Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now

×

Foto César Santos

Feira interdita por falta de diversões

Por Jornal Sporting
13 maio, 2017

As bolas paradas voltaram a fazer a diferença e o Feirense operou uma reviravolta histórica (2-1), consumando a primeira vitória ante os leões. Gelson ainda agitou o jogo, mas o tiro ao poste foi um reflexo da total desinspiração

Nova deslocação a Norte e três pontos que voltaram a não ser resgatados para Lisboa. O Feirense derrotou o Sporting por 2-1 em jogo referente à 33.ª jornada da Liga NOS, numa partida equilibrada e em que Gelson Martins foi o principal desequilibrador de um conjunto leonino sem grandes ideias para dar a volta ao desaire na semana anterior, diante do Belenenses (3-1). 

Feirense e Sporting CP iniciaram o jogo em 4x4x2, apresentando dinâmicas muito semelhantes. Os extremos da equipa fogaceira tentavam fechar o espaço central e os dois avançados procuravam condicionar a primeira fase de construção dos leões. Sem sucesso, diga-se… durante os primeiros 25 minutos. Com Gelson e Podence de volta, após lesão e castigo, respectivamente, também Rúben Semedo alinhou no 11 inicial, substituindo Paulo Oliveira.

Aos cinco minutos, Dost ameaçou com um cabeceamento à figura. Esperava-se que a mira afinasse, mas a verdade é que só o cruzamento de Podence serviu o melhor artilheiro do campeonato, que não voltou a dispor de qualquer oportunidade clara. Aos 13’, Edson Farias ultrapassou Schelotto e serviu Etebo que, na pequena área, permitiu que Rui Patrício segurasse o nulo. O aviso acordou os leões. Aos 19’, num lançamento lateral longo, Jefferson colocou em Coates. O uruguaio desviou, Dost reforçou com um toque e Gelson apareceu no segundo poste para encostar. O golo foi um tónico motivacional de relevo. 

Aos 25’, uma das grandes debilidades do leão voltou a fazer-se sentir. Tiago Silva pegou no esférico e enviesou um livre lateral que, com a movimentação dos centrais, iludiu Rui Patrício. A bola não sofreu qualquer desvio, mas o empate estava consumado. Aos 28’, o primeiro momento de inspiração em zona central. Podence e Adrien combinaram, mas o remate acabou por ser evitado já dentro da área. O Feirense ainda perigou: aos 31’, Etebo contornou Patrício, mas Luís Machado atirou enrolado; aos 39’, Karamanos procurou um grande golo de calcanhar, mas Rui Patrício salvou a igualdade até ao intervalo, mesmo que Podence ainda tivesse rematado à malha lateral.

No segundo tempo, os fogaceiros apostavam no contra-golpe, aproveitando cada reposição de bola para tentar surpreender. Defensivamente, continuavam a condicionar a primeira fase leonina, obrigando a que os desequilíbrios se dessem nos corredores laterais. Adrien e os movimentos interiores de Bruno César e Podence criavam espaço nas faixas. Schelotto ainda ganhou espaço na direita, mas falhou no cruzamento para Dost. Aos 63’, Jefferson serviu Gelson. O extremo mergulhou, porém falhou o possível bis.

Aos 68’, Etebo ganhou espaço e acabou derrubado por Rúben Semedo. Tiago Silva converteu a grande penalidade e adiantou os da casa. Gelson Martins (sempre ele) respondeu e, aos 73’, disparou um ‘tiraço’ a que Vaná respondeu com um desvio para a barra, bola que embateu de seguida no poste. Adrien Silva não aproveitou a recarga e, mesmo não sendo o 'canto do cisne', percebeu-se que a crença na vitória foi altamente derrubada. Aos 85’, Rúben Semedo desperdiçou a assistência de Dost e, já na compensação, Vaná salvou miraculosamente, desviando o cabeceamento de Coates. 

O Feirense ganhava, assim, pela primeira vez a um grande. De positivo para os leões, talvez só mesmo a confirmação do terceiro lugar e consequente acesso ao play-off de apuramento da Liga dos Campeões em 2017/2018.