Derrota em Barcelona (5-4) não impediu mais um feito europeu

A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal apurou-se para a final four da WSE Champions League da modalidade, apesar da derrota por 5-4 na segunda mão dos quartos-de-final da WSE Champions League, realizada no Palau Blaugrana, casa da equipa catalã. Prevaleceu a vantagem verde e branca, de 4-1, trazida do Pavilhão João Rocha, redundando num 6-8 no total da eliminatória.

Com o cinco inicial formado por Ângelo Girão, Matias Platero, Gonzalo Romero, Ferran Font e Toni Pérez, o jogo começou num ritmo bem elevado, com ambas as equipas a circularem a bola a alta velocidade e a tentarem criar perigo junto das balizas. Ainda nesta fase, Gonzalo Romero foi atingido na testa pelo stick de um hoquista da equipa espanhola, de forma aparatosa e que deixou o defesa/médio Leonino combalido e a ter de ser substituído, num primeiro sinal de dureza da equipa do FC Barcelona.

O primeiro livre directo, contudo, foi a favor do FC Barcelona, ao ser assinalada falta - com cartão azul - de Ferran Font, a qual Pau Bargalló converteu para inaugurar o marcador aos quatro minutos. No entanto, pouco depois, o Sporting CP empatou graças a um excelente desvio à boca da baliza de Matias Platero, no seguimento de um bom trabalho de Alessandro Verona.

Entusiasmado pelo golo, o Sporting CP teve nova iniciativa de grande perigo com uma boa combinação entre João Souto e Alessandro Verona, obrigando o guarda-redes adversário a boa defesa.

Depois, o jogo foi ficando faltoso e com menos de dez minutos jogados já tinham sido assinaladas quatro faltas ao Sporting CP, além de um lance com cartão azul para João Souto e Xavi Barroso. Já com menos de dez minutos para o intervalo, antes de uma pausa técnica pedida pelo Sporting CP, estava tudo empatado – 1-1 em golos e 6-6 em faltas. E no reatamento do jogo, Alessandro Verona quase fazia o 1-2 para o Sporting CP, num sensacional remate de meia distância à trave da baliza da equipa catalã.

A equipa do Sporting CP revelava muito boa organização defensiva e capacidade para fechar os caminhos da baliza defendida por Ângelo Girão e Ferran Font em boa jogada individual quase fazia novo golo para os Leões, alvos de entradas muito agressivas da equipa catalã, que com 2’56 para jogar atingia a nona falta. Com uma grande defesa de Ângelo Girão a remate de Eloi Cervera e uma jogada de perigo Leonina fechou-se a primeira parte, com empate a um golo no marcador, num jogo de elevada intensidade.

Já no segundo tempo e praticamente a abrir, Xavi Barroso, numa stickada colocada, fez o 2-1 para o FC Barcelona e o conjunto espanhol intensificou depois a pressão, com o Sporting CP a ter Girão em bom plano e a responder ofensivamente com dois remates perigosos – um deles defendido e outro ao lado, por Rafael Bessa.

Depois de uma falta sobre Gonzalo Romero, o FC Barcelona atingiu a décima falta e colocou Ferran Font na situação de livre directo e, embora o remate do Sportinguista tenha sido defendido por Sergi Fernández, no seguimento, um lance genial de Rafael Bessa acabou com um desvio para a própria baliza de Alabart, recolocando o empate a dois golos.

O jogo em Barcelona continuou frenético e foi a equipa da casa a ter - e a converter - mais um livre directo, da autoria de João Rodrigues, que não perdoou para o 3-2 com 17’54 para jogar.

O Sporting CP respondeu com um grande lance de Rafael Bessa e tentativa de Ferran Font negada por Sergi Fernández, enquanto, na baliza Leonina, Girão assinou uma espectacular defesa a evitar o 4-2, já com menos de 15 minutos para jogar. Ângelo Girão somava defesas importantes, mas não conseguiria deter um livre directo de Pau Bargalló para o 4-2, depois da décima falta Leonina. O FC Barcelona ficava a um golo de empatar a eliminatória, com 9’45 para jogar.

Na baliza, Girão segurou um resultado que ainda servia ao Sporting CP, com várias defesas importantes e ainda viu um remate ser devolvido pela trave, até que com 4’05 para jogar, uma esplêndida stickada de Alessandro Verona fez o 4-3 - belíssima execução do internacional italiano. A seguir, um bloqueio irregular a Ferran Font originou um livre directo para o Sporting CP, mas o remate de João Souto saiu ao lado - e o FC Barcelona ficou com menos um jogador em campo.

