"É preciso paixão pelo futebol, independentemente da divisão. Depois, as tuas capacidades é que vão direccionar a tua carreira, mas com paixão atinges os teus objectivos. Um treinador é um criador, foi assim que me formei. Como tal, não há livros que digam como vamos ser campeões", vincou. 

 

Para abordar os métodos utilizados na actualidade, Jorge Jesus recorreu a um exemplo antigo, relembrando os tempos em que era jogador do Riopele, na época de 1977/1978. "Hoje, a forma como treinamos, a metodologia, é completamente diferente. Um dos meus técnicos, o senhor Ferreirinha, tinha um exercício que fazíamos todos os dias: 'ténis-balão'. Era um jogo com balizas pequenas onde éramos obrigados a fazer 5x5. Actualmente, sou treinador e analisando aquele exercício... Era bom para dar qualidade à equipa, mas não sei se o senhor Ferreirinha tinha noção do rendimento e objectividade. Ainda faço o 'ténis-balão', pois obriga os atletas a pensarem rápido. É óbvio que vou buscar coisas a alguns treinadores que tive", concluiu. 

 

De referir, também, que a ANTF premiou Ferreirinha com o Prémio Homenagem, devido à sua carreira no futebol português. Em tom de brincadeira, Jesus disse: "Com Ferreirinha, que foi meu treinador na 1.ª Divisão no Riopele, era Jesus e mais 10".