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Foto Ivo Martins

Nuno Dias: "Vai ser um jogo equilibrado entre duas excelentes equipas"

Por Sporting CP
04 maio, 2023

Alex Merlim também lançou a meia-final europeia em conferência de imprensa

Tudo começou em Makarska, na Croácia (Ronda Principal), passando ainda por Città di Aversa, Itália (Ronda de Elite) até chegar, agora, à última e derradeira paragem: Palma de Maiorca, Espanha. É pela sétima vez nas últimas nove edições que a equipa principal de futsal do Sporting Clube de Portugal está, de novo, na fase de todas as decisões da UEFA Futsal Champions League. E este ano o primeiro passo na final four terá o RSC Anderlecht como obstáculo na meia-final, a qual está marcada para esta sexta-feira, às 17h00 de Portugal continental.

Na véspera do encontro, depois de mais um treino dos Leões - o último antes do jogo -, os treinadores dos dois emblemas, Nuno Dias e Luca Cragnaz, e ainda um jogador de cada equipa, Alex Merlim e Gréllo, juntaram-se para fazer a antevisão do duelo numa conferência de imprensa conjunta no palco da final four: o Velòdrom Illes Balears – também conhecido como Palma Arena. E ao lado de todos eles, na sala de imprensa, esteve bem à vista o troféu que estará em disputa.

"As minhas primeiras palavras são para dar os parabéns às quatro equipas, por estarem nesta fase com qualidade e mérito. Parabéns ao RSC Anderlecht e ao AE Palma Futsal pela primeira participação numa final four e também ao SL Benfica, que já repetiu", começou por dizer Nuno Dias aos jornalistas presentes, deixando também uma palavra à organização "pela forma como estão a proporcionar as melhores condições para fazer um bom torneio". Agradecimentos que foram também replicados, de seguida, pelos outros três protagonistas.

Já lançando os dados para a meia-final, o técnico verde e branco destacou que, tanto de um lado como do outro, este duelo terá vários jogadores “que são 'como o vinho do Porto', porque os anos vão passando e cada vez estão melhores”. “Na nossa equipa temos casos desses, como o Cavinato, que com 37 anos é o melhor marcador da Liga e o Merlim tem 36 e é o que tem mais assistências. Olhámos para o RSC Anderlecht, com jogadores como Gréllo, Diogo [ex-Sporting CP], Edu, muito experientes e, daquilo que vi, cada vez jogam melhor. Essa qualidade individual é preocupante para nós, fazem muitas coisas boas e várias parecidas com aquilo que nós fazemos", enalteceu.

Além disso, o conjunto de Bruxelas (ex-Halle-Gooik), embora estreante nesta fase final, chega totalmente invicto em 2022/2023, depois de ter vencido já a Supertaça e a Taça da Bélgica e de ter eliminado o FC Barcelona da prova europeia. Assim, a missão Leonina passa por fazer aquilo que ainda ninguém conseguiu esta época: bater o RSC Anderlecht.

"Ainda não perderam esta época e já jogaram com AFC Kairat, AE Palma Futsal, eliminaram o FC Barcelona na Ronda de Elite. Não é qualquer equipa que faz isto. O facto de terem uma liga menos competitiva é apenas um factor de distracção para nós, porque, por exemplo, o AFC Kairat e o próprio FT Charleroi, belga, já ganharam a prova", alertou Nuno Dias, apontando baterias para aquilo que os Leões terão de fazer em quadra.

"Decisivo e determinante são a nossa atitude competitiva, aquilo que conseguirmos anular do bom jogo do RSC Anderlecht e colocá-los em dificuldade. Vai ser um jogo equilibrado entre duas excelentes equipas", traçou.

Questionado depois sobre a possibilidade de igualar Júlio Velasco como o treinador que mais vezes levantou o troféu continental (três), o treinador do Sporting CP relativizou esse dado, preferindo sublinhar que aquilo que mais o motiva é "conquistar troféus uns atrás dos outros e este é, sem dúvida, o troféu, o mais importante a nível de clubes".

