Leões de Ricardo Costa já conhecem adversários europeus

Na temporada 2024/2025, a equipa principal de andebol do Sporting CP vai integrar o grupo A da EHF Champions League e vai ter como adversários o Orlen Wisla Plock (Polónia), o Veszprém HC (Hungria), o Paris Saint-Germain Handball (França), o Fredericia Handbold Klub (Dinamarca), o Füchse Berlin (Alemanha), o Dinamo Bucaresti (Roménia) e ainda o HC Eurofarm Pelister (Macedónia). 

No sorteio realizado na tarde desta quinta-feira, em Viena, capital da Áustria, o Sporting CP, campeão nacional de Portugal, foi a primeira equipa a sair no pote três e a integrar o grupo A, onde os Leões de Ricardo Costa vão encontrar adversários que enfrentaram recentemente, como o Füchse Berlin e o Dinamo Bucaresti, então na EHF European League.

Na principal prova europeia de clubes da modalidade, o Sporting CP vai realizar um total de 14 jogos, sete no Pavilhão João Rocha e sete fora de portas, em casa dos respectivos adversários. Já é sabido que a fase de grupos terá início nos dias 11 e 12 de Setembro e vai prolongar-se até 5 e 6 de Março de 2025, mas o calendário dos embates ainda está por definir.

No que toca ao formato competitivo, os dois primeiros classificados do grupo qualificam-se directamente para os quartos-de-final, as equipas entre o terceiro e o sexto lugares terão de ultrapassar um play-off para acederem aos quartos-de-final e o sétimo e oitavo classificados terminam a participação europeia na fase de grupos.

Sporting CP e FC Porto em duelo por final europeia (sábado, 12h00)

Na véspera do duelo das meias-finais da WSE Champions League, onde a equipa principal de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal vai enfrentar o FC Porto, Alejandro Domínguez e Ângelo Girão, respectivamente, treinador e capitão dos Leões, fizeram a antevisão do clássico em conferência de imprensa.

Numa final-four cem por cento portuguesa - UD Oliveirense e OC Barcelos discutem a outra meia-final -, o palco de todas as decisões também será português: o Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, na cidade do Porto. Um recinto que mereceu elogios, desde logo, por parte de Alejandro Domínguez.

“O hóquei merece palcos como este para continuar a crescer. Quando entrámos, em termos de cenário, luzes, ecrãs, a pista, não recordo um palco tão adaptado aos novos tempos e à forma como se concebe o desporto enquanto espectáculo”, atirou o técnico, antes de desvalorizar, a nível pessoal, a influência da vertente emocional neste fim-de-semana, uma vez que Alejandro Domínguez e o Sporting CP já acordaram a saída no final da temporada por motivos pessoais.

“A equipa está concentrada e a trabalhar como sempre”, apontou, realçando que este será, acima de tudo, “um fim-de-semana para competir”. Por isso, o treinador verde e branco apontou baterias para o duelo com os dragões e projectou aquilo que pode acontecer em pista entre dois conjuntos que se conhecem mutuamente.

“Quando preparamos jogos como este, a nossa maior preocupação é não abandonar o ADN que temos tentado implementar desde que cheguei. Eu e o Ricardo [Ares, treinador do FC Porto] conhecemo-nos há muito tempo e ele sabe que eu não abandono as minhas ideias”, destacou, acrescentando que “não há receitas mágicas”.

“Sabemos que nos enfrentamos ao campeão europeu, que está num grande momento e que tem muitíssimos recursos ofensivos e defensivos, mas as nossas ferramentas têm de nos fazer conseguir a vitória”, indicou, por fim, Alejandro Domínguez.

Ao seu lado, Ângelo Girão, guarda-redes e capitão dos Leões, também considerou que esta final-four vai decorrer num “pavilhão emblemático”, só falta que em pista “seja proporcionado um espectáculo ao nível desta organização e do pavilhão”, completou.