A 1’37 da última buzina, o técnico dos catalães pediu uma pausa técnica com o Sporting CP ainda com dois golos de vantagem na eliminatória, o que voltaria a mudar momentaneamente, numa recta final recheada de acção. Com 1’11 por jogar chegou o 5-3 por Ignacio Alabart, quando o FC Barcelona já prescindia do guarda-redes e jogava em 5v4 em pista. O jogo estava alucinante de nervos, com segundos finais dramáticos e com Ferran Font a ter mais um livre directo, que desperdiçou, mas viria a redimir-se, apontando o 5-4 final, no último segundo, com a baliza aberta, depois de um jogador do FC Barcelona ter escorregado em pleno esforço final.

Missão cumprida no Palau Blaugrana, com os Leões de Alejandro Domínguez a rumarem à final four da prova europeia, onde já sabem que vão encontrar, nas 'meias', o rival FC Porto.

Sporting CP: Ângelo Girão [GR] [C], Matias Platero, Gonzalo Romero, Ferran Font, Alessandro Verona, Henrique Magalhães, Rafael Bessa, Toni Pérez, João Souto, Zé Diogo [GR]

Técnico lançou jogo em Barcelona dos 'quartos' da WSE Champions League

Esta quinta-feira, a partir das 19h30 (hora portuguesa), a equipa de hóquei em patins do Sporting CP defronta o FC Barcelona, na cidade catalã, na segunda mão dos quartos-de-final da WSE Champions League.

O 4-1 da primeira mão, favorável aos Leões, é encarado como uma importante vantagem, mas não definitiva, no entender de Alejandro Domínguez, treinador da equipa Leonina, em declarações aos meios de comunicação do Clube.

“Fizemos um trabalho muito bom na primeira parte desta eliminatória, mas contra esta equipa, neste cenário, não é suficiente. Teremos de fazer a segunda parte igualmente boa ou melhor ainda que a primeira. O factor emocional é tudo. Amanhã, se sairmos para a pista como temos de sair, será muito duro para eles, porque se não for assim, a vantagem irá dissipar-se rapidamente. A maneira como a nossa equipa entra quando está focada a competir é como temos de encarar o jogo de amanhã, porque o FC Barcelona vai entrar com a energia desta pista e com as pessoas. Vai estar forte e vamos ter de os conter, mas não é só isso, porque a nossa ambição não é apenas a de conter o FC Barcelona. Vamos tentar fechar-lhes todos os caminhos para a nossa baliza e gerar-lhes impotência, e isso não se pode fazer só com técnica e com táctica, temos de o fazer com o coração, a lutar forte e essa é a nossa missão. Há alguns momentos na vida desportiva de um jogador, de um treinador, de uma equipa, de um clube, que são chave e amanhã é um desses dias-chave e que há que viver, vivê-lo intensamente. Os Sportinguistas, os jogadores, o staff, todos temos de viver isto com intensidade, porque são momentos únicos na vida desportiva”, começou por destacar.

Depois, Alejandro Domínguez explicou a abordagem ao jogo da segunda mão, em que o Sporting CP traz na bagagem uma vantagem de três golos. “Dizer a um jogador ou tentar convencê-lo que este jogo começa 0-0 é muito complicado. Sabem que há uma vantagem, todos estão conscientes disso. Temos de abordar o jogo desde a verdade, desde a realidade e a realidade é que fizemos um bom trabalho, estamos três golos acima, mas o planeamento táctico não é especular com a vantagem. Na última jornada estivemos a perder por 3-1 em Turquel e acabámos por ganhar 8-4, fomos a Murches, estivemos a perder ao intervalo 4-0 e acabámos a ganhar 4-8. Teremos de ser o Sporting CP de sempre: directo, agressivo, com pressão e essa é a receita, a mesma que levamos a praticar há um ano e meio. Eles conhecem-nos e nós conhecemo-los”, realçou ainda.

Quanto a aspectos a melhorar em relação ao jogo da primeira mão, o técnico respondeu que “há poucos". "Em nossa casa fizemos um grande jogo, ficarei satisfeito se for como esse primeiro jogo”, disse, assinalando a importância da consistência defensiva da primeira mão.