Por fim, Nuno Dias informou que tem todo o plantel à disposição para a meia-final e que Zicky Té, apesar de ter treinado com uma protecção no joelho, "está nos 14 convocados”. “Achamos que tem condições de nos ajudar. A protecção é para isso mesmo, para proteger, mas espero que esteja a cem por cento para contribuir e ajudar para a equipa atingir o objectivo, que é vencer amanhã para marcar presença na final", sentenciou. Na mira está a sexta final nos últimos sete anos.

Para Alex Merlim, a UEFA Futsal Champions League é "um palco onde qualquer jogador e equipa gosta de estar”. “É um momento indescritível, já tive a oportunidade de a conquistar duas vezes e conseguir a terceira seria como se fosse a primeira", confessou.

Depois, o ala garantiu que a equipa “está preparada” e o foco é “exclusivamente no jogo de amanhã”. "Todo o cuidado é pouco perante uma equipa com a qualidade deles. Nós sabemos da nossa força, jogamos para vencer e estamos aqui para isso. A partida foi preparada da melhor maneira possível e ser uma equipa vencedora é o nosso ADN", realçou, acrescentando: "Enquanto tivermos este friozinho na barriga quer dizer que temos objectivos e ambição de vencer".

Entre os emblemas presentes nesta final four, o Sporting CP é a equipa mais titulada (dois) e também a que mais presenças soma em fases finais (dez) – sendo mesmo o recordista máximo na modalidade.

Apesar disso, Merlim não esqueceu as derrotas na Taça da Liga e da Taça de Portugal e o objectivo está em “voltar a ganhar o mais rapidamente possível”. "Isso demonstra que não somos invencíveis e que ganhar consecutivamente é fruto de muito trabalho e dedicação. Agora, temos de voltar a ganhar o mais rapidamente possível e não há melhor maneira do que fazê-lo numa competição como esta", finalizou.

Por sua vez, Luca Cragnaz, treinador do RSC Anderlecht, foi o porta-voz do entusiasmo belga nesta estreia numa final four. "É uma honra para nós e estamos com muita vontade e alegria de poder competir com estas equipas que são as melhores da Europa, senão do Mundo. Vamos dar o nosso melhor, confio muito no meu grupo", atirou, frisando também o “muito respeito” que tem pelo Sporting CP de Nuno Dias.

"Basta ver o histórico e a sua História, com cinco finais [atingidas] e dois títulos. Temos muito respeito e o mais importante é darmos o máximo para fazer um jogo perfeito, porque só assim podemos competir contra eles", considerou.

Por fim, Gréllo, experiente ala do conjunto de Bruxelas, também destacou o sentimento “incrível” por disputar esta fase, além de projectar um jogo “duríssimo” contra os Leões.

"Vamos jogar contra equipas habituadas a este palco e vão ser quatro jogos espectaculares. O Sporting CP tem mostrado ao longo dos anos que é uma das melhores, senão a melhor equipa do mundo. Vai ser um jogo duríssimo, mas nós temos as nossas armas e vamos dar tudo para chegar à final", prometeu.

Foto Ivo Martins

Diário de Palma de Maiorca - Dia 3

Por Sporting CP
04 maio, 2023

Na antecâmara da meia-final frente ao RSC Anderlecht

Aproxima-se o primeiro momento de decisão em Palma de Maiorca e torna-se difícil não pensar noutra coisa que não seja o pontapé de saída da final four deste ano da UEFA Futsal Champions League. Por isso, esta quinta-feira, dia de véspera do encontro com o RSC Anderlecht, serviu, sobretudo, para cumprir as habituais formalidades que antecedem a entrada em cena definitiva.

Assim, logo a seguir ao pequeno-almoço, hora das fotografias oficiais da UEFA. Primeiro, as individuais, onde os jogadores do Sporting CP deram o seu melhor nas poses e ensaiaram festejos. Depois, a foto de família – com equipa técnica e plantel ao completo – foi-se arrastando: era amena a cavaqueira, as brincadeiras intermináveis, sonoras as gargalhadas e, claro, iam caindo calduços sorrateiros aos mais incautos – e nem com olhos na nuca se poderia escapar.

