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Uma vez para ver, outras sete para ganhar

Por Jornal Sporting
07 Ago, 2015

Conheça o historial e as sete vitórias do Sporting na Supertaça

O Sporting é a equipa nacional com melhor performance na história da Supertaça, somando um total de 87,5% de vitórias na competição que abre a temporada oficial do calendário português: depois da derrota a duas mãos frente ao Benfica em 1980, os ‘leões’ somam já sete triunfos seguidos frente a Sp. Braga, Benfica, FC Porto e Leixões.

Recorde todas as participações do conjunto ‘verde e branco’ na prova:


1980/81: SPORTING-Benfica, 2-2 (casa) e 1-2 (fora)

Na temporada de todos os azares, a sorte foi preparar o ano seguinte. Depois da grande temporada de 79/80 com a conquista do Campeonato Nacional, o Sporting decidiu mexer pouco mas pareceu atrair o azar ao longo de toda a época: do AVC de Artur Correia quando se preparava para voltar dos Estados Unidos no Verão aos sucessivos desaires na Liga, os ‘leões’ não tiveram um ano positivo e nem a Supertaça com o Benfica, disputada entre Setembro e Outubro, fugiu a essa sina: na primeira mão, os comandados de Rodrigues Dias ainda recuperaram do 0-2 ao intervalo para uma igualdade a duas bolas; na Luz, após o golo de Jordão, Fidalgo defendeu um ‘penalty’ de Alves mas Nené empatou na recarga e, a três minutos do final, Vital sentenciou o resultado do único ‘derby’ de 80/81 que não acabou empatado. Ainda assim, houve um mérito: cedo João Rocha começou a preparar a temporada seguinte, apostando no talento de Oliveira com os resultados conhecidos.


1982/83: SPORTING-Sp. Braga, 1-2 (fora) e 6-1 (casa)

Seis golos para fazer o pleno. A primeira mão até não tinha corrido de feição para a equipa na altura já comandada pelo jogador-treinador Oliveira (1-2, em Outubro) mas o Sporting precisou apenas de nove minutos em Alvalade para, em dia de Restauração da Independência (1 de Dezembro) passar para a frente rumo a uma goleada marcante: 6-1, com ‘hat-trick’ de Manuel Fernandes, bis de Jordão e mais um tento de Lito. Foi a quinta dobradinha dos ‘leões’ a começar da melhor forma uma temporada que acabaria sem qualquer outro título conquistado pelo Sporting.


1987/88: SPORTING-Benfica, 3-0 (fora) e 1-0 (casa)

Uma vingança fria e em dose dupla. 1986/87 tinha sido uma época agridoce: por um lado, ficou na história o 7-1 na recepção ao Benfica, em Dezembro, imortalizada pelo ‘poker’ de Manuel Fernandes; por outro, a temporada tinha terminado com uma derrota no Jamor por 2-1 frente ao eterno rival com dois golos de Diamantino. A Supertaça foi uma espécie de tira-teimas que não deixou margem para dúvidas: a 6 de Dezembro, os pupilos de Keith Burkinshaw foram ganhar 3-0 à Luz na primeira mão e confirmaram o triunfo na Supertaça duas semanas depois, em Alvalade (1-0).


1995/96: SPORTING-FC Porto, 0-0 (casa), 2-2 (fora) e 3-0 (neutro)

Não foi em Lisboa nem no Porto: a história acabou escrita em Paris. O ‘leão’ voltou a ser rei na Supertaça em 1996, no Parque dos Príncipes de Paris, naquela que foi a primeira vez que um troféu nacional foi conquistado fora do País. A vitória por 3-0 na ‘negra’, com um bis de Ricardo Sá Pinto mais um golo de Carlos Xavier, não deixou margem para dúvidas mas, antes dessa partida já dirigida por Octávio Machado, o conjunto ‘verde e branco’ orientado por Carlos Queiroz somou dois empates com o FC Porto: primeiro em Alvalade, a zero, num encontro que terminou com apenas nove jogadores para cada lado depois das expulsões de Emerson, Sá Pinto, Mielcarski e Pedro Martins; depois nas Antas, também em Agosto, com golos de Naybet e Ouattara (numa jogada individual fabulosa em que fintou tudo o que lhe apareceu à frente) a responderem ao bis de Domingos. Como curiosidade, Oceano terminou na baliza após expulsão de Costinha.


2000/01: SPORTING-FC Porto, 1-1 (fora), 0-0 (casa) e 1-0 (neutro)

O costume: Schmeichel a defender, Acosta a marcar e mais dois vermelhos para a conta. O reencontro com o FC Porto na Supertaça teve muitas parecenças em relação a 1996: foi necessário terceiro encontro depois de dois empates; houve muita polémica à mistura; e ganhou... o Sporting. O primeiro jogo, nas Antas, em Agosto, tinha tudo para acabar com a vitória dos ‘leões’ mas um golo de Alenitchev aos 89 minutos anulou o tento de Acosta aos 59’; a segunda partida, em Alvalade, em Janeiro, terminou com um nulo apesar de Paulinho Santos ter sido novamente expulso por acumulação de cartões amarelos no decorrer da segunda parte. Tudo ficou adiado para um terceiro jogo em Coimbra, dirigido pelo viseense Isidoro Rodrigues, onde acabou por imperar a eficácia dos 11 metros: Schmeichel defendeu uma grande penalidade de Deco logo aos seis minutos; Acosta não deu hipóteses a Ovchinikov na transformação de um ‘penalty’ aos 31 minutos; e não mais a equipa comandada por Manuel Fernandes perdeu a vantagem no marcador, mesmo reduzida a dez desde os 73 minutos, altura em que Beto foi expulso (Jorge Costa seguiu o mesmo caminho dois minutos depois). Mais um troféu para juntar ao Campeonato de 1999/00.


