Rúben Amorim: "Ganhando jogos cria-se um momento que nos ajuda"
12 Dez, 2022
Leões recebem CS Marítimo na derradeira jornada da Taça da Liga
A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal enfrenta, esta terça-feira (20h45), o CS Marítimo, no Estádio José Alvalade, num jogo a contar para a terceira - e última - jornada do grupo B da Taça da Liga. Até ao momento, os Leões totalizam os seis pontos disputados e estão muito perto de garantir o apuramento para os quartos-de-final.
Na véspera da decisão, Rúben Amorim, treinador verde e branco, esteve em conferência de imprensa para lançar a partida, começando por traçar vários objectivos a cumprir diante dos madeirenses, que ainda não somaram qualquer ponto no grupo.
“Se todos trabalharem bem, é uma escolha do treinador, de acordo com as características, o contexto e o jogo em si. Vamos apresentar uma equipa muto forte para vencer o jogo, fazer os nove pontos, não sofrer golos e aumentar a diferença de golos. O que queremos é continuar a vencer jogos e conseguir a quinta vitória consecutiva, sem sofrer golos, porque nos dá confiança para o que vem aí”, reforçou, acrescentando: “Ganhando jogos cria-se um momento que nos ajuda. Somos um clube grande e temos de ter essa sequência de vitórias”.
De seguida, o técnico abordou também a importância desta paragem - devido ao Mundial – para a equipa. “Agora, depende dos resultados, mas diria que a paragem foi boa na preparação do presente e do futuro do Sporting CP”, sintetizou, antes de se debruçar sobre o trabalho e a evolução sentida neste período.
“Acima de tudo, jogadores como o Mateus Fernandes e o Dário [Essugo] cresceram, o Sotiris [Alexandropoulos] teve mais tempo para treinar e acho que todos os jogadores, no processo, melhoraram. Penso que os jogos são prova disso, o não sofrer golos também. Agora, voltaram os jogadores da selecção, com coisas boas e más, por exemplo, o [Hidemasa] Morita vem com mazelas e vamos ter de voltar a reabilitá-lo. Esta paragem foi importante como equipa, para trabalhar tudo aquilo para o que não tivemos tempo, porque foi muito corrida esta fase inicial do campeonato”, disse aos jornalistas presentes na sala de imprensa da Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete.
Olhando de novo para o embate com o CS Marítimo, Rúben Amorim deixou duas garantias: depois de já ter somado os primeiros minutos e o primeiro golo pela equipa principal, Mateus Fernandes vai ser titular, bem como Jovane Cabral.
“[Mateus Fernandes] Trabalhou para isso e tem de corresponder, porque temos de saber com o que contamos. É uma mensagem também para todos os jovens do Sporting CP, que têm de lutar e trabalhar muito para entrar na nossa equipa. Eu sei o valor do Mateus, não tem nenhuma pressão extra e vai jogar porque merece”, realçou, antes de falar também sobre o trio de centrais utilizado ultimamente, totalmente composto por jogadores canhotos.
“O Marsà está pronto para o imediato, tem-no provado. O único problema que vejo no sector defensivo é o facto de serem todos esquerdinos, o que nos limita um pouco. O [Luís] Neto e o [Jeremiah] St. Juste eram os que tínhamos pensados para a direita e têm tido problemas físicos ao longo da época”, disse, acrescentando: “Não falo em reforçar o lado direito neste momento”.
Ora, na sequência disso, Amorim fez ainda um ponto de situação dos lesionados Leoninos, garantindo que não sabe ao certo quando St. Juste, Daniel Bragança e Morita poderão regressar às opções, destacando que no caso de Bragança - a passar por uma longa paragem – o importante é que “recupere bem”.
“Dia-a-dia, jogo a jogo vamos fazendo a avaliação e o que nós temos de fazer é preparar-nos para qualquer eventualidade, por isso é que o Mateus estar a jogar, temos o Pote, o Soto e o Dário que está a crescer muito bem e que pode jogar ao lado do Ugarte”, apontou.
Por fim, debruçou-se ainda sobre o caso do defesa St. Juste, considerando que “são fases dos jogadores” e reiterou ainda a importância do trabalho realizado pela Unidade de Performance do Sporting CP.
“Se ele tivesse feito a pré-época, quase de certeza que não teria os problemas musculares que teve quando voltou. Depois, a última lesão foi um choque… Eu, como jogador, tive uma fase com muitas lesões e, depois, cheguei aos 27 anos e fiz o maior número de jogos. Lembro ainda que o [Zouhair] Feddal, quando chegou aqui, tinha 30/31 anos e bateu o seu número de jogos, o Morita já está a bater os recordes de distância… Isso revela o trabalho da Unidade de Performance. Não tenho fantasmas nenhuns, mas também não fecho os olhos e tento perceber o que se está a passar, vamos seguir o nosso trabalho”, concluiu o técnico dos Leões.