Recompostos para o disparo, seguiu-se uma fotografia mais informal que fez as delícias do grupo verde e branco. "Sorry, chilling or no?", perguntava Zicky ao fotógrafo. E alternando entre ambos os registos, era claro o preferido entre os jogadores.

Já na parte exterior do hotel, alguns Sportinguistas aproximaram-se para tentar a sua sorte e interagir com os Leões. Um deles, desinibido, e que, por acaso, está no mesmo hotel que a equipa - sem o imaginar - não desperdiçou a oportunidade: missão cumprida, selfie com Alex Merlim, João Matos e Esteban Guerrero conseguida.

Seguiram-se umas rápidas partidas, ora de ténis de mesa, ora de dardos, e entre raquetes e testes de pontaria foi-se ‘matando’ - ou atenuando, apenas - a fome competitiva.

E ainda antes da hora de almoço, a comitiva Leonina deu o seu primeiro passeio nos arredores do hotel, percorrendo uma parte da marginal com a praia de El Arenal a somente uns passos de distância. Já o centro de Palma está mais a norte, pela costa, a uns 15 quilómetros.

Por aqui, o sol aperta, mas a vista reconforta: no horizonte, o azul do Mediterrâneo, em tons turquesa, é quase transparente. Na areia, são várias as pessoas que neste início de Maio já se podem chamar veraneantes – em Maiorca, a época balnear começou a dia 1. Curiosamente, ao longo do passeio, nesta zona de El Arenal, é fácil duvidar se estamos realmente em Espanha.

Menus inteiros de restaurantes, camisolas em lojas de souvenirs, extensos bares e letreiros: tudo em alemão, tal é a afluência histórica de turistas germânicos nesta zona em particular da ilha. Aliás, até é possível dar de frente com um jornal local…totalmente escrito em alemão - o Mallorca Zeitung - e não faltam opções de escolha para comer, por exemplo, schnitzel. E se de dia o sol não dá tréguas, de noite a rua ganha ainda mais vida com a sempre agitada vida nocturna maiorquina – e, tal como no hotel, música nunca falta.

De repente, os inseparáveis Tomás Paçó, Hugo Neves e Zicky, que ficaram ligeiramente para trás, decidem acrescentar alguma acção ao passeio. E enquanto Neves assume a câmara da Sporting TV ao ombro, o jovem fixo apodera-se do microfone: Cavinato foi a primeira ‘vítima’ dos repórteres por um dia - e várias se seguiram.

Com o relógio a aproximar-se das 13h00, tempo agora para voltar ao hotel para uma tarde preenchida depois da descontracção. Ao almoço, como não podia deixar de ser, o Jenga à mesa em Palma já é mais tradicional que a própria ensaimada maiorquina – doçaria típica da ilha espanhola.

Mais uma viagem de autocarro e, daqui em diante, isso já só significa uma coisa: rumo ao Velòdrom Illes Balears. É aqui, no palco da final four europeia, que o trabalho de preparação continua sob a liderança de um interventivo Nuno Dias. E se na arena tudo parece pronto para as decisões, dentro das quatro linhas, terminado treino, o mesmo se pode dizer da equipa do Sporting CP.

Agora, na próxima vez que os Leões voltarem a este cenário já será ‘à séria’. Num dos pisos superiores do Velòdrom Illes Balears, Nuno Dias e Alex Merlim já deram o pontapé de saída definitivo na conferência de imprensa de antevisão - e com o tentador troféu ali ao lado, bem à vista e ao alcance das mãos.

A missão, agora, é clara, “vencer amanhã para marcar presença na final", sentenciou o técnico. Na mira está nada mais e nada menos do que a possibilidade de chegar à sexta final europeia nos últimos sete anos. Apesar desse dado esmagador, a vontade Leonina é pura como no início, porque ganhar não cansa, vicia. "Enquanto tivermos este friozinho na barriga quer dizer que temos objectivos e ambição de vencer. Já tive a oportunidade de a conquistar duas vezes e conseguir a terceira seria como se fosse a primeira", atirou, por sua vez, o ‘mago’ de Alvalade, sem evitar pousar os olhos no troféu.