“O nosso modelo defensivo funcionou muito bem, porque fomos muito agressivos, muitos ‘altos’ e conseguimos travar essa máquina ofensiva que é o FC Barcelona, mas atacar directo, com um bom balanceamento ofensivo, é uma muito boa maneira de também defender. Se continuarmos a praticar o nosso hóquei directo, a seleccionar bem, então podemos alargar a diferença ou gerar no rival um bloqueio. Se conseguimos um golo e ampliarmos a diferença, mentalmente as coisas serão mais difíceis para eles. Está tudo em aberto, a vantagem que conseguimos foi de forma lícita, a jogar bom hóquei, mas está tudo em aberto e eu preciso da minha equipa, que quando sai com os dentes apertados é imparável. Essa é a equipa que todos queremos ter amanhã”, sentenciou o técnico verde e branco.

De seguida, também o capitão Ângelo Girão enunciou o que espera do jogo da segunda mão, em Barcelona.

“O jogo da 1.ª mão teve a sua história, conseguimos ganhar por três golos, mas não vimos com esse jogo na cabeça. Sabemos que o FC Barcelona é uma equipa que nos pode fazer o mesmo e agora eles têm o apoio do público. Temos visto a tremenda publicidade que eles têm feito a este jogo e o pedido de apoio dos adeptos deles, é normal, estão a jogar em casa e querem dar a volta à eliminatória. Estamos preparados para tudo o que pode acontecer de pressão, de tudo o que o FC Barcelona pode ter em termos de apoio, mas temos as nossas armas, vimos aqui para lutar pelo resultado e ganhar a eliminatória. O único pensamento que temos é passar os quartos-de-final da Liga dos Campeões”, traçou em declarações aos meios de comunicação do Clube.

Além disso, o guarda-redes da equipa Leonina frisou que a equipa não quer viver dos três golos de vantagem da primeira mão. “O hóquei em patins é uma modalidade muito rápida, um minuto pode ter vários golos e as bolas paradas ajudam a que o resultado nunca esteja fechado. Eles têm o desejo de passar, nós também e aquilo que queremos fazer é conseguir um bom resultado, seja ele qual for para que nos dê acesso à meia-final”, apontou.

Por fim, Ângelo Girão frisou ainda a grande qualidade do FC Barcelona. “Não só pelo seu historial, mas também pela actualidade, tem uma excelente equipa, excelentes executantes, sabemos que têm armas muito fortes que podem resolver o jogo e estamos conscientes disso. A eliminatória não está, de todo, ganha, é um jogo muito difícil para nós, sabemos do que eles são capazes e estando precavidos para isso, vamos seguramente melhor preparados para o jogo, mas vimos cá para ganhar e para passar a eliminatória, mesmo sabendo de todo o potencial que o FC Barcelona tem”, concluiu o guardião verde e branco na véspera do duelo.

Técnico frisou que foram "50 minutos muito bons, mas faltam outros 50"

Após a grande vitória por 4-1 sobre o FC Barcelona na primeira mão dos quartos-de-final da WSE Champions League, Alejandro Domínguez, treinador dos Leões do hóquei em patins, analisou a partida e começou por destacar a postura inexcedível dos seus jogadores.

“Vou sempre referir a alma desta equipa, a capacidade de trabalhar unidos e com um carácter muito especial. Para lá do modelo de jogo, isto também faz que os adeptos se identifiquem com esta equipa”, enalteceu, antes de abordar o desenrolar do encontro.

“Foram 50 minutos muito bons, mas faltam outros 50. Se para o FC Barcelona este palco foi difícil, para nós o deles também o será”, apontou, continuando: “Este era um jogo que tínhamos de jogá-lo de forma muito inteligente, porque o FC Barcelona pode causar estragos com posses muito longas. Nós somos uma equipa de hóquei vertical, mas hoje tínhamos de gerir melhor a posse para fazê-los sofrer. Na segunda parte conseguimos fazer isso e demos a volta à dinâmica do jogo”.

Depois, o técnico verde e branco sublinhou o feito conseguido pelos Leões, que impuseram a segunda derrota da época aos catalães – 33 jogos depois – e realçou o papel do forte apoio sentido no Pavilhão João Rocha.