2002/03: SPORTING-Leixões, 5-1 (neutro)

Começar como se tinha acabado: a ganhar! A pré-temporada do campeão nacional tinha sido marcada pela agitação à volta de Jardel, o ponta-de-lança que apontara 55 golos na temporada anterior e que parecia não querer regressar a Lisboa (entre muitos outros problemas), mas nada afectou o conjunto ‘leonino’ na preparação para a Supertaça frente ao Leixões, equipa que militava na 2.ª Divisão B nacional e que era orientada por Carlos Carvalhal. O Estádio do Bonfim recebeu o ‘remake’ da final da Taça de Portugal de 2002 e a festa continuou a ser feita de ‘verde e branco’, desta feita com números mais expressivos. Ricardo Fernandes, médio contratado ao Freamunde que viria a ser trocado no final da temporada com o FC Porto por Clayton, abriu o activo à meia hora, tendo ainda desperdiçado uma grande penalidade antes do intervalo. No segundo tempo, já com ambas as formações reduzidas a dez unidades (vermelhos a José António e Beto), os comandados de Laszlo Bölöni carragegaram no acelerador e foram dilatando a vantagem com golos de Niculae, Kutuzov (avançado bielorrusso cedido pelo AC Milan que fazia a estreia), Ricardo Fernandes e Carlos Martins, apenas atenuado no penúltimo minuto regulamentar pelo dianteiro Antchouet. A época começou como tinha terminado a anterior mas esse seria o único motivo para festejar na temporada...


2007/08: SPORTING-FC Porto, 1-0 (neutro)

Uma bomba do frio para quebrar a cortina. A pior coisa que pode acontecer a um treinador é preparar uma surpresa durante a semana e, de repente, a mesma ficar anulada por infortúnio. Foi isso que aconteceu a Paulo Bento, que decidiu arriscar Pedro Silva a lateral esquerdo até o brasileiro contrair uma rotura de ligamentos logo aos dez minutos, sendo substituído por Ronny. Ainda assim, a Supertaça de 2007 disputada em Leiria – naquela que foi a primeira de três finais entre ‘leões’ e FC Porto em apenas um ano, sempre com a vitória a sorrir aos ‘verde e brancos’ – acabou por ser conquistada com a ajuda de uma espécie de herói improvável chamado Izmailov: o russo, que fazia o encontro de estreia em Portugal e que esteve para sair à meia hora de jogo devido a um problema no tornozelo, decidiu a partida com uma autêntica bomba bem longe da baliza aos 75 minutos, sem hipóteses para Helton. Em paralelo, este foi um encontro que acabou por confirmar a qualidade de Miguel Veloso como dono e senhor do meio-campo: depois do desaire no clássico do Campeonato anterior, Jesualdo Ferreira tentou travar o ‘6’ do Sporting fazendo descair Lisandro López para aquela zona do terreno em missão defensiva mas o esquerdino acabou por levar sempre a melhor. Até ao final da época, os ‘leões’ estariam em mais duas finais, perdendo a Taça da Liga frente ao V. Setúbal no Algarve nas grandes penalidades e ganhando a Taça de Portugal ao FC Porto no prolongamento.


2008/09: SPORTING-FC Porto, 2-0 (neutro)

Os pés de Yannick e as mãos de Rui Patrício. A história acaba sempre por se repetir e, apenas um ano depois, o Sporting voltou a conquistar a Supertaça frente ao FC Porto, no Algarve, com uma vitória por 2-0. Sem Liedson, ainda a recuperar de uma operação ao joelho que o tinha afastado da final da Taça de Portugal frente aos ‘dragões’ – aí foi Rodrigo Tiuí que brilhou, entrando no prolongamento para bisar –, Paulo Bento entregou o ataque à dupla Derlei-Yannick e o último resolveu com um golo em cada parte, surgindo de forma oportuna na área para rematar com êxito em duas jogadas onde a bola ficou a pingar em zona proibida. O encontro teve muitos traços de partida de pré-temporada com alguns reforços à mistura (Caneira, Rochemback e Postiga, do lado ‘leonino’) mas a outra grande figura acabaria por ser Rui Patrício, que brilhou aos 72 minutos ao travar uma grande penalidade apontada por Lucho González numa altura em que os portistas já estavam com Raul Meireles, Candeias, Cristian Rodríguez, Lisandro López e Hulk lançados na frente. Em Março de 2009, os ‘leões’ voltariam ao Estádio do Algarve para defrontarem o Benfica na final da Taça da Liga, ‘inquinada’ por uma grande penalidade inexistente que levou tudo para o desempate por ‘penalties’. Este seria também o último troféu até à conquista da última Taça de Portugal em Maio.