Sporting CP perdeu, mas técnico enalteceu a postura da equipa

Rúben Amorim lamentou a derrota do Sporting CP diante do SL Benfica, num dérbi com sete golos (4-3), mas o técnico referiu que gostou da reacção da formação Leonina, que ainda esteve a perder por três golos em duas ocasiões.

“Podia ter dado um bocadinho para tudo. Foi um jogo que nem parecia de época, com muitos golos e oportunidades. Podíamos ter feito o empate no fim, mas também podíamos ter sofrido mais golos. O que fica foram os jogadores que tiveram mais tempo para jogar e a reacção da equipa. Não é fácil jogar no Estádio da Luz, seja em que condições for, e a perder 3-0, mas conseguimos manter a cabeça fria e ir atrás do resultado”, começou por dizer o treinador Leonino, acrescentando: “Juntámos alguns jogadores ao mesmo tempo contra uma grande equipa, que ainda tem um objectivo. Sabíamos o risco que estávamos a correr e os jogadores não têm culpas. O treinador é que entendeu assim. Estou contente com eles, mas mesmo com 3-0 estava contente com eles”.

Assim, o técnico disse que voltaria a escolher a mesma equipa: “Esta derrota não é uma mancha, claro que queríamos terminar o campeonato invictos, nós e os adeptos, mas não ligo a recordes e quis foi preparar a equipa para o futuro e nós temos de aproveitar todos os momentos para crescer. Era melhor não perder nenhum jogo, mas há que pensar mais à frente, ser frio e a responsabilidade é totalmente minha e não dos jogadores”.

“Estou contente com os meus jogadores pela reacção que tiveram. No final estavam chateados com o resultado, naturalmente, mas não falei com eles porque nunca o faço”, reforçou, dizendo que ao intervalo não precisou de dar um abanão na equipa: “Só falei em aspectos tácticos, não preciso nunca de dar abanões. Eles correm, dão o máximo e a melhor forma de eu os ajudar é com aspectos técnicos e tácticos”.

Na conferência de imprensa após o dérbi, Rúben Amorim deixou ainda elogios a Pedro Gonçalves que é, a par do avançado do SL Benfica Seferovic, o melhor marcador da Liga NOS: “O Pote é médio, ataca, defende... tenho muito orgulho nele e para mim já ganhou o prémio, ganhe ou não. O Pote e o Nuno Santos são muito chatos, mas gosto muito dos meus jogadores. Gostávamos que o Pote ganhasse, mas não temos objectivos individuais”.

Para finalizar, o treinador verde e branco comentou ainda a braçadeira de capitão entregue a João Pereira, enaltecendo também a postura de Sebastián Coates. “O João Pereira é alguém que se portou muito bem, que nos deu muito, que soube o lugar que ocupava e que, mesmo com muitos títulos, se comportou como um exemplo. Pedi autorização ao Coates e é mesmo assim. Eu sou o treinador, o responsável, mas o capitão é o Coates. Todos esses pormenores e a segunda parte que fizemos revelam o carácter desta equipa”, justificou, dizendo que frente ao CS Marítimo o capitão será Antunes e que quer terminar a época com uma vitória: “Queremos ganhar para dar essa vitória aos adeptos. Vamos sentir o calor deles e é mais um jogo para preparar o futuro. Estou muito orgulhoso dos meus jogadores e gosto que eles saibam isso quando perdemos”.