“Todos os Sportinguistas têm de se sentir orgulhosos da sua equipa, porque conseguimos parar um ‘comboio de alta velocidade’. Conseguimos fazê-lo com inteligência, plano de jogo e, sobretudo, carácter”, referiu, acrescentando: “Quando o Pavilhão João Rocha está como hoje é muito difícil perder. Eu trabalho para isto, para dias como hoje e oxalá no fim da época possamos ‘brindar’ os adeptos com títulos”.

A seguir, Gonzalo Romero, autor dos dois golos que deram a volta ao FC Barcelona, destacou que “ganhar era importante” nesta primeira mão e, por isso, reconheceu-se “muito feliz”.

“Todos sabemos o que é o FC Barcelona, sabíamos que tínhamos de ter muita bola e viu-se essa tranquilidade e paciência para atacar. Foi o que nos levou ao êxito”, considerou o argentino, continuando: “Depois do golo não nos viemos abaixo e isso ficou demonstrado nos 50 minutos. Temos de estar tranquilos, foi a primeira parte, faltam 50 minutos e no hóquei três golos não é nada”.

Por fim, também ‘Nolito’, elogiou a atmosfera nesta noite na casa das modalidades: “É lindo quando temos um pavilhão assim. Estamos agradecidos e a vitórias é para eles também”.

Reviravolta de nível sobre o FC Barcelona abriu ‘quartos’ da WSE Champions League (4-1)

De regresso à acção na Europa, a equipa principal de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal recebeu e bateu o FC Barcelona por 4-1, esta quinta-feira, na primeira de duas mãos relativas aos quartos-de-final da WSE Champions League. Um triunfo que coloca os Leões de Alejandro Domínguez em vantagem na eliminatória e com uma margem de três golos na’ bagagem’ para a decisão, em Barcelona, a 11 de Abril.

Num Pavilhão João Rocha muito bem composto, o duelo começou por ser muito fechado e até seria o actual campeão espanhol a inaugurar o marcador, mas Gonzalo Romero teve no seu stick – com um ‘bis’ - a chave para desbloquear a reviravolta verde e branca, completada com os golos decisivos de Rafa Bessa e Alessandro Verona nos últimos cinco minutos.

33 jogos e seis meses depois, o FC Barcelona voltou a ser ‘vergado’ esta temporada, onde apenas tinha uma derrota e três empates, além de já ter vencido a Copa del Rey, a Taça Intercontinental e a Supercopa espanhola.

Para iniciar um embate que já não acontecia há quase uma década - na última vez, Sporting CP e FC Barcelona enfrentaram-se na final da Taça Continental de 2015, conquistada pelos culés – o técnico Alejandro Domínguez apostou num cinco inicial composto por Ângelo Girão, Gonzalo Romero, Matias Platero, Ferran Font e Toni Pérez – Facundo Bridge e Zé Diogo estiveram fora das opções, entrando o jovem guardião Lourenço Soares.

Nos primeiros instantes, Ferran Font e Romero, de longe, e Toni Pérez, num cara-a-cara, ameaçaram, mas o guardião Sergi Fernández começou por levar a melhor, tal como faria Girão pouco depois numa rapidíssima e perigosa transição visitante.

E foi assim, ‘taco a taco’ e repartido também nas oportunidades que começou este duelo ibérico. Com momentos de posse alternados e contra-ataques a toda a velocidade, sempre que possível, Leões e culés foram protagonizando um embate aceso, mas onde eram as defesas e guarda-redes, acima de tudo, a sobressair.

Já à entrada para os últimos dez minutos da primeira parte, o cerco verde e branco intensificou-se com posses mais longas no meio-campo adversário, mas seria o FC Barcelona de Eduard Castro a inaugurar o marcador. Ainda assim, o ‘braço de ferro’ no marcador e em pista estavam para ficar.

Com uma stickada de muito longe, Pau Bargalló foi feliz e fez o 0-1 a cinco minutos do intervalo, desvantagem que, no entanto, durou cerca de 20 segundos. Na imediata resposta Leonina, ‘Nolito’ Romero conduziu e também de meia-distância repôs a igualdade e ‘acendeu’ um Pavilhão João Rocha que se foi enchendo com o passar dos minutos.

Até ao soar da buzina, o Sporting CP manteve-se por cima e mais perigoso, mas Sergi Fernández voltou a mostrar-se em bom plano ao negar o golo a Platero, Rafa Bessa e João Souto, levando o empate para o segundo tempo.

