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Foto José Cruz

Uma bota que espera por Bas

Por Jornal Sporting
18 Mar, 2017

Dois golos do holandês na vitória por 2-0 frente ao Nacional colocam goleador leonino na frente da lista à Bota de Ouro

Passavam 13 minutos do apito inicial quando Bas Dost inaugurou o marcador do Sporting-Nacional e provocou a primeira reacção de delírio em Alvalade. Foram 43.167 Sócios e adeptos nas bancadas em festejos, no jogo que selou um ano seguido de assistências acima dos 40 mil espectadores, nova marca batida pela família leonina que não olha a adversários quando é preciso estar presente. O golo foi apontado na sequência de um pontapé de canto – batido por Bryan Ruiz –, mas a jogada nasce de um bom entendimento entre Gelson Martins e Schelotto, que sobem no terreno em conjunto, ainda que com os papéis trocados: é Gelson quem inicia a jogada e é o defesa italo-argentino que tenta terminar, com cruzamento, ganhando o pontapé de canto.

O Sporting dava corpo ao domínio que exercia dentro do terreno, ainda que o Nacional tenha chegado a colocar Rui Patrício em alerta, primeiro por Ricardo Gomes (19') e Mezga logo de seguida (20'). Dois exemplos de como as transições ofensivas insulares poderiam causar algum desconforto no meio-campo leonino, mas nunca o suficiente para justificar suores frios.

O mesmo não pode pensar Fachini, guardião do Nacional. Ter Bas Dost como carrasco não é fácil e o camisola n.º 28, com o golo anterior, tinha acabado de igualar Messi na lista de melhores marcadores da Europa, na corrida pela Bota de Ouro. E quando se viu o goleador leonino (34') no coração da área, ao lado de Correia, a ganhar posição quase junto à linha de fundo e a rematar já sem ângulo, pelo buraco da agulha – como se costuma dizer – para o 2-0, voltou o delírio às bancadas. Naturalmente. O sucesso de Dost e da equipa é o melhor condimento à paixão pelo leão rampante, que se auto-alimenta e que se vê. E sente.

Tiago Rodrigues (37') ainda voltou a tentar a sorte do Nacional, mas o futebol dos insulares nunca chegou a verdadeiramente incomodar os leões autoritários.

O segundo tempo começou quase com o lance individual de Alan Ruiz (53') e foi um autêntico oásis. A qualidade no segundo tempo baixou e só bem perto do apito final (85'), Bas Dost e Podence animaram as hostes, (89') e Bruno César quis aproveitar o último fôlego do leão. O marcador não se alterou. Vitória garantida, três pontos somados e o goleador na frente da Europa. Há uma bota que espera por Bas...