Treinador lançou deslocação a Famalicão

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal visita, este domingo, o FC Famalicão para a 13.ª jornada da Liga Portugal e Rúben Amorim esteve presente na conferência de imprensa de antevisão.

Em resposta aos jornalistas na sala de imprensa do Estádio Aurélio Pereira, na Academia Cristiano Ronaldo, o treinador verde e branco começou por abordar a relevância de triunfar antes da paragem devido ao Campeonato do Mundo.

"A paragem vai ser longa e, portanto, é muito importante vencer este jogo. Já tínhamos sentido isso com o Boavista FC, quando vínhamos de uma sequência boa e perdemos antes da paragem, o que nos tirou alguma alegria. É um jogo importante e difícil num campo em que ainda não ganhámos comigo como treinador. [O FC Famalicão] é uma equipa cheia de talentos, como sempre, que demora algum tempo a criar a ligação entre os novos jogadores, o que é normal. Estamos preparados para o jogo, treinámos muito bem e tivemos uma semana longa. Vamos, de certeza, fazer um excelente jogo", começou por dizer.

Sobre a convocatória de Fernando Santos, seleccionador nacional, para o Mundial do Catar, Rúben Amorim lembrou que “as escolhas são sempre difíceis” quando convidado a comentar a ausência de jogadores do Sporting CP na lista.

"O seleccionador tem, e ainda bem, muito por onde escolher. É difícil tirar um jogador para meter os nossos como seria difícil tirar um dos nossos para meter os outros. São escolhas e o momento da equipa não os ajudou. Isso também é importante. Têm de pensar na próxima grande competição, o Europeu. Perdemos [para o Mundial] o meio-campo mais utilizado e o Seba [Coates] e quando assim é podemos fazer alterações e pensar a defesa de outra forma, com outras características. Vamos aproveitar para treinar os jogadores. O [Francisco] Trincão precisa de treinar, o Pedro Gonçalves já nos conhece bem, mas tem os jogos da Taça da Liga, que são importantes para nós", referiu, continuando.

"Os jogadores acreditam sempre [que vão à selecção nacional], mas são inteligentes. O momento da nossa equipa não os ajudou em nada. Claro que tinham esperança, mas têm de viver com naturalidade. Também há que dizer que se jogadores como o [Gonçalo] Inácio ou o Pedro Gonçalves estivessem na convocatória ninguém ficaria chocado com isso porque têm valor para lá estar. A escolha foi feita e há que encarar isso com normalidade", reforçou.

De acordo com Rúben Amorim, “o Sporting CP, hoje, trabalha muito melhor do que quando foi campeão sem derrotas e com muitos jogadores da formação”: “Os plantéis e a nossa ideia estão cada vez mais estruturados, temos jogadores cada vez mais jovens na equipa B. O mais importante não é ter jogadores na selecção A, porque isso é uma escolha do seleccionador e temos jogadores com qualidade para a selecção A. Isso não tem de interferir naquilo que achamos que estamos a fazer bem. O que me preocupa mais é o [Eduardo] Quaresma, que foi titular no Sporting CP, não ter conseguido ser titular no CD Tondela. Isso é uma preocupação muito grande para mim. O [Gonçalo] Esteves jogou a titular no Sporting CP, não consegue no GD Estoril Praia. Essa é a grande preocupação que temos de ter. Digo aos Sportinguistas que estamos a trabalhar e temos um plano. Se são chamados [à selecção nacional] ou não já não está nas nossas mãos. Agora, que está tudo mais estruturado, está".

Questionado sobre o momento de Francisco Trincão, Rúben Amorim não tem dúvidas de que ainda não se viu “metade” do que o extremo pode dar.

"Trincão está a 50% e é uma questão mais mental. Ele não pode ter pressa, tem de perceber que vai entender melhor o jogo e a equipa e as coisas vão sair. Quando o Trincão estiver desbloqueado mentalmente e mais confiante, vai ser um grandíssimo jogador. Ele treina muito bem e cada vez melhor. Assim, as coisas vão aparecer. Os jogadores têm timing. O [Manuel] Ugarte e o Marcus [Edwards] também precisaram de tempo", afirmou.

De volta ao FC Famalicão, o timoneiro Leonino prometeu “muita atenção às características dos jogadores da frente, dos laterais e dos centrais, cuja velocidade é muito importante”: “Fizemos a avaliação de uma equipa perigosa e de um treinador que só tem uma ou duas derrotas. Precisamos de ganhar e de ser consistentes em todos os aspectos: não sofrer golos, ser bons nas bolas paradas, marcar golos e ganhar o jogo".

Por fim, Rúben Amorim confirmou as ausências de Nuno Santos, Luís Neto e Daniel Bragança, que continuam em recuperação das respectivas lesões.