E o filme da partida pouco mudaria. Logo nos primeiros momentos do reatamento, Ferran Font e Toni Pérez, ambos à boca da baliza, ficaram muito perto de marcar, tal como o conjunto blaugrana, que esbarrou em duas enormes - e consecutivas - defesas de Girão.

Depois, a agressividade e organização defensivas das duas equipas continuaram a marcar um embate que parecia bem fechado até que novamente Romero encontrou a ‘chave’ a dez minutos do fim. O ‘todo-o-terreno’ argentino recebeu na direita, puxou para dentro e stickou forte e colocado para levantar as bancadas e confirmar a reviravolta verde e branca - ‘bis’ na partida e nove golos nesta Liga dos Campeões para o camisola 99.

Naturalmente, o FC Barcelona procurou aumentar o ritmo do jogo para ir em busca do empate, porém foi o Sporting CP a dar um ‘murro na mesa’ com eficácia. Primeiro, cinco minutos depois do 2-1, Rafa Bessa entrou pela área visitante adentro e pleno de oportunismo e persistência fez o 3-1 - e o ímpeto verde e branco não ficou por aqui.

Já a três minutos da última buzina, uma bola perdida nas imediações da baliza Leonina transformou-se num contra-ataque rapidíssimo conduzido e finalizado com mestria por Alessandro Verona, que soltou mais um rugido nas bancadas do Pavilhão João Rocha e aumentou a vantagem na partida - e na eliminatória – com o valioso 4-1 final.

Missão cumprida em casa e final four na mira dos Leões de Alejandro Domínguez. Antes da segunda mão no Palau Blaugrana, o Sporting CP enfrenta uma série de jogos muito importantes: primeiro, dois seguidos com a UD Oliveirense - o primeiro para os ‘quartos’ da Taça de Portugal e outro para a recta final da fase regular do campeonato -, seguindo-se a visita ao HC Turquel.

Sporting CP: Rafael Bessa, Ferran Font, Alessandro Verona, Matias Platero, João Souto, Toni Pérez, Ângelo Girão [GR] [C], Henrique Magalhães, Lourenço Soares [GR], Gonzalo Romero

'Quartos' da WSE Champions League começam em casa e com entrada gratuita

Para regressar à acção na Europa, a equipa principal de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal recebe, esta quinta-feira (18h30), o FC Barcelona na primeira de duas mãos relativas aos quartos-de-final da WSE Champions League. No Pavilhão João Rocha, a entrada para o encontro será gratuita para Sócios e, além disso, a casa das modalidades ficará aberta para transmitir, nos ecrãs, o jogo europeu da equipa de futebol em casa da Atalanta BC, cujo pontapé de saída está marcado para as 20h00.

Na antevisão ao embate com o gigante catalão, David Pereira, treinador-adjunto dos Leões do hóquei em patins, não escondeu que espera um jogo "difícil" frente a uma equipa que considera "muito competente em todos os momentos do jogo". No entanto, não deixou de frisar a ambição e confiança verde e branca para um embate que já não acontecia há quase uma década - último duelo entre Sporting CP e FC Barcelona foi na final da Taça Continental de 2015, conquistada pelos culés (2-0 em Lisboa e 5-1 na Catalunha).

"Vamos com as nossas armas e muito confiantes depois de uma jornada em que conseguimos uma remontada épica, cheia de atitude e 'coração' [5-8 GRF Murches]. Temos trabalhado muito bem esta semana e vamos a jogo para ganhar, e se pudermos com alguma vantagem para a segunda mão", traçou o técnico.

Em frente estará um conjunto blaugrana orientado por Eduard Castro que vai chegar ao Pavilhão João Rocha poucos dias depois de ter levantado a sua terceira Copa del Rey consecutiva - esta época já conquistaram também a Taça Intercontinental e a Supertaça espanhola. Além disso, o FC Barcelona é o actual campeão espanhol - venceu nove das últimas dez edições da liga do país vizinho - e está a dominar a actual fase regular: mesmo com um jogo em atraso, lidera invicto e isolado com 56 pontos, mais 15 que o segundo classificado, o CE Noia.

Para lá destes registos, em pista é uma equipa que "domina o ataque, a defesa e as transições", realçou David Pereira ao traçar o perfil deste poderoso adversário. "Temos de ter muita cautela, quer a defender, quer a atacar, saber como e quando perder a bola, digamos assim, porque são letais na transição ofensiva e em frente à baliza não costumam perdoar. Temos de estar atentos em todos os momentos do jogo para que possa 'cair' para o nosso lado", detalhou o treinador-adjunto de Alejandro Domínguez.

