Leões decidem vaga nos ‘oitavos’ da UEFA Champions League na Alemanha

Depois de Conrad Harder, Rui Borges, treinador da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal, também lançou o jogo frente ao BV Borussia 09 Dortmund, referente à segunda mão do play-off de acesso aos oitavos-de-final da UEFA Champions League.

“A dificuldade é grande, vamos defrontar uma grande equipa que está a ganhar 0-3”, não escondeu o técnico, antes de recuperar as sensações retiradas da primeira mão em Alvalade.

“O grande desafio é, e vai continuar a ser, ganhar mais consistência durante todo o jogo. Uma consistência que tivemos na primeira parte, onde fomos intensos, competitivos e claramente superiores. Na segunda não o fomos e contra grandes equipas esses pormenores fazem a diferença. É um resultado difícil, mas a grandeza do clube que representamos indica logo que jamais desistiremos e faremos sempre o nosso melhor para ganhar”, afirmou.

De seguida, questionado sobre as ausências de Francisco Trincão e Viktor Gyökeres na comitiva que aterrou na Alemanha, Rui Borges invocou que se trata “apenas e só gestão”. “A prioridade é tudo [em termos de competições], mas temos tido algumas lesões que nos têm dificultado as decisões ao longo deste acumular de jogos. Domingo também vamos ter um jogo muito difícil para o campeonato, onde queremos voltar a vencer e vamos ter mais baixas: o Morten [Hjulmand] e o Ousmane [Diomande]”, lembrou, reforçando que “é impossível não termos esta gestão”.

Apesar das adversidades, sobretudo fruto das várias lesões que têm assolado o plantel, o treinador verde e branco traçou ambição que move os Leões em Dortmund, onde vão contar com muita juventude nas opções - nomeadamente José Silva, Eduardo Felicíssimo, Alexandre Brito, Manuel Mendonça, Afonso Moreira, Lucas Anjos e Rafael Nel.

“Vamos dar o nosso melhor, queremos dar uma resposta e dignificar o grande clube que representamos”, apontou Rui Borges, realçando que “não há tempo para lamentar” e sim para “arranjar soluções”.

“Amanhã entraremos com um grande espírito, com uma vontade enorme de vencer e sem olhar muito para o resultado da primeira mão. Temos de olhar para o jogo e fazer o nosso melhor dentro da nossa estratégia e da nossa ideia”, sublinhou o técnico Leonino, deixando ainda uma mensagem de confiança para o que ainda há pela frente no resto da temporada.

“Temos de acreditar no nosso caminho e que, mais à frente, seremos muito felizes independentemente de todos os contratempos que nos têm acontecido. Temos de ser mais resilientes, mais fortes e esse carácter também identifica o Sporting CP”, finalizou.

Jovem avançado lançou reencontro com o BV Borussia 09 Dortmund

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal visita, esta quarta-feira (17h45, hora de Portugal continental), o BV Borussia 09 Dortmund para disputar a segunda mão do play-off de acesso aos oitavos-de-final da UEFA Champions League. De Alvalade, os Leões de Rui Borges trazem uma desvantagem de 0-3.

Já na Alemanha, no estádio Signal Iduna Park, Conrad Harder foi o porta-voz do grupo verde e branco, esta terça-feira, para fazer a antevisão em conferência de imprensa do embate decisivo.

Embora tenha destacado inicialmente que, a nível pessoal, sente-se “feliz e honrado por jogar na UEFA Champions League”, o jovem avançado não negou a dificuldade da tarefa que a equipa tem em mãos.

“Claro que é um jogo difícil, fora de casa e com uma desvantagem de três golos, mas vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ganhar. O Clube, a equipa e os nossos adeptos exigem isso”, realçou, acrescentando que, depois da grave lesão de Daniel Bragança, o grupo “quer ganhar o jogo também por ele”.

Além dos lesionados - uma lista longa e à qual se juntou também Jeremiah St. Juste -, Francisco Trincão e Viktor Gyökeres não viajaram para a Alemanha e, por isso, não serão opção na partida. “São dois jogadores muito importantes para nós”, não escondeu o dinamarquês de 19 anos, que, apesar disso, reafirmou a confiança no plantel convocado para esta deslocação.

