Jorge Jesus em antevisão para Paços de Ferreira com conferência de imprensa marcada pelas agitações de mercado

O treinador do Sporting CP, Jorge Jesus, apresentou-se no auditório Artur Agostinho, no estádio José Alvalade, para fazer uma antevisão ao encontro de amanhã, em Paços de Ferreira, mas o foco esteve centrado nas movimentações de mercado. Primeiro, o adversário da 2.ª jornada: "O Paços de Ferreira tem-nos habituado a ser uma equipa muito competitiva. Não é fácil jogar no Estádio da Mata, pela intensidade que a equipa coloca em jogo, sobretudo defensivamente. O Sporting também sabe que é assim: em todos os jogos vai ser assim. Temos de ter argumentos para ultrapassar isso, respeitando sempre o adversário e a acreditar que temos capacidade e valor para sair de Paços com os três pontos".

As perguntas seguintes divergiram para as entradas e saídas que têm ocupado páginas e tempo de antena na Comunicação Social. "Tenho-os visto muito bem. Trabalham comigo todos os dias e é isso que quero. Têm trabalhado dentro do que é a normalidade. As opções serão feitas por mim e por isso é que o Slimani, depois de cumprir castigo, será convocado. Isto não é novidade, são muitos anos a ter de perceber estas situações de mercado, principalmente no mês de Agosto. Já no ano passado tínhamos estes problemas, os jogadores são sempre muito valorzados. É preciso saber estar nestas situações de mercado, defendendo os interesses do clube e dos jogadores. Durante este mês tem-se especulado muito sobre os jogadores. O Sporting CP é um clube apetecido. Muitos gostavam de servir o Sporting. Quando se fala em jogadores para o Sporting e eu os referencio, normalmente vão parar ao Benfica e ao FC Porto. Sou o melhor scouting desses clubes", explicou, quando questionado sobre a possibilidade de se contratar André".

A realidade é que os impasses nas possíveis vendas pode colocar em causa o equilíbrio dos próprios jogadores e, por consequência, da equipa. No entanto, o técnico leonino sabe como lidar com a situação: "Tenho em conta, claro. Não apenas para os jogadores, mas para mim também, que não é nada de novo. Nem fácil. Mas quem já passou por isso sabe como ultrapassar. O importante é defender os interesses de todos. É normal. Uns dias mais aborrecidos, outros mais felizes. Estou habituado a que isto aconteça. As possíveis vendas reflectem a qualidade da minha equipa técnica, mas essa é uma área do Presidente, cabe a ele decidir. O meu trabalho é tentar valorizar os jogadores, quer indivudual quer colectivamente, e depois paga-se o preço do sucesso. Fico satisfeito que as coisaas sejam assim".

Ainda assim, Jorge Jesus afirmou estar ansioso pelo fim do mês. "Claro. Onde trabalho, são clubes vendedores e não compradores. É natural e normal que quero que este mês chegue depressa para estabilizar plantel e equipa, apesar de já estar. Há é sempre um mas... Tem de se saber trabalhar. Isto faz parte do jogo e temos de saber jogadr com este tema".

Tendo ainda decorrido apenas a jornada inaugural, o treinador verde e branco não se adiantou em qualquer análise a nenhum adversário: "As equipas estão todas à procura do seu caminho, da sua melhor forma, identidade. Ninguém se destaca e todos vão fazer o seu percurso jogo a jogo. Neste momento, não tenho capacidade para avaliar quem quer que seja por não haver matéria para saber quem está melhor", remata.