Assim, o Sporting CP vai em busca de fazer aquilo que esta época só o CE Noia conseguiu: vencer o FC Barcelona. E essa única derrota do conjunto blaugrana ocorreu somente no arranque da presente temporada, a 17 de Setembro, na final da liga catalã (2-3). Daí em diante, o FC Barcelona soma 33 jogos sem perder, entre os quais apenas três empates - um deles em solo português, mais concretamente em Barcelos (1-1) na fase de grupos desta WSE Champions League.

Embora esta primeira mão dos 'quartos' seja no Pavilhão João Rocha, o técnico David Pereira garantiu que não espera um FC Barcelona cauteloso, porque "é uma equipa que procura sempre criar perigo e oportunidades de golo". "Talvez mais desgastada por ter tido três jogos no fim-de-semana [de Copa del Rey], mas não esperamos facilidades", destacou, reforçando: "Vamos encontrar, de certeza, uma equipa que vem com tudo, porque já não ganham esta competição há muito tempo [desde 2017/2018]".

A WSE Champions League, por sua vez, também está na mira dos Leões, salientou o técnico: "Queremos voltar a estar nos momentos de decisão e ganhar ao FC Barcelona tem de fazer parte dos nossos planos". A formação catalã é o emblema mais titulado da prova, com 22 conquistas, enquanto o Sporting CP soma três títulos - os últimos conquistados de forma consecutiva em 2018 /2019 e 2020/2021, porque pelo meio houve uma edição não disputada devido à pandemia de COVID-19.

Agora, a duas mãos, vai estar em jogo um lugar na final four, muito desejado por Leões e culés. "Esta [a do Sporting CP] é uma equipa habituada a estar nestes momentos de decisão na Liga dos Campeões e ganhou duas há pouco tempo. Estamos confiantes, mas ao mesmo tempo cautelosos porque sabemos que [o FC Barcelona] é uma equipa extremamente competente", apontou o adjunto verde e branco.

Por fim, David Pereira dirigiu-se aos adeptos Leoninos, apelando à sua presença e ajuda em massa para abrir a eliminatória da melhor forma possível. "A ajuda dos Sportinguistas é fundamental e, por isso, peço que compareçam para que nos empurrem para a vitória, apoiando do primeiro ao último minuto", atirou, concluindo.

Recepção ao Reus Deportiu em nova jornada europeia (quinta-feira, 19h30)

Na última jornada da fase de grupos da WSE Champions League, a equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal recebe, esta quinta-feira (19h30), a formação espanhola do Reus Deportiu, num jogo do grupo B em que os Leões garantem a passagem aos quartos-de-final em caso de triunfo. Um cenário ao alcance, mas que o treinador Leonino, Alejandro Domínguez, sabe que será dificultado ao máximo pelo adversário.

“Trabalhei 15 anos no Reus Deportiu, é um clube histórico, não virá aqui de passeio, longe disso. Vêm aqui para ganhar. No ano passado, devido a um resultado nosso, o Reus Deportiu ficou fora da final-eight da Liga dos Campeões e virão aqui com a ‘faca nos dentes’ para nos ganhar e é um rival que está actualmente no seu melhor momento da temporada. Tentei transmitir à equipa e aos jogadores que será assim amanhã e que vai exigir a nossa melhor versão. Por exemplo no último jogo aqui, numa boa parte do jogo demos uma boa versão da equipa e acabámos por obter um resultado muito pouco positivo, por circunstâncias várias, mas a realidade é essa”, referiu, na antevisão, aos meios de comunicação do Clube.

De seguida, o técnico apontou a receita para vencer a equipa catalã. “A mensagem para mim, para a equipa e para os nossos adeptos é de máxima atenção, máxima predisposição e máxima motivação. É a principal competição europeia e para nos classificarmos para os quartos-de-final temos de ganhar. Não temos de esperar nada do outro lado, temos de fazer o nosso trabalho e o nosso trabalho é ganhar ao Reus Deportíu aqui, em casa. Temos de estar a cem por cento. Ontem vim ver o jogo de andebol e foi espectacular, fiquei com ‘pele de galinha’, sei que é muito difícil que se repita uma coisa assim no Pavilhão João Rocha, mas desejo-o. Oxalá, porque com um ambiente assim entraríamos com uma clara vantagem”, apelou aos Sportinguistas.        