 “Temos uma boa equipa, que acredita e vamos dar tudo pela vitória”, apontou, concluindo que os jogadores sentem-se “preparados” e Harder, no que a si diz respeito, garantiu que vai “dar o máximo em campo”.

Meeting point e bilhetes de jogo

O Sporting Clube de Portugal informa os Sócios e adeptos que se vão deslocar ao jogo frente ao BV Borussia 09 Dortmund (19 de Fevereiro às 18h45, hora local), referente à segunda mão do play-off de acesso aos oitavos-de-final da UEFA Champions League, que o meeting point definido é o Alter Markt Dortmund a partir das 11h00 de quarta-feira.

A partir das 15h00, a saída para o Signal Iduna Park, palco do desafio, deve ser feita numa fan walk que será acompanhada pelas autoridades locais, cujas instruções devem ser seguidas ao longo de todo o percurso.

Informações úteis
- Estádio Signal Iduna Park, em Dortmund, Alemanha
- Acesso através da porta Nort-Mitte
- Início de jogo: 18h45 (hora local)
- Abertura de portas: 16h15 (hora local)
- O processo de entrada no estádio obriga a uma revista a todos os adeptos do Sporting CP
- No estádio está disponível a venda de bebidas alcoólicas
- Os serviços dos bares/concessões são cashless
- Na Alemanha, a utilização de pirotecnia é proibida no interior e exterior do estádio, e no caso de ser utilizada, os adeptos serão impedidos de assistir ao jogo no estádio
- Guarda-objectos: é proibida a entrada de mochilas e malas de dimensão superior a uma folha A4 e com mais de 15 centímetros de profundidade, mas o Estádio dispõe de um guarda-objectos precisamente junto à porta Nort-Mitte.

Caso não participem na fan walk, existem outras duas opções para fazer a deslocação ao Signal Iduna Park:

- Metro (capacidade limitada devido a obras): para todos os adeptos com bilhete que se encontrem no meeting point, poderão apanhar o metro a partir da paragem “Stardtgarten” com a linha U 46 até “Westfalenhallen”. O bilhete de jogo dá acesso de forma gratuita a este metro.

Carro: para quem se desloca de carro ou através de meios próprios, poderão estacionar no Parque E3 na rua Victor-Toyka-Straße em Dortmund.

Apelamos a todos os Sportinguistas a terem uma conduta de total fair-play, elevando além-fronteiras o bom nome do Sporting CP e transformando o jogo desta quarta-feira em Dortmund num momento de apoio máximo à equipa Leonina.

Técnico gostou da resposta em crescendo da equipa

Após o triunfo por 30-24 sobre os macedónios do HC Eurofarm Pelister, Ricardo Costa, treinador dos Leões do andebol, esteve em conferência de imprensa para fazer a leitura de mais um duelo na EHF Champions League.

Antes de analisar o jogo ao detalhe, o técnico considerou que a rotação feita na sua equipa ao longo do jogo “fez a diferença” e deixou também um agradecimento aos Sportinguistas pela “noite fantástica que proporcionaram”.

“Foi um jogo realmente difícil, mais do que o resultado demonstra”, frisou depois Ricardo Costa, começando por detalhar as incidências no equilibrado primeiro tempo. “Esperávamos um HC Eurofarm Pelister ainda melhor do que defrontamos fora e sabíamos dessa dificuldade. Sempre que eles pediram descontos de tempo, nós acabamos por perder as nossas vantagens por estarmos desconfortáveis no jogo. Tentamos acelerar e o HC Eurofarm Pelister sempre a recuperar bem defensivamente”, atentou.

O treinador verde e branco realçou ainda que “depois de uma longa paragem era muito importante ganhar” e elogiou a forma como a equipa foi crescendo com o passar dos minutos neste primeiro jogo, com a equipa ao completo, após o Mundial. “Depois de um mês e meio, não sabíamos como nos íamos comportar e acho que demoramos cerca de 30 minutos a soltar-nos. Mas fiquei muito contente com a prestação dos meus atletas, que foram ganhando confiança à medida que o tempo foi passando”, destacou.

