Treinador reagiu à eliminação da UEFA Europa League

Após o empate (1-1) que ditou o afastamento europeu da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal, Rúben Amorim, treinador dos Leões, esteve em conferência de imprensa a analisar a partida, começando por sublinhar que, acima de tudo, "ficaram a faltar golos". 

"Durante a partida acho que fomos a melhor equipa. Houve alguns períodos, talvez no início da segunda parte, onde perdemos um bocado o controlo do jogo e a Juventus FC teve mais bola, mas depois voltámos a assumir o jogo. Aqui ou ali, mostrámos alguma ansiedade e podíamos ter criado ainda mais ocasiões. Prova disso são as duas bolas finais, onde temos de ter outra calma para levar a bola para o sítio certo. Fomos claramente superiores, mas esses pequenos pormenores fazem muita diferença", disse no Auditório Artur Agostinho, acrescentando: "Tivemos claramente oportunidades para dar a volta à situação. É frustrante sair assim porque acho que fomos a melhor equipa. Agora temos de pensar no próximo jogo".

Uma superioridade que o técnico estendeu à globalidade da eliminatória, a qual considerou bastante "diferente" da anterior, com o Arsenal FC. "Com o Arsenal FC acho que sofremos bastante aqui e tivemos sorte nos momentos certos para estar sempre dentro jogo em Londres, mas esta eliminatória foi diferente. Estivemos sempre no controlo do jogo, foram poucas as oportunidades da Juventus FC e várias do Sporting CP, mas nos momentos-chave fomos inferiores e é isso que conta. Temos de ficar zangados por isso, tem de custar aos jogadores", sublinhou ainda.

Depois, questionado sobre a potencial relevância de ter mais um avançado, Amorim referiu que o pouco aproveitamento ofensivo "é muito maior do que a questão do avançado"

"O 'Pote' podia ter feito golo, o Esgaio também, são zonas onde os nossos jogadores têm de aparecer, não é só o avançado que faz golos. O Seba salvou-nos várias vezes, sobretudo no ano do título, e teve ali aquelas oportunidades que não entraram. Os últimos jogos têm sido assim, não posso dizer que se estivesse lá um avançado ou outro avançado que nós teríamos ganho. Não sabemos isso", atirou, continuando: "Trabalhámos muito mais finalização este ano, mas há coisas no futebol que não consigo explicar. Resume a época, mas não é só isso. O Sporting CP já teve dos melhores avançados, como Liedson, Derlei e Slimani, e não ganharam campeonatos. É curto, pode-nos ter faltado um avançado aqui ou ali, mas só isso é curto".

Rúben Amorim deixou ainda uma palavra aos mais de 45 mil Sportinguistas que se deslocaram ao Estádio José Alvalade, enaltecendo que este foi "o melhor ambiente" que viveu em casa. "Tenho a certeza de que uma equipa com o talento desta, se tiver este ambiente no estádio, poucas equipas conseguem ganhar aqui", acrescentou.

Olhando, depois, para o que falta por jogar nesta temporada, o treinador verde e branco não escondeu que o fim de época será "difícil", mas, por outro lado, realçou o "grande futuro" que o Sporting CP tem pela frente.

"Ainda temos um objectivo, que está muito difícil, mas faltam seis jogos que são seis jogos para vencer. O Clube exige isso, mas não temos como esconder que temos um fim de época difícil. Há épocas assim e temos de preparar o futuro", disse, ressalvando: "Apesar dos resultados não serem os melhores, há uma clara evolução dos jogadores na capacidade de lutar contra os melhores. Sabemos onde erramos, temos de melhorar nesses pormenores e acho que vai fazer a diferença no futuro".

"O Sporting CP tem um grande futuro: tem jogadores jovens, consegue vender, tem visibilidade europeia e teve os melhores resultados financeiros da História. Não vai, talvez, atingir os objectivos mínimos [esta época], mas isso é um problema do treinador, o resto está cá", apontou, por fim.

Empate castigou um Sporting CP que voltou a merecer mais (1-1)

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu, esta quinta-feira, a Juventus FC e empatou 1-1 na segunda mão dos quartos-de-final da UEFA Europa League, acabando por ser eliminada da prova devido à desvantagem trazida do jogo em Turim (1-2 no total).

