou as necessidades de hidratação dos seus pupilos na ligação entre Reguengos e Castelo Branco, exibindo satisfação por manter segundo e quarto posto

Vidal Fitas confirmou com os companheiros do Sporting-Tavira as necessidades de hidratação dos seus ciclistas, reiterando a dificuldade da segunda etapa em linha e que a prioridade continua a ser chegar a camisola amarela: "Até para nós dentro do carro, com o ar condicionado ligado, estava muito calor. Hidratação é muito importante. Posso dizer-vos que gastámos cerca de 200 bidões, 100 deles de água, 100 de líquidos [sais minerais].Queríamos passar uma etapa o mais tranquila possível. Era longa, com muito calor, logo vital era passar com as forças intactas. E isso aconteceu. Todos têm as suas hipóteses, desde que não se comprometa a classificação geral nem se belisque a luta pela amarela. Estamos numa posição muito boa e objectivo é levar os nossos líderes sãos e salvos. Essa é a grande meta de cada dia, até porque continuamos a ter o Alejandro Marque em segundo e o Rinaldo Nocentini em quarto, lugares que tentaremos melhorar".

O director-desportivo do Sporting-Tavira destacou que Marque está bem fisicamente depois da queda sofrida no final da tirada, com meta estabelecida em Castelo Branco, e elogiou o comportamento da formação para cumprir os pressupostos técnicos. Faltou apenas um pouco de felicidade na colocação de Fábio Silvestre: "Se não existissem problemas com nenhum líder nos últimos quilómetros, daríamos ao Fábio Silvestre alguma liberdade. Ainda chegou ao grupo da frente após problema numa barreira, mas já não conseguiu disputar o sprint. O Alejandro Marque foi envolvido na segunda queda deste final, a dois quilómetros. Tem uma pequena escoriação, nada de especial. De resto, cumprimos perfeitamente o que tínhamos previsto. As classificações mantêm-se como estavam hoje no início da etapa. Era o que pretendíamos".

 

 

Foto César Santos

"Era uma chegada dura, com muito sobe e desce"

Por Jornal Sporting
06 Ago, 2017

Fábio Silvestre destacou o percurso sinuoso rumo à meta em Castelo Branco e Marque garante estar em condições apesar da queda no final da segunda tirada

Fábio Silvestre bem procurou entrar na frente no sprint em Castelo Branco, mas a tentativa de colocação dos velocistas acabou gorada para muitos. O sprinter explicou a parte final da segunda tirada em linha da Volta a Portugal: "Foi uma chegada muito técnica, os corredores vinham muito nervosos. Houve quedas, ainda fiquei retido, mas tive sorte porque consegui equilibrar-me numa baia. Perdi a pedaleira em que seguia e não consegui manter-me na posição em que estava. Estava nos meus limites e consegui prosseguir na roda onde estava. Era uma chegada dura, com muito sobe e desce. Muitas viragens, muitas mudanças de ritmo. A posição que conseguimos [na antecipação aos 1.000 metros finais] foi aquela em que terminei. Não deu para mais", explicou o 12.º classificado, garantindo que o cansaço já se começou a sentir após duas etapas desgastantes e longas.

As escoriações visíveis na perna de Alejandro Marque não retiraram o sorriso ao segundo classificado, que se mantém a seis segundos de Alarcón. O galego garante que está operacional para continuar a luta pela Volta a Portugal: "Estou bem, penso que não vai ser nada mais do que isto. Hoje foi um dia muito comprido e no final sentiu-se um pouco mais o nervosismo, reflexo de que os corredores começam a pensar nas classificações. São coisas de sprint, de colocação. À minha frente chocaram com as barreiras. Ainda tentei desviar-me para o lado, mas não deu. Penso que tinha uma boa colocação, talvez nos 20 primeiros. É pena que tenha caído e que não pudesse seguir. Contudo, continuo em segundo, uma vez que o normal é não perder tempo em caso de queda nos últimos três quilómetros". 