De seguida, questionado sobre a subida ao segundo lugar do grupo, ultrapassando o PSG, que perdeu em casa nesta jornada, Ricardo Costa preferiu olhar em frente para as três jornadas que faltam.

“O que nos compete é seguir o nosso caminho. Temos o objectivo de ficar nos dois primeiros lugares e que é tremendamente difícil”, sublinhou, apontando à “viagem muito difícil à Hungria” que se segue. “Será frente a uma equipa [Vészprem HC] que só nós conseguimos vencer, mas temos a certeza de que eles também têm uma ‘sede’ enorme de nos ganhar”, acrescentou, antes de reafirmar a ambição dos Leões nesta EHF Champions League.

“Agora é lutar, faltam três jogos e é um privilégio poder estar a lutar pelo segundo lugar. Vamos tentar fazê-lo até ao fim”, sentenciou Ricardo Costa.

Triunfo sobre o HC Eurofarm Pelister (30-24) e subida ao segundo lugar

De volta ao Pavilhão João Rocha e à EHF Champions League, a equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal derrotou o HC Eurofarm Pelister por 30-24 no embate da 11.ª jornada do grupo A.

Mesmo depois da pausa competitiva devido ao Mundial da modalidade, os Leões continuam a acelerar na Europa, especialmente em casa, onde seguem imbatíveis com seis vitórias em seis jogos – e já lá vão quase dois anos de invencibilidade caseira.

Embora este tenha sido o primeiro jogo ao mais alto nível já com a equipa ao completo desde Dezembro, o grupo de Ricardo Costa não abrandou: ao interpretar na perfeição a segunda parte acabou por arrancar para a vitória e ‘vingou’ o ingrato empate a 24 sofrido no último suspiro na Macedónia do Norte – único empate do Sporting CP esta época.

Os Leões já têm um lugar garantido na fase a eliminar, mas falta decidir se terá acesso directo aos quartos-de-final (em caso de acabar nos dois primeiros lugares do grupo) ou se terá de disputar os ‘oitavos’. E esta jornada valeu precisamente para subir ao desejado segundo lugar, com 15 pontos, mais um do que o PSG, que perdeu em casa nesta jornada com o SPR Wisła Płock (28-31). Já só faltam três jogos para encerrar o grupo.

Para vencer o actual bicampeão da Macedónia do Norte, que soma seis pontos no sexto posto no grupo europeu, Ricardo Costa apostou de início em André Kristensen, Edy Silva, Pedro Portela, Pedro Martínez, Salvador Salvador, Orri Þorkelsson e Martim Costa. Antes do início da partida, os seis internacionais portugueses do Sporting CP (Salvador Salvador, Martim Costa, Kiko Costa, Pedro Portela, João Gomes e Diogo Branquinho) que contribuíram para o histórico quarto lugar no Campeonato do Mundo foram brindados com uma sonora ovação de todo o Pavilhão João Rocha.

E foi a ‘todo o gás’ que os Leões entraram em cena: Kristensen travou as duas primeiras tentativas visitantes e rapidamente o Sporting CP saltou para a frente por 3-0. Uma margem (6-3) que manteve nos primeiros 12 minutos por força, primeiro, da velocidade e eficácia no ataque, mas, depois, sobretudo pela capacidade do guardião norueguês em ‘fechar’ a sua baliza quando o discernimento verde e branco caiu.

Perante essa quebra na produção ofensiva, o HC Eurofarm Pelister aproveitou para crescer e colocou-se em igualdade no marcador (7-7) à passagem do quarto de hora, o que ‘obrigou’ Ricardo Costa a uma pausa técnica. Prontamente, os Leões, embora com mais pausa no seu jogo e várias mudanças nas ‘peças’, voltaram à fórmula inicial e à boleia das defesas de Kristensen – fechou a primeira parte com nove (40,91%) -, dois golos consecutivos de Þorkelsson e um do capitão Salvador recolocaram a vantagem nos três golos (11-8).