Alejandro Domínguez elencou também os pontos mais fortes do adversário e que o Sporting CP terá de contrariar ao máximo. “O Reus Deportíu é uma equipa que está muito bem trabalhada tacticamente e a principal qualidade é o um contra um. Têm uma equipa tremendamente ofensiva, muito ofensiva, a diversão está garantida, é uma equipa que nunca ‘especula’ e vai ser muito importante que o nosso modelo defensivo os impeça de chegar à baliza com a fluidez com que o fazem habitualmente. Nos últimos dois jogos empataram com o CP Calafell e ganharam 7-1 ao Igualada HC em casa a desenvolverem um hóquei tremendo. Por isso, digo que serão chaves o modelo defensivo e defesa de um contra um fortíssima, porque essa é a melhor qualidade deles”, atentou, antes de recordar o triunfo Leonino na Catalunha (2-5), no jogo da primeira volta.

“Em Reus encontrámos um rival muito hostil, com um nível de agressividade muito, muito alto e fizemos uma coisa que é algo que trabalho o tempo todo desde que estou aqui, mas que não conseguimos sempre implementar: o Reus impôs-nos um exercício de controlarmos sempre as emoções, de sermos maduros na gestão do jogo, de estarmos totalmente focados nos 50 minutos de jogo. Aquele dia foi extraordinário, oxalá possamos dar continuidade a isso, porque estaríamos um passo mais à frente”, atirou, por fim.     

Leões do hóquei em patins viajam à Catalunha para novo duelo europeu

A equipa principal de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal visita, esta quinta-feira (19h30 hora de Portugal continental), os espanhóis do CP Calafell para disputar a quarta jornada - e a primeira da segunda volta – do grupo B da WSE Champions League.

Os Leões lideram o grupo com sete pontos, mais um que o SL Benfica, e atravessam um excelente momento de forma – a última derrota nesta época remonta a Outubro do ano passado.

"A equipa entende perfeitamente como tem de jogar e acho que isso vê-se em pista", começou por dizer Alejandro Domínguez, treinador verde e branco, na antevisão ao jogo europeu que se segue. "Somos uma equipa madura, vertical, mas sabemos interpretar bem os momentos. O modelo defensivo exige muita agressividade e [os jogadores] também já o percebem, prova disso é que raramente chegamos à décima falta mesmo sendo agressivos. Tudo isto é mérito dos jogadores, porque são eles que decidem acreditar na ideia e trabalham-na todos os dias", sublinhou em declarações aos meios de comunicação Leoninos.

O técnico argentino considera que a equipa está “no bom caminho”, mas ainda há muito por disputar e, por isso, aproveitou para recordar o final da temporada transacta: "Temos um ADN bem definido, estamos bem posicionados, mas as contas só as fazemos no fim. No ano passado, por exemplo, também fizemos uma grande época, fomos à final do campeonato e da Taça de Portugal, mas não tivemos conquistas".

Já abordando o reencontro com os catalães do CP Calafell, que há duas semanas conseguiram sair do Pavilhão João Rocha com um empate (2-2) apesar da superioridade e das inúmeras oportunidades de golo Leoninas, Alejandro Domínguez perspectivou que, agora na Catalunha, haverá “coisas muito diferentes”.

"A abordagem táctica não vai mudar muito, mas a pista e o piso são muito diferentes. O ambiente vai ser hostil e vamos ter de saber reagir bem a todos esses ingredientes. Se estivermos focados, vamos criar, no mínimo, tantas oportunidades como aqui, que foi algo tremendo. Gerard Camps, o guarda-redes adversário, foi espectacular e a nós faltou-nos essa eficácia", lembrou, antes de analisar o CP Calafell, vencedor da WSE Europe Cup (ex-Taça CERS) em 2021/2022.

"É uma equipa muito experiente, gere bem o ritmo do jogo, especula muito bem com a bola, sabe quando atacar e defende muito bem. Temos estado muito focados na preparação deste jogo e acho que estamos realmente bem", atirou, confiante, antes de se debruçar sobre as contas do grupo.

"Não há qualquer espaço para deslizes. Temos de ir a Calafell para ganhar e é esse o objectivo. Depois, vamos à Luz e recebemos o Reus Deportiu. São jogos fundamentais", sentenciou o treinador dos Leões.