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Ver lá fora o que não querem cá dentro

Por Jornal Sporting
05 Nov, 2015

'The Sun' coloca Peyroteo como o maior jogador português de sempre

Se o estimado leitor reparar nas edições do Jornal Sporting do último ano, dificilmente irá encontrar um número que não tenha o nome de Fernando Peyroteo. Por um lado, o avançado tem um manancial brutal de efemérides para explorar – afinal estamos a falar de alguém com uma média de 1,6 golos por jogo durante 12 temporadas de ‘leão’ ao peito. Depois, e por uma questão de coerência, qualquer lançamento de jogo do Campeonato faz referência ao dianteiro, ou não fosse ele o maior goleador português de todos os tempos (com o Arouca não entra na contabilidade porque... nunca o defrontou). Esta semana, a ‘surpresa’ acabou por vir de Inglaterra: o jornal ‘The Sun’ dedicou um extenso (e justíssimo) artigo ao internacional português.

“Acha que sabe quem é o maior jogador português de sempre? Pense outra vez. Não é Eusébio. Não é sequer Cristiano Ronaldo. É um homem nascido em Humpata, Angola, e o seu nome é Fernando Peyroteo”, escreve a publicação no início do artigo que faz parte do caderno de desporto. “Ele é, oficialmente, o maior jogador português de sempre. Por estarmos tão obcecados em ‘trolling’, ‘tinder’ e ‘tekkers’ (n.d.r. expressões ligadas a actos mais superficiais e imediatos), os incríveis feitos de Peyroteo foram quase completamente apagados da história”, acrescenta, antes de fazer um resumo biográfico da vida de Peyroteo, dos primeiros tempos em Angola à viagem para Lisboa para representar o Sporting.

“Mais tarde, responsáveis de FC Porto e Benfica tentaram elevar o negócio com melhores ofertas financeiras mas Peyroteo – um homem de palavra – manteve-se fiel. Logo na primeira temporada, estabeleceu um novo recorde que ainda hoje se mantém, ao marcar em dez partidas consecutivas no final da temporada de 1938/39. Só aí, marcou 31 golos. Mais do que um ‘hat-trick’ por jogo durante dez jogos seguidos na primeira época no novo Clube. ‘Woof!’”, salienta o ‘The Sun’, que recupera também a declaração de Cândido de Oliveira – “foi o mais notável avançado português” – e os dois jogos já como seleccionador onde deu a primeira internacionalização ao jovem... Eusébio.

“No seu centenário, Portugal fez uma grande gala para homenagear as maiores lendas do futebol. Luís Figo esteve lá. Cristiano Ronaldo foi nomeado ‘Jogador do Século’. José Mourinho ganhou alguma coisa. Atribuíram um prémio de platina a Eusébio. Peyroteo não integrou sequer o ‘Melhor Onze do Século’. Que vergonha, Federação Portuguesa de Futebol. O teu país pode ter-te deserdado mas nós não o fazemos”, conclui o trabalho do jornal britânico.