O Sporting CP, a seguir, ainda dispôs de dois ataques para aumentar essa diferença, mas perante a defesa alta adversária não foram aproveitados e os macedónios voltaram à carga para devolver a margem mínima ao marcador, a qual vigorou ao intervalo graças ao 14-13 desenhado por um golo de cada equipa já no último minuto. Com quatro golos cada um, Salvador e Oussama Hosni eram por esta altura os melhores marcadores das suas respectivas equipas.

Iniciado o segundo tempo, com Natán Suárez e Mamadou Gassama em campo do lado verde e branco, nem duas exclusões praticamente seguidas no HC Eurofarm Pelister ajudaram a desatar o ‘nó’ no resultado, que se foi fazendo de empates sucessivos (17-17).

No entanto, a resposta afirmativa era sempre dos Leões para continuar no comando. Depois de também terem ficado em inferioridade numérica, uma defesa de Kristensen serviu de rastilho para a reacção e Kiko Costa trouxe a ‘chama’ no ataque que estava a faltar com dois golos que levantaram as bancadas. Martim Costa, pouco depois, ainda viu o poste negar-lhe o golo, mas Salvador fixou mesmo a primeira vantagem de quatro golos no jogo (21-17) – o 13 dos Leões acabou com oito golos marcados.

Para evitar a fuga do Sporting CP no marcador, os bicampeões da Macedónia do Norte apostaram no 7v6, mas os comandados por Ricardo Costa souberam transformar isso a seu favor: sempre que foi requisitada, apareceu a pontaria de Salvador para ‘castigar’ rapidamente as constantes reentradas de Mitrevski e a partir da ponta Þorkelsson fez de forma exclamativa o 25-20 em cima dos 48 minutos.

E os Leões, cada vez mais sólidos atrás, continuaram a interpretar a partida na perfeição, multiplicando a vantagem a um ritmo alucinante na recta final. Natán Suárez seguiu o exemplo do capitão e marcou de longe na baliza deserta, seguindo-se consecutivamente os golos em rápidas transições de Pedro Martínez e William Höghielm para um claro 29-21.

Num ‘abrir e fechar de olhos’, já sem resposta do lado macedónio, estava encaminhada mais uma vitória caseira na Liga dos Campeões, que terminou com 30-24 no marcador e a subida ao segundo lugar do grupo A.

Na próxima jornada europeia, o Sporting CP desloca-se à Hungria para enfrentar o líder Vészprem HC. Antes disso, no entanto, os Leões têm marcada uma recepção ao CS Marítimo, este domingo (15h00), para o Campeonato Nacional.

Sporting CP: Edy Silva, Pedro Portela, Kiko Costa (5), Natán Suárez (2), Jan Gurri (1), Pedro Martínez (1), William Höghielm (1), Salvador Salvador [C] (8), Orri Þorkelsson (7), Mamadou Gassama (2), André Kristensen [GR], Diogo Branquinho, João Gomes (1), Christian Moga, Martim Costa (2), Mohamed Ali [GR]

Reacção ao desaire em Brugge

No final da partida da UEFA Champions League em casa do Club Brugge KV, que acabou com derrota do Sporting CP por 2-1, João Pereira analisou o desenrolar dos acontecimentos em conferência de imprensa no Jan Breydelstadion e começou por salientar a entrada “forte, personalizada e com crer” da sua equipa.

“Fizemos o 0-1 com todo o mérito, tivemos o jogo controlado, a jogar bem e voltamos a sofrer um golo de um remate que nem vai à baliza. Mais uma infelicidade e um golo estranho que mexe com a equipa, o que é normal numa fase de três derrotas seguidas. Sentimos um pouco, mas retomamos o controlo e pareceu-me que estivemos sempre mais perto para fazer o 2-1, mas sofremos o golo numa bola longa com apoio frontal”, resumiu o técnico, que, a seguir, destacou a estreia a titular do jovem João Simões.

“Aproveitou a oportunidade que teve e mostrou que tem carácter e maturidade. Fez um excelente jogo, como todos os jogadores”, realçou, antes de fazer um ponto de situação das lesões de Gonçalo Inácio e Eduardo Quaresma.

