Reacção ao desaire no clássico

No final da derrota da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal por 3-0 diante do FC Porto, Rúben Amorim analisou a partida em declarações aos jornalistas na conferência de imprensa no Estádio do Dragão.

"Fizemos o nosso jogo e o FC Porto fez o deles. Fizeram três golos e nós não fizemos nas várias oportunidades que tivemos. Sofremos em cima do intervalo, o que é difícil, e a nossa melhor fase foi quando voltámos do intervalo e dominámos. Não marcámos nem aproveitámos as oportunidades e o FC Porto foi muito maduro. É o resumo do jogo", começou por dizer, abordando também os golos sofridos neste início da Liga Portugal.

"Sofrer três golos em dois jogos [diferentes] preocupa qualquer treinador, mas vamos analisar. O FC Porto não criou muitas oportunidades e aproveitou todas as que teve. Nós não o fizemos. Há coisas que temos de melhorar, mas houve coisas muito boas. Já houve jogos no Dragão em que jogámos muito pior. Tivemos bolas na cara do Diogo Costa e não conseguimos [marcar]. Temos de ver o que se passou nos lances do golo. Agora, 3-0 é sempre 3-0. Há fases assim, em que tudo corre mal. No futebol, tudo muda de repente", frisou.

Para Rúben Amorim, a ausência de Matheus Nunes não influenciou o resultado: "Gostei muito do [Hidemasa] Morita. A responsabilidade das derrotas é só do treinador. [A mudança no meio-campo] não teve qualquer influência no resultado. O que não conseguimos foi matar uma vez o FC Porto para se sentirem desconfortáveis".

Admitindo que estaria "mais feliz se tivesse mais pontos", o treinador verde e branco contou também que tem visto a equipa crescer. "Sabemos a distância pontual, mas não vale a pena pensar nisso. Faz parte da nossa carreira e o nosso foco tem de ser ganhar ao GD Chaves", adicionou.

Questionado sobre uma eventual falta de rendimento na reacção à perda da bola, Rúben Amorim não concordou e explicou que essa é a sensação que passa devido às formas diferentes de jogar de parte a parte: "Quando ganhamos a bola queremos sempre sair a jogar e os jogadores do FC Porto estão mais perto. Jogamos de forma diferente. O FC Porto parte a equipa, o Pepe e o Marcano batem a bola e têm uma agressividade positiva que dá essa sensação. Estivemos muitas vezes por cima do FC Porto e tivemos várias oportunidades que não concretizámos".

Depois de elogiar as entradas de Fatawu e Rochinha na segunda parte e de garantir que está "muito satisfeito om os jogadores", Ruben Amorim finalizou lembrando que "isto é futebol" e que os Leões têm "de saber lidar e tirar os aspectos positivos e negativos".