Frederico Figueiredo havia sido um dos vitimados nas quedas de sábado. Neste domingo, na chegada a Castelo Branco, repetiu a dose. O trepador que bem evita os sprints foi apanhado literalmente na curva e resumiu o final caótico, sem deixar de ressalvar que recuperou bem: "Fui descansando. Melhorei ao longo do dia. Agora no fim houve uma queda à nossa frente. O Alejandro Marque ficou lá, eu também. Era uma chegada muito perigosa, com perigosas viragens à esquerda e à direita. Se não houvesse queda ali, haveria na rotunda à frente devido à guerra da colocação. Ficou tudo com o mesmo tempo, portanto continuamos na luta. O Marque permanece em segundo, apenas é pena ter caído".

Foto César Santos

Marque cai em sprint caótico

Por Jornal Sporting
06 Ago, 2017

Espanhol mantém o segundo posto, sendo que Silvestre foi o melhor leão no 12.º lugar

Após a mais longa etapa da edição de 2017 da Volta a Portugal, percorrida sob sol e calor intenso (chegou aos 43 graus), só as quedas poderiam dificultar o cenário. A tradicionalmente difícil chegada a Castelo Branco voltou a cortar o pelotão e Alejandro Marque, segundo à geral, foi um dos envolvidos, caindo a dois quilómetros do término da linha de meta.

Ainda assim, é cumprida a regra de igualar os tempos do vencedor da etapa a quem chegou inserido no pelotão até aos últimos 3.000 metros. Fábio Silvestre apresentou-se como o melhor ciclista do Sporting-Tavira com o 12.º lugar, já depois de também ter sofrido problemas na colocação para o sprint final. Dos ciclistas mais sonantes, Rui Vinhas, vencedor em 2016, e Edgar Pinto, líder da LA Alumínios, também caíram, mas antes da barreira dos três quilómetros.

Durante a tirada de 214,7 km, com o regresso às partidas no Alentejo, desta feita em Reguengos de Monsaraz, 10 fugitivos animaram a corrida desde os primeiros metros de etapa. João Matias (LA Alumínios) era o que mais perigava a camisola amarela de Raúl Alarcón, mas, à medida que a fuga se foi dissolvendo, a perseguição da W52-FC Porto, mas também de Sporting-Tavira e Efapel foi suficiente para caçar o último dos escapados a 5 km da meta, valendo uma chegada nas melhores condições a Samuel Caldeira, que bateu o italiano Antonio Parrinello (GM Europa Ovini) e o francês Stéphane Poulhies (Armée de Terre).

Alarcón preserva a amarela, previsivelmente seis segundos à frente de Alejandro Marque, com Nocentini no quarto posto da geral individual.

Na segunda-feira corre-se a terceira etapa, entre Figueira de Castelo Rodrigo e Bragança, num percurso de 162,7 quilómetros, que terá três contagens de montanha (duas de terceira categoria e uma de segunda), antes de um final que contém duas passagens pela meta.

Classificação da etapa

1.º Samuel Caldeira, W52-FC Porto, 5:38.16 horas

2.º Antonio Parrinello, GM Europa Ovni, m.t

3.º Stéphane Poulhies, Armée de Terre, m.t

12.º Fábio Silvestre, m.t

16.º Luís Fernandes, m.t

19.º Rinaldo Nocentini, m.t

23.º Jesus Ezquerra, m.t

47.º Valter Pereira, m.t

61.º Frederico Figueiredo, m.t

60.º Alejandro Marque, m.t

65.º Mario Gonzalez, a 2.06 minutos

Classificação geral individual

1.º Raúl Alarcón, W52-FC Porto, 10:40.45 horas

2.º Alejandro Marque, Sporting-Tavira, a 6 segundos

3.º Domingos Gonçalves, RP Boavista, a 15'

4.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira, a 16'

5.º Gustavo Veloso, W52-FC Porto, a 17'