Com 45.903 espectadores a encheram o Estádio José Alvalade numa noite de muita crença verde e branca, o empate penalizou severamente os Leões, que voltaram a merecer mais frente a um conjunto italiano que conseguiu marcar bem cedo numa bola parada. Ainda assim, a resposta da turma de Alvalade, por Marcus Edwards – de penálti –, foi rápida, mas depois ficaria a faltar mais um golo, que esteve sempre muito perto de chegar, sobretudo nos minutos finais, mas a noite europeia acabaria sem prémio.

Para procurar a reviravolta diante da Juventus FC, Rúben Amorim, treinador verde e branco, promoveu quatro alterações relativamente ao onze apresentado no último encontro, frente ao Arouca FC: Gonçalo Inácio, Ricardo Esgaio, Hidemasa Morita e Marcus Edwards (regresso após virose) foram os titulares nos lugares de Matheus Reis, Héctor Bellerín, Arthur Gomes e Youssef Chermiti. Já comparativamente à equipa inicial em Turim, foram apenas duas as mudanças com Diomande a substituir o lesionado Jeremiah St. Juste e Chermiti a começar, desta vez, no banco para dar espaço a um trio de ataque móvel constituído por ‘Pote’, Edwards e Francisco Trincão – este último na posição mais central.

E desde bem antes do apito inicial que os Sportinguistas também mostraram a sua forte presença. Depois de uma multitudinária e ruidosa recepção ao autocarro dos Leões, o Estádio José Alvalade vestiu-se de gala com uma coreografia em todas as bancadas, seguida de um arrepiante ‘O Mundo Sabe Que’ – e apoio durante o jogo nunca faltou.

Já com a bola a rolar, foi o Sporting CP a assumir a iniciativa e com a mira apontada à baliza italiana. A primeira investida verde e branca nasceria de um canto, onde Sebastián Coates cabeceou por cima, mas na mesma moeda respondeu a Juventus FC e com mais sucesso: aos nove minutos, Adrien Rabiot finalizou dentro da área a primeira oportunidade visitante.

A tarefa complicou-se, mas apenas momentaneamente, porque os Leões não sentiram o golpe e lançaram-se à reacção, que foi quase imediata. Depois de uma arrancada de Edwards que acabou com a bola a embater no poste, na recarga Manuel Ugarte foi carregado em falta dentro da área. Assinalado o pontapé de penálti, Edwards assumiu a responsabilidade e não tremeu para fazer o 1-1 e soltar um grande rugido nas bancadas.

Pouco depois, conduzindo um contra-ataque, Ugarte rematou forte, mas por cima da trave. E continuaria o ascendente verde e branco, sempre mais perto da área adversária, somando cantos e, num deles, foi por muito pouco que depois da meia hora Diomande, de cabeça, não marcou.

Até ao intervalo, a partida repartiu-se mais, mas foi o Sporting CP a dispor da derradeira oportunidade do primeiro tempo. Contudo, o cruzamento rasteiro de Nuno Santos foi interceptado à última hora, sem qualquer desvio para a baliza de Wojciech Szczęsny. Tal como no início do jogo, a igualdade na eliminatória estava à distância de um golo.

Já o reatamento trouxe uma Juventus FC mais atrevida e perigosa inicialmente. A abrir, o avançado Dušan Vlahović não foi capaz de finalizar uma oportunidade mesmo à boca da baliza e, a seguir, foi Diomande a aparecer no sítio certo para bloquear um remate.

Por sua vez, os comandados de Amorim tentavam, sobretudo por fora, encontrar um caminho para o golo necessário, enquanto a formação de Turim voltaria a assumir uma organização mais expectante – jogando também com o relógio sempre que possível. Depois de Pedro Gonçalves ter atirado à figura desde fora da área, Esgaio rompeu pela área italiana, mas o remate saiu por cima da baliza numa das melhores oportunidades do segundo tempo.

As bancadas empurraram a equipa e os Leões, cada vez mais pressionantes e subidos, tentaram de tudo para empatar a eliminatória. À entrada para os últimos dez minutos, com o cerco Leonino a intensificar-se, Amorim apostou em Matheus Reis e Youssef Chermiti – Arthur Gomes foi o seguinte - para o derradeiro sufoco.

Foram várias as bolas endossadas para a área visitante até ao fim – com Edwards como principal agitador - e Coates, já na área adversária, dispôs das duas melhores oportunidades finais, porém ambos os desvios saíram desenquadrados. Em cima do apito final, o irrequieto extremo inglês caiu na área e acabaria por ver o amarelo por simulação e já nada mudaria, quer no marcador, quer na eliminatória.

