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4.ª eliminatória da Taça de Portugal
16-01-2016 16:00
Sporting
5 - 0
Fundão
Resumo do Jogo

Pavilhão Municipal do Fundão

Árbitros: António Almeida e Sérgio Magalhães (Porto)

Ao intervalo: 3-0

SPORTING: Marcão, Caio Japa, Pedro Cary, Fábio Lima e Cavinato. Jogaram ainda: Diogo, Merlim, João Matos, Fortino, Djô, Paulinho e Alex

Treinador: Nuno Dias

Golos: Caio Japa (1’), Cavinato (2’), Fortino (7’ e 33’) e Marcão (35’)

Acção disciplinar: -

Fundão: Iago, Couto, Anilton, Teka e Tunha. Jogaram ainda: Eskerda, Liléu, Márcio Moreira, David Gomes e Bruno Serôdio

Treinador: Bruno Travassos

Golos: -

Acção disciplinar: cartão amarelo a Couto (24’), Anilton (24’) e Tunha (37’)

Crónica de Jogo

Jogada inaugural do encontro: Couto é o primeiro a tocar, a bola flui para a baliza do Sporting mas Tunha atrapalha-se, já na área. Cavinato não perde tempo. Toca para Fábio Lima enquanto ‘sprinta’ para a baliza contrária. Lima isola Caio na direita, que galga o corredor e bate Iago. Passam 22 segundos. E o marcador já dá vitória ‘leonina’. Pouco depois, o mesmo Tunha não aguenta a pressão de três (!) jogadores do Sporting, perde a bola para Fábio Lima, que faz piscinas pela ala esquerda e serve Cavinato, esquecido na zona central (‘esquecido’ não será o termo; os jogadores do Fundão não tiveram pernas para acompanhar a transição). 2-0, diz o ‘placard’. E só tinham passado dois minutos. 

Diz Camões: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades / muda-se o ser, muda-se a confiança”. Numa clara adulteração do soneto camoniano, diríamos qualquer coisa como: “Muda-se o palco (recordemo-nos da decisão do Conselho de Disciplina da FPF, tomada num ‘timing’ estranho, que baralhou as contas do sorteio e obrigou o Sporting a jogar no terreno adversário), mantém-se o espectáculo / muda-se a prova, mantém-se a confiança”. E de que maneira.

Voltemos ao jogo. O ‘placard’ assinala a passagem do sétimo minuto quando João Matos faz a paralela para Fortino que, na esquerda, atira ao primeiro poste (literalmente, porque a bola ainda lhe toca antes de entrar) e praticamente sentencia o encontro, ainda nem estava decorrida metade da primeira parte. Justiça seja feita, o Fundão deu luta. E, em cima do minuto três, criou outras tantas oportunidades: uma pelo azarado Tunha, que na cara de Marcão atirou ao lado; outra num remate de meia distância de Teka, que falhou o alvo; e ainda outra por Couto, que não deu a melhor sequência ao passe do irrequieto Teka – o mesmo que, ao minuto seis, cabeceou à trave, assistido por Márcio. Um minuto depois seria o 3-0 de Fortino e Bruno Travassos pedia pausa técnica para salvar o barco do naufrágio. Nada feito. No retorno, o Fundão manteve-se de linhas subidas e afoito à procura do golo (diríamos até que os beirões tiveram mais ocasiões de golo na primeira parte deste jogo do que em toda a final da Taça da Liga, uma semana antes), mas Anílton (13’ e 15’) permitiria duas grandes defesas a Marcão – que foi um guarda-redes assim como o seu nome, na forma aumentativa. Pelo meio, Diogo roubou a bola a Teka e rematou para defesa de Iago (12’) e Caio tentou o ‘chapéu’, mas o tiro saiu ao lado (17’).

No retorno do intervalo, a coisa mudou um pouco de figura e a equipa de Bruno Travassos tentou por tudo não ir ao fund(ã)o e dar réplica, assumindo a iniciativa atacante. Os ‘leões’, por seu lado, baixaram um pouco as linhas, mas nem por isso o rendimento. A equipa de Nuno Dias mostrou por ‘A+B’ que jogar bem nem  sempre é jogar bonito (embora na maioria do tempo até o tenha feito) e, una e coesa, geriu o jogo, foi exímia a defender e anulou ofensivamente o adversário, que teve mais bola mas não existiu, em termos atacantes, na etapa complementar. A nove minutos do fim, Travassos lançou o ‘tudo por tudo’ – que é como quem diz, colocou Couto como guarda-redes avançado. O capitão ainda atirou ao poste, na única oportunidade fundanense na segunda parte, e depois eclipsou-se, como os restantes colegas. O Sporting, guloso de marcar mais, chegou à mão cheia – cortesia de Marcão. No quarto golo, enviou a bola directa para a cabeça de Fortino, que aproveitou o adiantamento de Couto, e no quinto chutou ele de baliza a baliza. E quem ganha assim não é gago.