6.º Sérgio Paulinho, Efapel, a 20'

7.º Amaro Antunes, W52-FC Porto, a 220

8.º Rui Sousa, RP Boavista, a 25'

9.º García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, a 29'

10.º Davide Rebellin, Kuwait Cartucho ES, a 32'

12.º Jesus Ezquerra, Sporting-Tavira, a 45'

30.º Frederico Figueiredo, a 1.08'

40.º Luís Fernandes, a 1.22'

54.º Mario Gonzalez, a 5.01

74.º Fábio Silvestre, a 9.51

98.º Valter Pereira, a 19.09

Classificação colectiva

1.º W52-FC Porto, 32:03.04 horas

2.º Sporting-Tavira, a 18 segundos

3.º RP Boavista, a 45 segundos

 

Foto César Santos

Fair-play marcou saudado regresso ao Alentejo

Por Jornal Sporting
06 Ago, 2017

Proximidade entre ciclistas das várias equipas fez-se sentir na partida para a segunda etapa, em terras que elogiam o regresso da Volta ao interior Sul do país

Sporting-Tavira e W52-FC Porto dividem protagonismo e favoritismo para a prova, mas nem por isso deixam de primar pela proximidade e pelo espírito de desportivismo. O desejo de que a corrida prossiga sem lesões ou azares é a marca diária de quem entende a dificuldade da profissão. Até porque muitos deles percorrem trilhos e percursos juntos, conterrâneos muitos, familiares alguns.

Como a fotografia exemplifica, há quem não esqueça aventuras em outros projectos e o trabalho de afinação de bicicletas. Os mecânicos, esses, verdadeiras forças motrizes para o sucesso e sombras do sorriso individual de conquistar uma Volta a Portugal.

Para os adeptos alentejanos, 2017 encerrou em si mesma a oportunidade de ver novamente a Volta a Portugal a passar à porta. Celestino Costa Roseiral destacou a partida de Reguengos de Monsaraz, mas não deixou de apelar a uma Volta a Portugal mais abrangente: “É bom ter aqui o Sporting-Tavira a competir. Isto já foi em tempos uma Volta a Portugal. Falta o Algarve, Beja, por exemplo. Os adeptos ficam contentes, acima de tudo por ver a equipa aqui tão perto. Pessoalmente, gosto do Sporting e de todas as suas modalidades. Acreditamos sempre na vitória”.

Rinaldo Nocentini é, por hábito, um dos mais requisitados para as fotografias e assinaturas de camisolas. Mal sai da carrinha do Sporting-Tavira é abordado por vários jovens, motivação acrescida, diga-se, pela simpatia de ‘Noce’, predisposto a conviver com os fãs. Luís Salvador esperou pacientemente pela oportunidade de uma selfie com o ídolo, que confessa acompanhar desde o Tour de France, à frente do melhor posicionado do Sporting-Tavira na geral : “O Nocentini é uma inspiração. Já o via quando estava na Volta a França. Para mim ele é o melhor e quero que ganhe”.

A terminar, o jovem reforçou a paixão de voltar a assistir aos leões em plena bicicleta: “Vem dinamizar o ciclismo em Portugal. Para ver o Sporting é necessário ir a Alvalade. Não são todos os dias que os vemos no ciclismo. Estamos mais perto deles e eles do nosso coração. Gosto mais este ano por ter vindo mais abaixo. Costuma ser sempre no Norte”.

 

Foto César Santos

'Quebra-pernas' para rara oportunidade ao sprint

Por Jornal Sporting
06 Ago, 2017

Fábio Silvestre assume maior favoritismo nas hostes do Sporting-Tavira em dia que se prevê de acalmia para as contas da geral

A primeira tirada continha dificuldades sabidas, nomeadamente a subida à Serra da Arrábida. No entanto, depois de um desgaste graças ao forte vento que se fez sentir, os velocistas deram lugar aos favoritos da geral individual.