Assim, chegou ao fim, de forma muito inglória, a caminhada europeia do Sporting CP, que conseguiu ser superior nas duas mãos e fez sempre por merecer muito mais frente à Juventus FC. Agora, já na segunda-feira (20h15), os Leões deslocam-se ao terreno do Vitória SC em mais uma jornada da Liga.

Sporting CP: Antonio Adán [GR], Ricardo Esgaio, Ousmane Diomande, Sebastián Coates [C], Gonçalo Inácio (Matheus Reis 81’), Nuno Santos (Arthur Gomes 87’), Manuel Ugarte, Hidemasa Morita, Marcus Edwards, Pedro Gonçalves e Francisco Trincão (Youssef Chermiti 81’).

Treinador realçou que "os detalhes fizeram toda a diferença"

No final do jogo entre FC Midtjylland e Sporting CP, que terminou com vitória Leonina e apuramento garantido para os oitavos-de-final da UEFA Europe League, Rúben Amorim, técnico verde e branco, esteve em conferência de imprensa para fazer o rescaldo da goleada na Dinamarca (0-4).

"Acima de tudo, marcar primeiro ajuda sempre. Mesmo assim, tenho a certeza que conseguimos fazer melhor. Acho que até entramos melhor em Alvalade, mas desta vez não perdemos bolas na construção e conseguimos marcar num canto. Ainda assim, tivemos uma oportunidade do Marcus [Edwards] onde podemos ser melhores. Defendemos bem os cantos, mas nas segundas bolas podíamos ter tido mais agressividade. Parece-me que fizemos um jogo onde controlámos o adversário, mas acho que a diferença nos detalhes do jogo foram um bocadinho sempre a nosso favor", começou por dizer aos jornalistas presentes na salada de imprensa do Arena Herning, acrescentando: "os detalhes fizeram toda a diferença neste jogo".

Seguidamente, o treinador elogiou na globalidade a postura da sua equipa, dando "os parabéns aos jogadores" pela missão cumprida "numa semana complicada com uma ida a Chaves, menos tempo para preparar este jogo e num momento complicado". "Fizemos por merecer, marcámos quatro golos, também com uma infelicidade de um adversário", completou.

Além disso, Amorim considerou que "os jogadores interpretaram bem o que se estava a passar e quiseram mesmo ganhar, no sentido de serem muito rigorosos", apontando já à recepção que se segue, para a Liga, ao GD Estoril Praia.

"Manter a nossa estabilidade e interpretar o jogo do GD Estoril Praia com a mesma maturidade de hoje. Acho que a grande diferença é imaginar como seria o nosso próximo jogo em casa, caso não tivéssemos passado, e como vai ser agora. Neste aspecto, acho que pode ajudar bastante no próximo encontro", sublinhou, antes de deixar uma mensagem de união: "O importante é nunca baixarmos a cabeça. Aconteça o que acontecer temos de ir sempre à luta. O caminho é em frente e temos de remar todos juntos, porque isto muda de um momento para o outro".

Depois, quando questionado sobre as ambições Leoninas na UEFA Europe League, o técnico verde e branco preferiu manter os pés no chão e reafirmou que o foco tem de ser jogo a jogo. "Somos um grande clube, mas há que ter noção da diferença no momento das equipas que estão em prova. Estamos a falar de equipas como o Arsenal FC, o Manchester United FC ou o FC Barcelona, etc. Não nos tira a ambição, queremos ganhar todos os jogos, mas há que ter noção disso. A nossa prioridade é o campeonato e, depois, quando chegar à altura, vamos querer ganhar o jogo independentemente do adversário", reforçou, continuando na mesma linha de pensamento. 

"Correr por fora às vezes é muito mais fácil. Não somos candidatos à UEFA Europe League, somos candidatos a vencer cada jogo", frisou, sem desvendar qualquer preferência no próximo adversário.

Já a nível individual, Rúben Amorim falou da prestação decisiva de Pedro Gonçalves - com dois golos -, da opção de Arthur Gomes a titular como ala esquerdo e ainda a importância do capitão Sebastián Coates dentro e fora de campo.