Então, venham de lá os golos, a intensidade, as decisões. Venha de lá o futsal, porque está prestes a começar aquilo que nos trouxe a Palma de Maiorca. Amanhã é dia de jogo.

Por Xavier Costa, em Palma de Maiorca.

Foto Ivo Martins

Diário de Palma de Maiorca - Dia 2

Por Sporting CP
03 maio, 2023

Bola a rolar, primeiros treinos e o palco da final four

Em cima das 8h00, o silêncio era quase imperturbável e não havia vivalma no hotel, a não ser os elementos da comitiva verde e branca que se encaminhavam para o pequeno-almoço. Embora a isso convide o sol que já se faz sentir, com dois treinos à porta fechada marcados para hoje, o primeiro dia completo em Palma não é de férias. Curiosamente, o mesmo é aplicável ao maiorquino Rafael Nadal - um dos melhores tenistas de sempre - que também está por cá, mas não para férias. O espanhol está a recuperar de lesão e já treina na sua Academia, em Manacor - na costa oposta da ilha, a Este de Palma -, segundo acabo de ler no jornal Diario de Mallorca.

Por cá, toca-a-andar também para dar início à acção dentro das quadras e a um dia longo. O primeiro treino do Sporting CP em solo espanhol foi na casa do AE Palma Futsal: o Palau Municipal d'Esports Son Moix (capacidade para cerca de 3800 pessoas sentadas), que partilha o nome com o estádio de futebol do RCD Mallorca, que está bem aqui ao lado do pavilhão.

Para aqui chegar, no entanto, o trajecto durou meia-hora ou, melhor, cerca de uma dezena de músicas escolhidas a dedo pelos jogadores – uma unidade de tempo igualmente fiável e que promete marcar estes dias. No autocarro, a música amplificada pela coluna era cantada a plenos pulmões pelos mais desinibidos, havia palmas a compasso e, no meio de tudo isto, fazia-se a harmonia possível. Sempre em português, mas a diferentes ritmos e sotaques, passava-se de um estilo musical para outro como quem troca uns passes rápidos na quadra.

Chegados ao recinto, tempo então para os artistas trocarem a música pela bola estrelada que todos desejam e aí o grupo Leonino brilha com outra intensidade. Intensidade essa que não faltou, sobretudo, nos jogos reduzidos que se seguiram a um início de treino mais descontraído – fase em que Carlos Alves, técnico de equipamentos, é um alvo constante das brincadeiras.

Concluída a primeira sessão, no regresso ao hotel, onde já está também a comitiva do RSC Anderlecht, deu-se um reencontro especial entre a equipa técnica Leonina e Diogo, ala brasileiro que jogou – e marcou muito - de Leão ao peito entre 2014 e 2018. À porta dos elevadores, o adjunto Paulo Luís pediu-lhe que, na sexta-feira, a cada vez que receba a bola "só tem de passar a bola para o lado", disse, entre risos. Melhor do que ninguém, os técnicos Leoninos sabem bem do que é capaz o esquerdino.

Já ao almoço, para lá da comida sempre variada disponível, repete-se um elemento no menu: Jenga, e o entusiasmo é crescente. E aqui, não há magia que valha, os magos também perdem - Merlim que o diga. “Difícil”, diz Sokolov, enrascado, perante o quebra-cabeças, mas com frieza lá consegue retirar uma peça; Guitta também, mostrando a utilidade do seu jogo de mãos; já tomando o seu tempo, Pauleta é paciente e metódico em cada jogada; de repente até Nuno Dias começa a mostrar interesse. “Podes tirar peças de onde?”, questionou, primeiro, até ficar rendido minutos depois: "É um jogo giro". Se acham que esta equipa dá espectáculo a jogar futsal, deviam vê-los no Jenga - espreitem as redes sociais das modalidades do Sporting CP, vai valer a pena.