Para a segunda etapa em linha da prova, a mais longa da competição (214,7 km), entre Reguengos de Monsaraz e Castelo Branco, não há barreiras físicas assinaláveis. A questão passará por perceber como resistem ao forte calor previsto durante uma etapa de 'quebra-pernas', parafraseando o original leg breaker. 

Pois bem, Fábio Silvestre pode assumir as despesas da verde e branca e reconhece o desejo de lutar pela vitória, até pela Arrábida se ter afigurado muito exigente para as suas características: "Foi uma corrida muito movimentada. Vinha com esperança de passar as últimas dificuldades, mas, na segunda, na parte mais dura, não consegui seguir. Há que pensar em poder vencer. Não é tão dura e tem um final mais ao meu jeito. Quero tentar guardar-me o máximo possível e tentar seguir o grupo da frente. Há que tentar".

O director-desportivo, Vidal Fitas, corrobora as intenções do sprinter, reforço para 2017 vindo de passagens pela Leopard e pela Trek: "É teoricamente favorável ao Fábio. Apesar de ser dura por ser longa e pelo calor que se fará sentir. Creio que o vento não terá a preponderância no desgaste do grupo. Se o Fábio chegar em condições de discutir a vitória, de certeza absoluta que o libertaremos para essa função".

Foto César Santos

"Estamos melhor do que ontem"

Por Jornal Sporting
05 Ago, 2017

Vidal Fitas valoriza subida das principais armas à amarela e relativiza a descida ao segundo posto na vertente colectiva

O director-desportivo do Sporting-Tavira, Vidal Fitas, exibiu satisfação pela ascensão na geral individual tanto de Alejandro Marque, agora segundo, como de Rinaldo Nocentini, quarto: "Estamos melhor do que ontem, no segundo lugar da geral individual, ainda que o adversário na liderança [Alarcón, W52-FC Porto] seja diferente. Há que realçar que o Nocentini subiu a quarto, o que também é importante. O mais relevante é que as nossas ambições se mantêm como pretendíamos: estar na luta pela vitória da Volta a Portugal. Ainda não chegámos aos dias mais importantes e não é ainda muito significativo estar ou não à frente porque as decisões estão guardadas mais para a frente".

O Sporting-Tavira desceu ao segundo posto da geral colectiva, depois de um dia marcado pelas quedas de Luís Fernandes e Frederico Figueiredo (por duas vezes). Fitas desdramatiza e diz que os corredores estão operacionais para prosseguir em prova: "A classificação colectiva não prejudica quaisquer expectativas da equipa. É uma corrida de 11 dias. A classificação colectiva é sempre consequência da individual. Focamo-nos na amarela, se tivermos que nos concentrar na colectiva por não estarmos na luta pela individual, é evidente que o faremos. Sinceramente não me preocupa. Claro que é sempre bom estar em primeiro, mas ontem não estava em euforia por estar na liderança colectiva. Foi difícil para nós hoje devido às quedas. O Frederico e o Luís estão com muita pele a menos, mas, para já, estão bem. São escoriações, não há dores nem fraturas".

O director-desportivo garantiu estar precavido para uma discussão entre favoritos da Volta, mas reconheceu a satisfação por ver os dois candidatos do Sporting-Tavira a bom nível, explicando que a Arrábida fez uma selecção maior do que a esperada na Senhora da Graça: "Era normal. Depois do vento, que obrigou a um desgaste brutal, era expectável que os mais capazes estivessem neste grupo mais selectivo. Tanto o Raul Alarcón como o Marque, Nocentini ou qualquer outro candidato poderiam vir a disputar a etapa. Dependia de como se arriscava. É reconfortante saber que os ciclistas que temos para lutar pela Volta estão bem. Teoricamente não era um dia que fizesse diferenças. Ainda assim, o primeiro grupo [o do vencedor] chegou com diferenças de 40 segundos [42 para ser mais preciso] para o segundo grupo. São diferenças importantes que, na Senhora da Graça, habitualmente não se fazem". 

 

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