Declarações de Jorge Jesus após goleada sobre o Arouca (5-1)

O Sporting CP goleou o Arouca por 5-1, num jogo onde traduziu para o resultado o caudal ofensivo produzido em campo, ao longo dos 90 minutos. Jorge Jesus fez questão de lembrar que a superioridade ‘leonina’ tem sido uma constante nos últimos jogos, mas que, desta feita, a diferença esteve na objectividade.

“Temos demonstrado, ao longo de todo o Campeonato e neste último terço, que só não conseguimos ganhar por mera infelicidade porque fomos sempre melhores que os nosso adversários. Tanto em Guimarães, como aqui, no nosso Estádio, com o nosso rival. A equipa tem dado mostras disso. Hoje, jogámos contra o quinto classificado, que não sofria golos há cinco jogos. É uma equipa que defende bem, mas nós fomos uma equipa muito objectiva. Há jogos em que isso não acontece, mas o futebol é assim e conseguimos vencer, que era o grande objectivo. Por 1-0, 3-0 ou 5-1... Assim é melhor, foi com qualidade, com momentos de grande classe do Sporting CP contra uma equipa muito bem trabalhada, com qualidade e jogadores que merecem um cuidado especial pela criatividade e os contra-golpes. Não deixámos que o Arouca fizesse isso”, explicou, acrescentando que, aconteça o que acontecer até final do Campeonato, esta época já ficou marcada por uma grande conquista - o regresso da identidade do Sporting Clube de Portugal: “Vencemos e os adeptos mereciam que vencêssemos por uma margem folgada. Está bem que o Campeonato é para sofrer e vamos continuar até ao fim porque os campeões só se fazem com sofrimento. Mais uma vez, para os adeptos, foi uma demonstraçãoo da força do Sporting CP. Para além das conquistas, das vitórias e de estarmos a disputar o primeiro lugar, há um dado que, aconteça o que acontecer, o Sporting CP já garantiu: a sua identidade e o seu orgulho. Voltou a ser, em adeptos, o que era no passado e essa vitória já ninguém tira ao Presidente e à equipa”.

O resultado dos rivais pouco importa a Jorge Jesus, assim como a reacção de Slimani após a substituição, a meio do segundo tempo.

“O nosso trabalho foi feito. Claro que sabemos que, tal como quando jogamos fora temos mais dificuldades, os nossos rivais também podem ter, mas não quer dizer que não vençam. O Campeonato é assim, vamos ver. Já fizemos o nosso trabalho e agora vamos ver o que os nossos adversários vão fazer”, afirmou, atirando sobre o momento da substituição do avançado argelino: “Foi uma reacção normal. Nenhum jogador quer sair ele ainda sonha ser o melhor marcador do Campeonato, mas o que ele pensa e diz vale zero. No Sporting CP quem manda sou eu. Ele vai obedecer sempre às minha decisões, com azia ou sem azia. Nos dias em que tiver azia dou-lhe 'kompensan'. Sei como trabalhar em cima destas questões porque são normais nos jogadores. Ele vai continuar a jogar, mas, no dia em que eu quiser tirá-lo aos dois minutos de jogo, tiro-o porque quem manda aqui sou eu”.