Rúben Amorim: "Faltou fazer golos"
17 Set, 2022
Técnico sublinhou domínio Leonino
Após o desaire em casa do Boavista FC (2-1), Rúben Amorim, treinador da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal, compareceu em conferência de imprensa para analisar a partida, sublinhando a decisiva diferença de eficácia.
"Basicamente, faltou fazer golos, fomos dominadores durante todo o jogo. O Boavista FC teve poucas transições, mas aproveitou duas, uma no penálti e outra num grande golo já em cima do intervalo. Temos de ser melhores nas oportunidades que criamos e o que se passou hoje já aconteceu", começou por dizer aos jornalistas presentes na sala de imprensa do Estádio do Bessa, continuando: "O ponto positivo foi a forma como entrámos no primeiro e, sobretudo, no segundo tempo, sem qualquer ansiedade, mas não foi possível [ganhar], porque não fizemos golos. O Boavista FC ganhou e é assim, é o futebol".
Depois de quatro triunfos consecutivos e sem sofrer golos, o técnico considerou que no Bessa o Sporting CP não sentiu "deslumbramento nem cansaço", frisou, acrescentando: "No fim, eram os jogadores do Boavista FC a caírem com cãibras e basta olhar para o jogo. Olhando para o resultado pensam que na terça-feira foi uma coisa e hoje foi outra, mas vejo uma equipa que não está a ser consistente nos resultados, mas sim nas exibições. Vi uma equipa quis ganhar o jogo desde o primeiro momento, mas não conseguiu".
Agora, segue-se a pausa para as selecções, que chega num momento "difícil", admitiu Amorim, depois deste resultado negativo. "As equipas grandes quando perdem querem jogar logo. É muito difícil ter estas pausas numa equipa que vinha num bom momento. O desafio agora é manter a identidade, sabendo que a diferença pontual para os primeiros começa a ser muito grande", considerou o treinador verde e branco, antes de falar sobre o trabalho defensivo que pode ser feito, apesar das poucas oportunidades concedidas.
"Se [os adversários] vão lá uma vez durante o jogo, é nisso que nos vamos focar para sermos melhores no próximo jogo. Não olhamos para a tabela, não o fizemos nos últimos dois anos quando estivemos sempre na frente. Temos de nos focar naquilo que podemos controlar. Concedemos muitos golos no início [da época], agora tivemos quatro sem sofrer, dois deles na UEFA Champions League, e as oportunidades que permitimos aos adversários são muito poucas", apontou, falando também sobre a eficácia que faltou no último terço.
"O Trincão e o Marcus encontraram espaços e tivemos o Porro e o Nuno Santos várias vezes sozinhos, mas a bola ia para fora. Nisso podemos ser melhores, ser mais concentrados e acertar o timing. Se olhar para o jogo, a culpa é nossa, porque tivemos essas oportunidades para criar muito perigo e o último passe acabou por não acontecer", concluiu.