Primeiro, sobre 'Pote', afirmou que "dá rendimento e tem golo", mas "tem de continuar a trabalhar", reforçou. "Sabe todos os momentos do jogo, mas ainda tem muito para crescer. Não olho muito para a posição até porque o primeiro golo que marcou foi numa segunda bola e podia estar a médio e o outro bateu num adversário", disse.

Por sua vez, destacou a maior imprevisibilidade de Arthur Gomes: "Do jogo de Alvalade, uma das coisas que me ficou foi que precisávamos de um jogador de pé direito que fosse para dentro e para fora, porque muitas vezes quando chegávamos ao corredor, nem o Esgaio nem o Héctor são os jogadores que o [Pedro] Porro é em termos de tirar jogadores [da frente]. Às vezes temos de ter um jogador com essa qualidade de tentar desbloquear o jogo. Acabou por correr bem porque empurrou a equipa para a frente".

"Precisámos muito do Coates", referiria, por fim, continuando: "Já passou por momentos difíceis, é um estender do treinador em campo, mas acho que pode dar o passo seguinte. Como jogador acho que está muito melhor com bola, joga muito mais subido, da mesma forma que acho que pode ser mais interventivo com os colegas e mais agressivo até, no bom sentido".

Leões golearam FC Midtjylland e estão nos ‘oitavos’ (0-4)

Em Herning, na Dinamarca, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal visitou e venceu, esta quinta-feira, o FC Midtjylland por 0-4 para garantir a passagem aos oitavos-de-final da UEFA Europe League.

Depois do empate, em Alvalade, na primeira mão (1-1), os Leões de Rúben Amorim estavam obrigados a vencer e foi isso que fizeram de forma categórica, cumprindo a tendência Leonina na Dinamarca, onde o Sporting CP nunca perdeu nas competições europeias – seis jogos, quatro vitórias e dois empates.

Desta feita, com muito frio - sensação térmica a bater nos 0°C – e num Arena Herning bem composto (9576 espectadores em cerca de 11 mil lugares), a turma de Alvalade foi eficaz nos momentos certos e não deu hipóteses ao emblema nórdico: o capitão Sebastián Coates inaugurou o marcador numa fase muito disputada e, a seguir, uma expulsão na equipa adversária ainda antes do intervalo acabaria por desequilibrar definitivamente a partida. No segundo tempo, os Leões resolveram com solidez a eliminatória: Pedro Gonçalves ‘bisou’ e um auto-golo perto do fim selou a goleada. Desta forma, os Leões impuseram-se no frio covil dos ulvene (lobos em dinamarquês e alcunha do emblema local) e seguem em frente na Europa.

De início, Rúben Amorim voltou a mexer no onze e apresentou quatro alterações comparativamente àquele que começou o encontro vencido em Chaves (2-3) na passada segunda-feira: Jeremiah St. Juste, Ricardo Esgaio, Arthur Gomes e Hidemasa Morita foram titulares nos lugares de Ousmane Diomande - hoje perante a sua ex-equipa -, Héctor Bellerín, Nuno Santos e Francisco Trincão. Assim, com o regresso de Morita, Pedro Gonçalves subiu no terreno para o trio de ataque e voltou a fazer a diferença.

Do outro lado esteve um FC Midtjylland que chegava moralizado após a goleada (0-4) - e consequente subida ao quarto lugar – imposta ao Viborg FF, segundo classificado, no dérbi da Jutlândia Central, o qual marcou ainda o reinício da Liga em 2023 para o conjunto de Herning. Além disso, este embate europeu significou também o regresso do FC Midtjylland ao seu estádio, onde já não jogava há mais de três meses - desde o 7 de Novembro.

Já com a bola a rolar, seriam os dinamarqueses a somar as primeiras aproximações à baliza adversária, com Inácio a ter de intervir bem cedo e de forma decisiva já dentro da área. Embora a maior iniciativa com bola tivesse pertencido desde logo aos Leões, o FC Midtjylland – mais objectivo – continuou não só a dificultar a construção Leonina como também a rondar a área de Adán, que à passagem do quarto de hora de jogo teve de se mostrar atento a um cruzamento que se ‘envenenou’ em direcção à baliza.

