A vida a regressar à normalidade
02 Ago, 2018
Editorial do director interino para a edição n.º 3.687
Esta será a última edição antes de serem definitivamente conhecidas todas as listas candidatas às eleições, que terão lugar no dia 8 de Setembro. O prazo de 8 de Agosto irá colocar um ponto final na discussão, muitas vezes estéril, de nomes que avançam e recuam, alguns deles apenas alimentados como balão de ensaio a potenciais vagas de apoio que acabam por nunca surgir e, assim, deitar por terra as melhores das intenções de quaisquer figuras do universo leonino.
Todos os actos eleitorais são importantes na medida em que determinam o futuro, a curto e médio prazo, do Clube, mas tal como os treinadores admitem que o desafio seguinte é sempre o mais importante – para não se pensar por antecipação e queimar etapas que podem revelar-se cruciais no caminho a seguir –, também estas eleições podem e devem servir para a pacificação interna, dentro do respeito democrático de aceitação dos resultados, independentemente de ser ou não do agrado de cada um.
É a vida a regressar à normalidade, até porque o defeso está a terminar e há um campeonato para vencer. Um, não. Vários. A equipa de futebol regressou a casa, no primeiro encontro da época e que serviu de apresentação do plantel à família leonina. Um dia que acabou por não se resumir apenas ao futebol, trazendo Sócios e adeptos à cidade Sporting, não só às instalações das quais tanto nos orgulhamos, mas também aos valores intangíveis associados aos atletas que representam o emblema de Alvalade. Os capitães de equipa Carlos Carneiro (andebol); Miguel Maia (voleibol); João Matos (futsal); e João Pinto (hóquei em patins, dando depois lugar a Caio); estiveram no Pavilhão João Rocha para confraternizar com quem perdeu vários minutos em fila para entrar. O campo adjacente ao Pavilhão, em frente à Loja Verde, acolheu miúdos e graúdos em actividades, que acabaram por se prolongar já dentro do Estádio, depois da abertura de portas duas horas antes de se entrar em campo para defrontar o Marselha.
O empate acabou por não manchar a festa que se adivinhava. Afinal, as apresentações marcam invariavelmente o renascer da esperança de mais uma época que se quer de sucesso, em tudo idêntica à anterior das modalidades, nas quais não nos escapou um único título maior dos nacionais em disputa.
É a vida a regressar à normalidade. Agosto não é apenas o mês do arranque do campeonato de futebol. É também o mês da Volta a Portugal, que ontem teve o seu começo em Setúbal e a qual conta, naturalmente, com a participação da formação Sporting CP/Tavira, orientada por Vidal Fitas, desta feita com Joni Brandão na máxima força para poder fazer sonhar os amantes da mais importante prova do calendário velocipédico nacional. E português, o que seria só mais um motivo de orgulho e satisfação para todo o País.
Por último, mas claramente não menos importante, destaque para o título mundial do atirador leonino Pedro Serralheiro, que em Barcelona alcançou o feito na categoria de bench rest 50m hunter. Cada vez mais se confirma a superação do sonho do fundador, de querer ter um Sporting tão grande como os maiores da Europa. O Velho Continente parece ser pequeno para a real dimensão do Clube. Isto é o Sporting!