“O Inácio teve um problema no aquecimento e não quisemos forçar. O Quaresma estava a fazer um excelente jogo e num lance em que creio que foi com o cotovelo e não com a cabeça, lesionou-se”, abordou, sem negar que esta foi “uma derrota dura, que doi”.

“É uma derrota dura que nos deixa em baixo hoje, mas temos de nos levantar rápido porque temos já um jogo para o campeonato, onde não podemos perder mais pontos”, apontou João Pereira.

Depois, explicou as substituições feitas. “O Maxi já estava desgastado, tinha amarelo e não quisemos arriscar ficar com menos um. A entrada do Esgaio não foi para controlar o jogo, porque até acho que estávamos por cima e, por isso, não quis mexer muito na equipa, para lá das mudanças forçadas”, detalhou João Pereira, afirmando que, apesar dos vários contratempos sofridos, não é “um treinador de arranjar desculpas”.

“Se não encontrasse confiança em mim e nos jogadores, abandonava, e eles hoje mostraram outra vez uma grande personalidade pela forma como entraram”, frisou o técnico, sem esconder que o “momento é difícil”.

“É normal que os adeptos estejam insatisfeitos. Quatro derrotas seguidas é algo que não acontecia há muito. Durante o jogo inteiro apoiam e, no fim, é normal que se manifestem e mostrem o seu desagrado. Temos de receber as críticas e continuar a acreditar no nosso trabalho”, apontou João Pereira, que apesar do momento revelou gostar “de ver o copo meio-cheio”.

“A formação do Sporting CP também é para isto, para estarem preparados a assumir um papel na equipa principal. Jogamos com dois miúdos de 17 anos, com muito valor e muita personalidade, e temos de tirar as coisas boas”, disse, acrescentando: “Sinto que os jogadores confiam na mensagem que lhes passamos. Temos de ser mais fortes e dar uma resposta ainda mais positiva no próximo jogo”.

Golo perto do fim castigou Leões em casa do Club Brugge KV (2-1)

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal deslocou-se à Bélgica, esta terça-feira, e caiu perante o Club Brugge KV por 2-1 no jogo da sexta jornada – e antepenúltima – da fase de liga da UEFA Champions League.

Numa noite gélida – de sensação térmica sempre nos 0º - no Jan Breydelstadion, os Leões até entraram praticamente a vencer, com um golo de Geny Catamo aos três minutos, mas aquele que foi um jogo de (muitas) contrariedades acabou por redundar numa dura derrota consumada, com um verdadeiro balde de água fria, aos 84 minutos.

Desta forma, o Club Brugge KV, crónico campeão belga, igualou os dez pontos do Sporting CP, que, por sua vez, encerra este dia de Champions no 12.º lugar, ainda à condição e dentro dos lugares que dão direito ao play-off de apuramento.

Para enfrentar o actual segundo classificado da liga belga, invicto há dez jogos (8V 2E) e vindo de duas jornadas a pontuar na Champions - 1-0 ao Aston Villa FC e 1-1 em casa do Celtic FC – a equipa verde e branca apresentou-se em Brugge desfalcada com as lesões dos médios Daniel Bragança e Hidemasa Morita e, por isso, com várias mudanças (cinco) no ‘onze’ e uma estreia a titular. Franco Israel voltou à baliza, Eduardo Quaresma, Geovany Quenda (no trio ofensivo) e Maxi Araújo (na ala esquerda) também foram titulares e, no ‘miolo’, João Simões, de 17 anos, foi opção inicial pela primeira vez na equipa principal. Além disso, Gonçalo Inácio, que seria titular, lesionou-se no aquecimento e foi suprido à última hora por Matheus Reis.

As más notícias começaram cedo para os Leões, mas assim que soou o apito inicial o arranque verde e branco não podia ter sido melhor. Antes de cumprido o terceiro minuto, Gyökeres virou-se em zona frontal, encontrou a desmarcação de Maxi e o uruguaio, com um remate cruzado, acertou no poste, mas a bola sobrou para Geny Catamo, que só teve de empurrar a bola para o fundo da baliza e soltar os festejos em campo e nas bancadas – com cerca de 1500 Sportinguistas presentes.