Brinca-se quando é para brincar, mas acima de tudo trabalha-se quando o momento o exige: com o sol bem lá em cima, à tarde, é hora de mais um treino, desta vez para conhecer os quatro cantos do palco da final four: Velòdrom Iles Balears, também conhecido por Palma Arena. A acompanhar a comitiva verde e branca, na vertente logística, está o oficial de ligação Rubén García, que considera melhor adiantar a hora de partida devido ao trânsito: dito-e-feito, e com razão. Não é de somenos ter em conta que Palma seja a oitava cidade mais povoada de Espanha (415.940 habitantes), agora certamente ainda mais, neste início de Maio, com o turismo também já a ‘engordar’ a estatística.

A fome de bola é tanta que os jogadores do Sporting CP não esperam ao término do treino do RSC Anderlecht para voltar a tocar na bola e vão recreando-se com ela, de forma improvisada, num dos corredores. E por aqui, na arena que vai acolher todas as decisões, já ‘cheira’ a UEFA Futsal Champions League. A decoração alusiva à prova está um pouco por todo o lado e afinam-se os últimos detalhes logísticos numa arena que tem muito de particular. Em 2007, o Velòdrom Iles Balears foi construído, principalmente, para acolher o Mundial de ciclismo de pista desse ano, daí a sua natureza ampla e, sobretudo, a extensa pista oval em madeira que vai rodear a quadra.

Já acolheu, no mesmo ano da inauguração, o Eurobasket e é espaço habitual também de exposições e concertos. Agora, reconfigurada para esta final four, aponta-se que possa albergar um número de espectadores a rondar os cinco mil – e os jogos já estão quase, quase, aí.

Antes disso, porém, amanhã há mais por aqui: haverá conferência de imprensa conjunta de antevisão à meia-final entre Sporting CP e RSC Anderlecht e mais um treino no palco onde a ambição etérea se pode transformar em realidade palpável; e haverá também mais um diário neste espaço – deste fica apenas mais um parágrafo.

Tal dia como hoje, 3 de Maio, mas de 2021, os Leões do futsal conquistaram a sua última UEFA Futsal Champions League – a segunda da História do Clube. E agora, dois anos volvidos, voltam a estar na fase final. “Já conhecemos esse sabor e vamos em busca de o conseguir outra vez", apontou o guarda-redes Guitta à margem do primeiro treino de hoje. Pode o futuro ser como dantes?

Por Xavier Costa, em Palma de Maiorca.

Foto Ivo Martins

Diário de Palma de Maiorca - Dia 1

Por Sporting CP
02 maio, 2023

Leões já estão no palco da final four da UEFA Futsal Champions League

Ponto de partida: Multidesportivo do Estádio José Alvalade. Foi este o ponto de encontro marcado, esta terça-feira, para toda a comitiva do futsal do Sporting Clube de Portugal que parte em busca da terceira UEFA Futsal Champions League da sua História.

Num grupo como o que lidera Nuno Dias, com jogadores que na sua maioria se conhecem há largos anos, independentemente do que diga o relógio são sempre horas de testar novas brincadeiras e a boa disposição foi a regra logo desde a manhã. 

À medida que o grupo se vai compondo, são inúmeras as malas – de todas as formas e feitios – que já se acumulam no átrio do Multidesportivo. Inúmeras, mas não para Carlos Alves, técnico de equipamentos responsável por mantê-las sob controlo. Além da muita roupa e material necessário que as enchem, é também muita também a ambição verde e branca a transportar nelas para Palma de Maiorca – isto ajudaria a explicar o peso de cada uma delas.

Tudo pronto e rumo ao aeroporto pouco depois de baterem as 9h00. Embora ultrapassado, a custo, o trânsito que, fora, inunda as ruas da capital, neste início de Maio é já muita a afluência também dentro do aeroporto, onde se acumulam viajantes em filas e portas de embarque nos vários corredores e pisos.