“A pista é boa, claramente diferente das que estamos habituados, mas o nosso foco está no FC Porto. São provavelmente os favoritos pelo momento que estão a atravessar, mas nós não temos medo e vamos à luta. Sabemos o que temos de fazer e vamos dar o nosso máximo”, traçou de seguida, reafirmando a ambição do grupo verde e branco de voltar a disputar uma final europeia.

“Sabemos de todas as dificuldades que vamos ter para estar na final, mas chegámos com esse objectivo de ganhar”, concluiu Girão.

Tanto o Sporting como o FC Porto já venceram por três vezes a máxima prova continental de hóquei em patins e nesta edição só um poderá alcançar uma vaga no jogo decisivo. Até lá, a única certeza é que o título ficará em Portugal.

Técnico, emocionado, agradeceu aos Sportinguistas e elogiou carácter da equipa

No final da partida em que o Sporting CP garantiu a passagem à final-four da WSE Champions League de hóquei em patins, o técnico Leonino Alejandro Domínguez, com dificuldade para esconder a emoção, fez o rescaldo da brilhante passagem da equipa verde e branca aos melhores quatro da Europa.

“Hoje é um dia muito especial para mim. Esta semana tive de falar com o Clube para dizer que não consigo continuar pela minha situação pessoal, mas primeiro dizer que me sinto Sportinguista, porque aprendi a querer este grupo e este Clube e depois só tinha na cabeça tentar conseguir ajudar o grupo a estar na final-four da WSE Champions Legue e nas decisões do campeonato nacional. O que se passou aqui, dificilmente nos vamos esquecer. O jogo de hoje fica para sempre, uma capacidade de luta… Eles colocaram um nível de agressividade muito alto, tal como nós, o público empurrou-os muitíssimo e eles tiveram um momento de muita euforia e de muita coragem ofensiva, que contivemos com uma valentia que não tenho palavras para descrever. Além de termos jogado um hóquei de um altíssimo nível técnico, tivemos muita boa posse, talvez nos tivesse faltado um pouco mais de agressividade ofensiva, mas era muito difícil, vínhamos com três golos de vantagem e tínhamos de gerir. Não consigo explicar tudo o que sinto hoje. Estou muito feliz pela equipa e pelos adeptos, porque havia gente nas bancadas mais em cima a chamarem por nós”, disse em declarações aos meios de comunicação do Clube.

Fibra, garra e espírito de equipa foram ingredientes para a receita de sucesso. “Foi preciso saber sofrer. Agora, no balneário, os jogadores estão extenuados, aguentar esta equipa [FC Barcelona] da maneira como atacou hoje, está ao alcance de muito poucas equipas e o Sporting CP fê-lo com muito boa nota. Felizes, vamos celebrar, sei que não é um título, mas vamos comemorar hoje, porque a equipa merece uma grande celebração por este apuramento para a final-four”, destacou.

Para Alejandro Domínguez, o golo de Alessandro Verona (4-3) teve muita importância na partida. “Foi um jogo de grande desgaste a nível emocional e o golo do Ale [Alessandro Verona] foi chave. Houve outra coisa muito importante que foi a rotação, hoje a equipa rodou de três em três, de quatro em quatro [minutos[. Foi como se tivéssemos feito quatro jogos seguidos em 50 minutos, o desgaste foi grande, o FC Barcelona é uma super equipa, que em muitos momentos do jogo nos submeteu e obrigou-nos a contê-los. Para eles é uma decepção, foram um grande rival, mas nós estivemos extraordinários”, destacou o treinador dos Leões.

Sobre o apoio dos Sportinguistas que se fez ouvir nas bancadas do Palau Blaugrana, Alejandro Domínguez referiu a gratidão pela força transmitida por parte dos adeptos Leoninos. “Isso é o que me vai custar muito ao deixar a equipa. Ver as pessoas assim, a equipa bater palmas aos adeptos, isso não tem preço. Para um treinador ou para um jogador, viver isso com a sua gente é único, único. Obrigado, infinitamente obrigado”, atirou, por fim.