Sporting CP soma a segunda vitória no campeonato ao bater o Paços de Ferreira por 1-0

Um arranque a todo o gás. Não há como o negar e as contas são fáceis de fazer: dois jogos, duas vitórias, três golos marcados e nenhum sofrido. Como diria Jorge Jesus: "limpinho". Sem dúvidas a assinalar na parte teórica, passamos a bola para o relvado. O da Capital do Móvel, claro, onde um golo do capitão Adrien deu uma importante vitória ao Sporting CP (1-0) antes da recepção ao FC Porto, no próximo fim-de-semana, em Alvalade.

E vão 11 triunfos consecutivos no campeonato para os leões, seis seguidos se apenas tivermos em conta os encontros disputados longe de casa. Melhor: os pupilos de Jesus não sofreram nenhum golo nos últimos quatro jogos. Um dado estatístico que o Paços de Ferreira bem tentou anular, num campo tradicionalmente complicado para a equipa verde e branca.

Logo aos 10 minutos, chegou o primeiro sinal de perigo dos castores, com um remate do ‘meio da rua’ de Mateus Silva. Com muita força, mas com pouca pontaria. A bola saiu por cima da baliza de Rui Patrício.

A resposta do Sporting CP não tardou, já que dois minutos depois, após um canto de Bruno César, apenas um corte providencial de Filipe Ferreira, já dentro da área, impediu Slimani, que se preparava para rematar, de abrir o marcador da partida.

O jogo estava bastante repartido a meio-campo e o ritmo de tirada-resposta não baixou. Aos 26 minutos, um livre ‘traiçoeiro’ de pedrinho, encostado à esquerda, voltou a testar atenção de Patrício. Logo a seguir, os leões responderam com uma jogada de ‘laboratório’: livre cobrado a 30 metros da baliza do Paços, Adrien tabela com William Carvalho e, já em posição frontal, o capitão leonino fica a centímetros do golo.

O guardião Defendi respirou de alívio, mas na jogada seguinte foi ele a deixar os colegas de equipa à beira de um ataque de nervos. Quis sair a jogar e, após falhar o passe já perto do final da sua área, viu Bruno César falhar o chapéu por muito pouco.

O Sporting CP galvanizou-se e começou a assumir o controlo da partida. As oportunidades foram surgindo, por isso, com naturalidade. Aos 34’, Bryan Ruiz bate um canto no lado esquerdo do campo, a bola é aliviada mas acaba nos pés de Alan que, depois de flectir para o meio, remata forte e em arco para uma defesa apertada do guarda-redes adversário. Quatro minutos depois, Slimani voltou a testar os reflexos de Defendi e ficou muito perto de fazer o primeiro golo da partida.

Essa missão estava destinada a Adrien, que se tornou o primeiro jogador a marcar no campeonato com os galões de campeão Europeu por Portugal. O processo foi simples e... bastante eficiente. Em progressão no corredor esquerdo, Bryan olha para a área e cruza para a cabeça de Slimani. O argelino falha o remate, mas não desiste e, já depois de recuperar a bola sobre a linha de fundo, passa para Bruno César, que volta a fazer mais um cruzamento. Desta vez, Gelson teve cabeça para assistir Adrien, que com um pontapé-moinho colocou os leões a vencer à beira do intervalo.

Uma vantagem que se revelou preciosa para os últimos 45 minutos da partida. O Sporting CP até entrou bem na segunda parte, com vontade de resolver cedo o assunto, mas revelou-se sempre demasiado perdulário perante as oportunidades de golo que criou. Slimani (60') e Gelson Martins (71') foram provas dessa falta de eficácia.

"Como quem não marca, sofre", já dizia a velha máxima do futebol, o Paços de Ferreira acreditou que ainda podia chegar ao empate e lançou-se ao ataque. Valeu Rúben Semedo e Coates, que nessa fase estiveram imperiais a negar o acesso à baliza de Patrício.

Foi sofrido, mas o resultado não se alterou até ao apito final e o Sporting CP sai da Mata Real com uma vitória importante antes do clássico da próxima jornada com o FC Porto. Um triunfo com Esforço, Dedicação e muita Devoção. Com esta vontade e entrega, não será difícil para os leões atingirem a Glória. O futuro o dirá.