Entrevista com Nuno Graça Dias a propósito da nova grelha da Sporting TV

Um canal de televisão pode ser como um corpo humano. E que como qualquer corpo, se não fizer exercício fica perro, ganha artroses. Confuso? Nuno Graça Dias, director da Sporting TV, gosta de metáforas. E recorre a uma delas para explicar a renovação da grelha de programação do Canal do Clube, que está a ser levada a cabo desde a semana passada. “Mudámos a grelha em Outubro e já estamos a mudar no arranque de Março? Acho que um projecto de televisão que se acomoda meses, anos, sem fazer reajustes, e que só os faz quando os outros mudam, é um projecto que tem alguns bicos de papagaio ou algumas artroses. E como acho que a Sporting TV não pode ficar com bicos de papagaio ou artroses, precisa de estar sempre a fazer exercício físico para cuidar da saúde. Por isso vamos voltar a mudar a grelha agora. Se há coisas que não estão a resultar, vamos organizar a casa e mudar”, explica o responsável.

As duas reformulações são complementares e esta, a mais recente, é um passo à frente para olear a máquina rumo à visão de um Canal que, embora privado, pode prestar serviço público. “Como dizia alguém com quem me cruzei no arranque do meu estágio na SIC, e que fez com que eu ficasse depois na SIC Notícias, chamado Emídio Rangel, ‘a televisão é sempre serviço público, seja privada ou pública’. Mas só há serviço público com público. Esta é uma estação de serviço para o público Sportinguista, porque tenho de ir ao encontro dele. E quero estar o mais próximo possível dele”, garante Nuno Graça Dias.

Toda a nova programação é, por isso, orientada em torno de uma visão de proximidade com o público, da busca de mais histórias, mais reportagens (e com ângulos menos óbvios), mais entrevistas, mais opinião, e um olhar mais atento – não só sobre o Clube mas sobre o Mundo. “Um Sportinguista não é só um Sportinguista. Por isso, se conseguirmos discutir alguns problemas do País na Sporting TV, com Sportinguistas, é uma mais-valia”, sustenta o responsável. Para concretizá-lo, recorre-se não só a novos programas, como também a uma nova abordagem na forma de tratar os assuntos. “Podemos ir mais cedo para um serviço, tentar captar outras imagens, fazer mais entrevistas. No bloco noticioso, até pode sair a entrevista mais institucional, mas se chegarmos mais cedo ou sairmos mais tarde, podemos dar conteúdo que os outros não dão, tornar visível coisas que se fazem no Clube”.

Leia a reportagem completa, assim como os destaques da nova grelha do Canal, nesta edição do Jornal Sporting, que já está nas bancas.