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Foto José Cruz

Leão demolidor em Bucareste

Por Jornal Sporting
23 Ago, 2017

Presença assegurada na fase de grupos da Liga dos Campeões com nova mão cheia de golos e qualidade inquestionável

O Sporting CP assegurou esta noite a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões com uma exibição tremenda na Arena Nacional, frente ao Steaua de Bucareste. Depois de 10 minutos iniciais de constantes movimentações, com ambas as equipas a tentarem surpreender desde cedo o adversário. Algo que o Sporting tem vindo a habituar quem defronta... mas nunca o contrário. Ainda assim, os leões conseguiram aguentar o ímpeto do Steaua. Já o inverso não se verificou e ao minuto 13, Doumbia, com assistência sublime de Acuña, dinamitou a teoria do número do azar e fez aquilo que sabia que precisava de fazer para ser feliz: marcar.

Um tremendo balde de água fria nos romenos, provocando um natural abrandamento do ritmo de jogo, o que o Sporting até agradeceu. Houve mais calma para delinear a estratégia de ataque, seguros pela vantagem. O problema foi mesmo sete minutos depois, quando Piccini colocou a bola nos pés de Alibec, que por sua vez passou por Mathieu, rematando para defesa incompleta de Rui Patrício, surgindo o defesa esquerdo Júnior Martins solto de marcação do coração da área, tendo só encostado o pé à bola para o empate. No minuto anterior, Gelson já tinha servido Piccini, que por sua vez tentou assistir Doumbia, mas o costa-marfinense chegou atrasado ao cruzamento.

O Sporting reagiu bem ao golo sofrido, até porque o empate com golos servia igualmente as intenções de seguir em frente na prova. Bruno Fernandes (32’) isolou Doumbia, que no último toque adiantou a bola em demasia, perdendo-se uma belíssima ocasião para ampliar a vantagem. O primeiro tempo terminou com Rui Patrício a negar o golo a Alibec, o mais perigoso dos romenos.

O segundo tempo surgiu com alguma aflição inicial para os leões, mas aos 60, Acuña, a passe extraordinário de ruptura de Bruno Fernandes colocou a turma de Alvalade em vantagem de novo no encontro, esperando apenas quatro minutos para que Gelson voltasse a deliciar os adeptos e reforçasse o resultado. O intervalo fora uma autêntica almofada para os leões. O conforto de uma boa conversa no balneário soltou uma autêntica fera na Arena Nacional, em Bucareste. Aliás, os adeptos da casa começaram a abandonar o estádio assim que o menino de camisola n.º 77 fez das suas.

A vitória estava praticamente garantida e, com isso, a passagem à fase de grupos da milionária prova assegurada. Só que, embalados pela mão cheia de golos de Guimarães, os leões não desaceleraram. Gelson, de novo (75’), entra pela direita e oferece a Bas Dost o quarto. Como jogador de equipa que é e sempre foi, o holandês ainda proporcionou a Battaglia o quinto, a mesma chancela usada na cidade berço. Dez golos em dois jogos, seguidos, não é algo a que a família esteja habituada. No entanto, as exigências da competição e, mais concretamente do encontro, tiveram um 11 de leões demolidores, colocando assim um ponto final nas dúvidas de quem pudesse pensar que as duas equipas estivessem ao mesmo nível. Bucareste foi a prova que, em Alvalade, alguém saiu enganado pelo resultado.