Além do 0-1, com uma entrada afirmativa e segura, o Sporting CP - em busca de voltar ao caminho das vitórias - ‘manietou’ totalmente o Club Brugge KV com uma pressão alta e intensa e o monopólio da posse de bola nos primeiros 20 minutos. Neste período, Gyökeres – sempre inconformado – foi o alvo para as saídas rápidas e, numa delas, serviu para um remate fraco e desenquadrado de Quenda.

A seguir, contudo, o conjunto da casa somou alguns cruzamentos e aproximações à área verde e branca, começou a crescer na partida e, depois de uma ameaça de Maxim De Cuyper, chegou ao empate. Após um cruzamento rasteiro da direita, o pontapé de Christos Tzolis na área ainda desviou em Quaresma e ajudou a trair Israel.

Ainda assim, os Leões – em busca de uma vitória cada vez mais necessária - mostraram uma rápida reacção, numa primeira parte que se tornou muito acidentada – teve mais dez minutos de compensação - e foi crispando o ambiente no Jan Breydelstadion. Logo no minuto a seguir ao 1-1, Maxi Araújo foi ‘varrido’ quando estava a entrar na área e o penálti até foi inicialmente assinalado, mas o VAR deu indicação para assinalar livre directo, embora as imagens sejam muito duvidosas. Na sua cobrança, Gyökeres atirou forte, mas um pouco acima da barra.

Já perto do intervalo, depois de Skov Olsen ter obrigado Israel a uma defesa muito apertada, mais uma contrariedade: um choque violentíssimo entre Tzolis e Quaresma resultou num amarelo para o grego e na saída forçada do central Leonino, substituído por Jeremiah St. Juste.

Com o jogo muito discutido e de vaivéns sucessivos, a primeira parte encerrou-se com uma ‘mancha’ imponente de Israel para levar o empate rumo aos derradeiros 45 minutos, onde a alternância no domínio continuou a ser uma tendência. Mais perigoso, no entanto, mostrou-se o Club Brugge KV, que perto da hora de jogo ainda vislumbrou o golo, mas o remate em arco de Tzolis passou ligeiramente ao lado do poste e o ímpeto local esfriou.

Do lado verde e branco, Geny, sobretudo, tentou agitar a partir da ala direita, mas nesta fase os Leões sentiram também dificuldades para criar oportunidades e ameaçar a baliza do experiente Simon Mignolet. Com o jogo e o marcador muito ‘amarrados’ à entrada para os últimos 15 minutos, Gyökeres tentou também desbloquear o empate com uma arrancada, mas o seu cruzamento não teve destinatário – o que aconteceu, de seguida, também a Quenda.

E quando o Sporting CP – já com Ricardo Esgaio no lugar de Maxi – até estava mais controlador que o Club Brugge KV no jogo, uma desatenção defensiva custou muito caro aos Leões. Lançado em profundidade pelo espaço deixado pela defesa verde e branca, o recém-entrado Casper Nielsen surgiu na cara do golo e fez o 2-1 aos 84 minutos. Um balde de água gelada na já muito fria noite em Brugge 

Na resposta necessária, a formação de Alvalade até criou de imediato a sua melhor chance no segundo tempo, mas o remate de Trincão na área, após ser servido por uma cabeçada de Gyökeres, saiu à figura de Mignolet. Pouco depois, Conrad Harder ainda foi aposta a partir do banco de suplentes e o Sporting CP tentou um último esforço, mas já nada mudou no rumo dos acontecimentos no Jan Breydelstadion.

Na UEFA Champions League, a próxima paragem dos Leões é a Alemanha para enfrentar o RB Leipzig na última deslocação – e penúltima jornada – desta fase. Antes disso, o Sporting CP tem encontro marcado, já este sábado (20h30), com o Boavista FC no Estádio José Alvalade.

