Coliseu recebeu a IV Gala Honoris Sporting marcada não apenas pela distinção dos melhores do ano, como de todas as novidades para a próxima época

São os óscares leoninos do ano, com as distinções aos que, nas suas especialidades, se evidenciaram ao serviço do leão rampante. Uma noite não apenas de galardões, mas também de novidades no universo verde e branco. Desde logo com a apresentação de um dos produtos carregados com mais nostalgia: a réplica da camisola com que Hector Yazalde conquistou a Bota de Ouro na época de 1973/74. Modelo? O romeno Marius Niculae que, mesmo antes de referir que aquela era uma camisola muito pesada pelo golos que significaram, um desejo: "Quero o Sporting CP campeão este ano".

O primeiro momento musical, a cargo do grupo Supporting, foi também um dos mais emotivos da noite. O vocalista, Pedro Marques, lembrou com saudade o desaparecimento do seu pai, Vítor Araújo, que estava nomeado para Sócio do Ano, e que instantes depois viria a ser confirmado como um dos vencedores.

Uma das novidades para a próxima temporada é o regresso do voleibol. Miguel Maia, o verdadeiro cabeça-de-cartaz da nova secção leonina, foi ao palco arrancar a merecida salva de palmas ao relembrar a história fazendo a ponte com os objectivos imediatos: "A última vez que aqui estive fui tricampeão nacional. Voltei com a meta de voltar a ser campeão".

Também a ginástica teve o seu momento na IV Gala Honoris Sporting. A classe origami exibiu o número de apresentação do Sarau "Sporting Tem Talento", o mesmo que no passado fim-de-semana teve três sessões na Aula Magna, em Lisboa. A receptividade do público foi a mesma. E ainda não tinha decorrido o momento especial de homenagear os 50 anos da professora Olga Alves ao serviço do Sporting CP. Esse foi outro dos tempos emotivos, já que nem os agradecimentos da homenageada chegaram ao fim pela comoção. Natural. Também Nuno Cristóvão, vencedor na categoria de Treinador do Ano, na altura das dedicatórias, notou-se um embargo da voz. Mesmo assim, até quem geralmente não aparece destacado, como os funcionários da Academia Sporting, foram mencionados pelo técnico das seniores femininas campeãs.

Seguiu-se, então, um dos momentos aguardados. A apresentação dos equipamentos levaram ao palco os guarda-redes Luís Maximiano (futebol); Ângelo Girão (hóquei em patins); e Matej Asanin (andebol); e os jogadores Pedro Portela, Frankis Carol (andebol); Djô, João Matos (futsal); João Pinto (hóquei em patins); e Leonardo Ruiz (futebol). No final e chamado o Presidente Bruno de Carvalho ao palco, voltou a entoar-se o cântico que tornou tão especial a conquista do título nacional pela equipa de andebol, no final do encontro frente ao Benfica.

Antes do pano cair sobre o palco, e porque já passava da meia-noite, com todo o Conselho Directivo presente – após a entrega dos prémios de categorias especiais – o merecido bolo de aniversário para serem apagadas as velas relativas aos 111 anos que o Sporting Clube de Portugal cumpre este sábado.

A noite dos galardões Honoris Sporting contou ainda com um momento de canto lírico, a cargo de Emanuel Mendes, tornado-a assim ainda mais vibrante. Não apenas pelas distinções, mas porque, no final, voltaram a ganhar todos os Sportinguistas.