No entanto, na primeira vez que o Sporting CP encontrou espaço para jogar saiu rápido para o ataque deixou um claro aviso, com Esgaio a rematar para defesa de Jonas Lössl, guardião da formação da casa. Sacudida essa pressão inicial, apareceu de imediato o golo verde e branco na sequência de um pontapé de canto: aproveitando uma falha defensiva dos nórdicos, St. Juste fez o primeiro remate, que acabou por bater na trave depois de um corte, mas seria o capitão Sebastián Coates a marcar, fazendo o mesmo que tinha feito em Alvalade, marcando, desta feita de cabeça e para colocar os Leões na frente do marcador e da eliminatória – e nas bancadas foram bem ruidosos os festejos dos cerca de 800 Sportinguistas presentes na Arena Herning.

Este golo aos 21 minutos chegou na melhor altura e foi o melhor tónico possível para os comandados por Amorim, que pouco depois voltariam a ameaçar em mais um pontapé de canto. No entanto, a resposta do FC Midtjylland surgiu e só uma rápida reacção de Esgaio, primeiro, e de Inácio, a seguir, impediram, à última hora, duas claras situações de golo.

Nesta fase, obrigados a reagir, os dinamarqueses orientados por Albert Capellas foram tendo mais posse de bola, mas o Sporting CP também se mostrou capaz nas transições: lançado em velocidade, Marcus Edwards correu quase sozinho todo o meio-campo adversário, mas não conseguiria concluir com um chapéu, travado por Lössl.

Já perto dos 40 minutos, tudo se complicou para o FC Midtjylland, quando o lateral Paulinho viu dois cartões amarelos em cerca de dois minutos e deixou a sua equipa com menos um elemento para o resto da partida. E o aproveitamento Leonino podia ter sido quase imediato, não tivesse sido bloqueado um prometedor remate de Pedro Gonçalves, o que fez com que o 0-1 seguisse para a segunda parte.

No regresso dos balneários, o amarelado Esgaio deu o lugar a Héctor Bellerín e, embora os lobos tivessem começado a ameaçar – Adán mostrou-se atento e seguro –, foram os Leões a mostrar mais eficácia, deitando rapidamente por terra a esperança nórdica. Primeiro, uma bela defesa até impediu o golo a Pedro Gonçalves, porém no canto que se seguiu o mesmo camisola 28 dos Leões caçou, de primeira e à meia-volta, uma bola perdida na esquina da área e atirou sem hipóteses para o 0-2.

Era difícil um reatamento melhor para a equipa de Amorim, que não esperou mais e trocou Hidemasa Morita pelo jovem Mateus Fernandes, que assim se estreou na UEFA Europa League. Daqui em diante, cada vez mais confortáveis no marcador e em campo, os Leões fizeram-se com as rédeas da partida, monopolizando a posse de bola. Nas bancadas era também grande a festa dos Sportinguistas, que apoiaram de forma ininterrupta e bem audível até ao fim.

Contudo, os esforçados nórdicos não pararam de lutar e à passagem da hora de jogo ficaram perto de marcar, mas mais uma vez Adán respondeu à altura ao desvio. De seguida, entraram Trincão e Nuno Santos para refrescar a formação verde e branca e, mais tarde, Mateo Tanlongo também, numa fase em que o jogo arrefeceu e não mais fugiria do controlo Leonino.

Seria então, já dentro da dentro do último quarto de hora, que os Leões assestariam um golpe decisivo no jogo e na eliminatória: novamente perto da esquina da área, Pedro Gonçalves rematou e, contando com um desvio decisivo num adversário, voltou a fazer balançar as redes – o seu 16º golo esta época.

A goleada e o passaporte Leoninos na UEFA Europe League, no entanto, só ficariam carimbados aos 85 minutos, quando num momento caricato Gartenmann atrasou, sem olhar, a bola para o seu guarda-redes e acabou por fazer um auto-golo na baliza deserta.

Missão cumprida na Dinamarca e, agora, para os Leões de Amorim segue-se o regresso à Liga Portugal, em Alvalade, frente ao GD Estoril Praia, esta segunda-feira (19h00). Antes disso, amanhã, sexta-feira, será feito o sorteio dos oitavos-de-final da UEFA Europe League, onde o Sporting CP ficará a conhecer o seu próximo adversário.

Sporting CP: Antonio Adán [GR], Ricardo Esgaio (Héctor Bellerín 46’), Jeremiah St. Juste, Sebastián Coates [C], Gonçalo Inácio, Arthur Gomes (Nuno Santos 65’), Manuel Ugarte (Mateo Tanlongo 78’), Hidemasa Morita (Mateus Fernandes 53’), Marcus Edwards (Franciso Trincão 65‘), Pedro Gonçalves e Paulinho.