Sporting CP: Franco Israel [GR], Eduardo Quaresma (Jeremiah St. Juste, 45’), Ousmane Diomande, Matheus Reis, Maxi Araújo (Ricardo Esgaio, 81’), Morten Hjulmand [C], João Simões, Geny Catamo, Geovany Quenda (Conrad Harder, 87’), Francisco Trincão, Viktor Gyökeres

Visita ao Club Brugge KV para a UEFA Champions League

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal desloca-se à Bélgica, esta terça-feira (20h00 hora de Portugal continental) para enfrentar o Club Brugge KV no jogo da sexta jornada – e antepenúltima – da fase de liga da UEFA Champions League. Já no Jan Breydelstadion, palco do embate, João Pereira lançou o encontro – depois de Geny Catamo – em conferência de imprensa nesta segunda-feira à noite.

O técnico reconheceu que esta é mais uma “oportunidade para reverter” o momento que os Leões vivem após três desaires consecutivos.

“Vamos encontrar uma equipa que não perde há dez jogos e o Sporting CP não tem tido resultados muito positivos aqui, na Bélgica, nas competições europeias. Queremos ser a primeira equipa [do Sporting CP] a ganhar aqui e motivar-nos para o que ainda vem na temporada. Ainda falta muito”, começou por dizer João Pereira, que neste duelo não vai poder contar com médios Daniel Bragança e Hidemasa Morita, ambos lesionados.

Para fazer face às ausências, estão convocados os jovens Henrique Arreiol, João Simões, Alexandre Brito e ainda Mauro Couto. “Podem jogar os miúdos, pode haver alguma adaptação, mas a equipa vai jogar da mesma forma. Os jogadores reconhecem o que os seus colegas fazem nas suas posições e todos têm de estar preparados para qualquer eventualidade”, sublinhou João Pereira sobre as opções em mente, além de realçar a “plena confiança” também nos jovens da formação chamados.

“Conheço-os perfeitamente, trabalham bem e o [João] Simões já está integrado há algum tempo nos trabalhos da equipa A, mesmo antes de eu ser o treinador. Muita confiança também no [Henrique] Arreiol, Mauro [Couto] e [Alexandre] Brito também, caso tenham de entrar ou jogar de início”, acrescentou.

“Vamos estar confiantes como estivemos com o Moreirense FC”, garantiu ainda o técnico verde e branco. “Podemos não ter jogado o nosso melhor futebol, mas fomos superiores, tivemos mais oportunidades e podíamos ter saído com a vitória. Vi uma equipa completamente diferente do que contra o CD Santa Clara: mais disponíveis e em busca da vitória e, com essa ânsia, até partimos mais o jogo do que devíamos”, considerou, antes de olhar de forma confiante para o jogo desta terça-feira.

“Os jogadores vão estar confiantes e vamos lutar pela vitória para praticamente garantir os play-offs e não ter de pensar muito mais nisso. Vamos entrar confiantes, concentrados, alerta e para controlar o jogo durante a maior parte do tempo”, afirmou, dando conta das intenções Leoninas em Brugge.

Apesar dos resultados negativos recentes, João Pereira realçou que vai “dar a cara independentemente do que acontecer” e mostrou-se ciente de que o seu cargo é “o maior voto de confiança que podia ter”.

“Vou até ao fim. A minha vida nunca foi fácil e se não aguentasse a pressão já não estava aqui. Quando comecei a jogar diziam que era franzino, pequenino, refilão e que nunca ia singrar no futebol e felizmente tive a carreira que tive. Como treinador, os primeiros anos foram complicados. Ficamos perto dos últimos [lugares] nos sub-23 e passados três anos fizemos uma excelente época e tivemos a um ponto de ser campeões. Aí já era o futuro do Sporting CP”, reflectiu o técnico, acrescentando: “A vida de um treinador vive dos resultados e se não aparecem é normal haver críticas e dúvidas”.

Ainda assim, João Pereira reafirmou que no Sporting CP todos estão “a remar para o mesmo lado”. “Não posso ter dúvidas é no que penso e no que quero que a equipa faça. Estou confiante o futuro vai ser muito melhor do que até agora”, sentenciou.