Primeiro, para atravessar a fronteira, fez-se um voo até Madrid - com descolagem depois da 11h30 – que foi tão tranquilo como rápido. Depois de um almoço pausado, sozinhos ou em grupos, cada um tentava matar o tempo à sua maneira, ora conhecendo os cantos ao Aeropuerto Adolfo Suárez Madrid-Barajas, ora resguardando-se nas múltiplas possibilidades que os seus telemóveis ou tablets oferecem. E seja no ar ou nos aeroportos, todo o instante é bom também para descansar.

Entre umas coisas e outras, já com o relógio a carregar mais uma hora fruto do fuso horário espanhol – será lei nesta semana europeia -, pouco depois das 17h00 nova descolagem, agora rumo ao destino final.

Percorrida a Península Ibérica de uma costa à outra, assiste-se desde o ar ao momento em que a terra fica para trás e dá lugar a um azul quase infinito que se confunde com o próprio céu: é o mar Mediterrâneo, o qual banha e rodeia o arquipélago das Baleares, no qual Maiorca é, com diferença, a sua maior ilha – é também a maior do território espanhol – e Palma o seu coração. É aqui, na capital desta Comunidade Autónoma, que decorrerá a edição da final four da UEFA Futsal Champions League e onde o Sporting CP terá a sua casa até domingo.

Pisado o solo insular pela primeira vez, a comitiva Leonina foi recebida com céu límpido e um calor ainda agradável mesmo em pleno final de tarde – não estranha que seja um destino turisticamente tão apetecível. O percurso do aeroporto até ao hotel, que concentra não só os Leões como também os restantes três emblemas – RSC Anderlecht, AE Palma Futsal e SL Benfica – em prova, foi curto. E daqui à praia de El Arenal, em plena Baía de Palma, é um ‘saltinho’, porém, embora toda a envolvente possa parecer ideal para umas férias, mais do que isso, falamos de um local que servirá de quartel-general à equipa de Nuno Dias - e todo quartel tem as suas regras.

Já com o sol a pôr-se, sobe-e-desce para dar uma vista de olhos aos quartos e rapidamente deixar as malas, pois o jantar está marcado para as 20h00 - daqui a escassos minutos - e os horários estipulados são para cumprir à risca. No piso térreo, já ocupadas as mesas devidamente identificadas com o Leão rampante, depois do som dos talheres a bulir, passou-se das garfadas à galhofa. 

Para ‘sobremesa’ houve, claro, mais boa disposição, agora à boleia de uma partida de Jenga, que foi arrancando sorrisos e provocações constantes. Sobressaía a veia competitiva dos jogadores Leoninos e, ao mesmo tempo, crescia progressivamente a emoção, não só entre os participantes, mas também entre os que se limitavam a observar como a habilidade – ou falta dela – ia fazendo cambalear a torre, cada vez mais instável. 

Entre apupos, Zicky e, depois, Pauleta ainda conseguiram levar a sua avante, já a Diego Cavinato, desta vez, o seu oportunismo dentro das quadras não lhe valeu de nada à mesa, acabando por ser o derrotado do dia. No entanto, como no futsal, certamente haverá à espreita uma nova oportunidade para se redimir.

Caída e desfeita a torre, a debandada é geral rumo aos quartos para encerrar o primeiro dia - e a imagem final que, desde as varandas, nos deixa não é nada má, e promete. No horizonte está, calmo, o Mediterrâneo sem fim à vista, mas não só, porque no horizonte está também o troféu da UEFA Futsal Champions League, que o Sporting CP quer alçar pela terceira vez.

Para lá chegar, amanhã, quarta-feira, dão-se os primeiros toques em solo espanhol: de manhã há treino no Palau Municipal d'Esports Son Moix – casa do AEM Palma Futsal – e de tarde já no Velòdrom Illes Balears, palco da final four europeia.

Por enquanto, deste lado, com palavras e algumas fotografias, vou resumindo os dias de todas as decisões. O primeiro já está, e só falta a bola começar a rolar na quadra.

Por Xavier Costa, em Palma de Maiorca.

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