Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now

×

Foto D.R.

O melhor do Mundo

Por Jornal Sporting
27 Set, 2018

Editorial do director interino para a edição 3.695

Não há membro da família leonina que não considere o Sporting como o melhor Clube do Mundo. Não por vaidade, mas com orgulho. Os 112 anos de história, repletos de feitos inigualáveis, têm vindo a encher as memórias de acontecimentos que marcam não apenas a glória do leão rampante mas também a do próprio país. Defender as cores nacionais é uma extensão do trabalho que cada atleta desenvolve diariamente para estar preparado para a superação a qualquer momento, em qualquer palco.

No passado sábado, em Veneza, Tiago Santos sagrou-se campeão do Mundo de kickboxing, na categoria de -63,5kgs, no escalão júnior. Seguiu, assim, as pisadas de outra referência da modalidade, no Clube e no país, que em 1994 alcançou o mesmo título – ao que juntou também o de campeão intercontinental, Fernando Fernandes, cujo cinto é um dos artigos que não pode deixar de ser visto no Museu Sporting, qual árvore com os frutos do Esforço, Dedicação e Devoção de todos os que superaram a concorrência com o seu valor em representação do Sporting Clube de Portugal. Em Coimbra, há um jovem de 18 anos que, na sua modalidade, não tem melhor do que ele em todo o Mundo e esse é um estatuto que não está ao alcance de qualquer um.

No plano mais doméstico, mas igualmente assinalável, esteve João Mansos, de 24 anos, que proporcionou ao Sporting o primeiro título no triatlo. A história, contada na página 29, é mais um exemplo da superação. No seu caso, uma luta interior, como o próprio explica, quando se deu a passagem do ciclismo para a corrida. Há adversidades que servem para espicaçar o já elevado espírito competitivo de quem vive para ser o melhor, preferindo ignorar as vozes interiores que, por vezes, sussurram 'não serás capaz'.

O reconhecimento natural do valor de cada atleta aparece plasmado nos resultados e, no caso dos excepcionais, gravado no currículo que se vai construindo ao longo das carreiras. O melhor jogador de futebol do Mundo, indubitavelmente ligado ao Sporting para o resto da sua vida, viu-lhe ser negado qualquer prémio na Gala da FIFA. Nem sequer o Puskas, para o melhor golo, com aquela bicicleta oferecida ao Mundo, nos quartos-de-final da maior, melhor e mais prestigiada competição do planeta e frente a uma das maiores referências da baliza da actualidade. Os números de Cristiano Ronaldo – que já há muito entrou no registo de bater os seus próprios recordes – não estão dependentes de escolhas subjectivas, muitas vezes ligadas a amores e ódios. No que diz respeito a clubes, ser o mais poderoso não é, necessariamente, condição para se ser o melhor. 

Por último e – mais uma vez – não menos importante, o episódio que fez o nome do Sporting correr o Mundo no passado fim-de-semana. Ainda hoje muitos tentam perceber como foi possível aquele golo de Carlos Ruesga, que selou a vitória na segunda jornada da Liga dos Campeões, na Rússia. Fez lembrar a forma como os juvenis de andebol garantiram o título nacional, em Braga, frente ao ABC. A diferença está na acrobacia a que o central espanhol recorreu para atingir a glória desejada. O gesto técnico é de tal forma impressionante que deixou qualquer um, Sportinguista ou não, de boca aberta. Aos 33 anos, Ruesga continua a ser um profissional de mão cheia. O golo é a ponta do icebergue. Se terminar a carreira em Alvalade e houver o reconhecimento ao contributo que tem dado à equipa e a glória que tem proporcionado ao Clube, a melhor forma de o homenagear será eternizar aquela queda calculada para a vitória, de nota artística incalculável. Isto é o Sporting!