​Reacção do técnico ao empate diante do SL Benfica na Luz

No rescaldo do empate em casa do SL Benfica (2-2), em jogo da 16.ª jornada da Liga Portugal, o treinador da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal, Rúben Amorim, admitiu que o que faltou aos Leões para conseguirem segurar a vantagem e sair com a vitória foi regularidade exibicional durante a partida, depois de uma primeira meia-hora bem conseguida.

“Acima de tudo, defrontámos uma grande equipa. Precisamos de ter ao longo dos 90 minutos a consistência que tivemos em certos períodos, principalmente na primeira meia-hora. Isso requer tempo numa equipa que sofreu alterações e que tem jogadores jovens e novos. Foi isso que faltou, manter a consistência”, começou por dizer o técnico na conferência de análise ao jogo.

“Perdemos duas vezes a vantagem em lances que tínhamos preparado, mas defrontámos muito bons jogadores. Sabíamos que o Gonçalo Ramos entra muito ao primeiro poste e foi isso que fez no 1-1. Ainda assim, a forma como segurámos o jogo e atacámos, mesmo depois de sofrer, demonstra que a equipa é por vezes algo bipolar, o que tem a ver com a experiência. Para termos um rendimento igual à entrada no jogo, é preciso experiência e estes jogadores vão adquiri-la”.

Rúben Amorim sublinhou ainda que a turma de Alvalade tentou “sempre ganhar o jogo”. “Pelo resultado, saio daqui com frustração, mas confiante porque um treinador tem de olhar para o presente e o futuro. Há coisas a que nos podemos agarrar para fazer os jogadores crescerem, e nesse aspecto fico satisfeito, mas devíamos ter ganho pois precisávamos mais que o SL Benfica”, referiu, acrescentando ainda que “ambas as equipas tiveram muito respeito uma pela outra”.

“Isso vê-se pelas oportunidades que houve já no fim, nós em transição e o SL Benfica de forma diferente. Está no ADN de ambas as equipas querer ganhar sempre o jogo, mas houve respeito”.

O técnico verde e branco comentou ainda o facto de Youssef Chermiti ter cumprido a estreia pela equipa principal Leonina, mostrando-se satisfeito com o desempenho do jovem de 18 anos.

“Estamos a discutir um novo contrato com o Youssef Chermiti e se ele assinar não vou buscar mais nenhum avançado. Ele, o Rodrigo Ribeiro e o Paulinho são os meus avançados. Pelo que vi dele hoje, fica aqui a minha palavra de honra de que se assinar não vou buscar mais nenhum avançado”, garantiu, afirmando que “todos têm o seu tempo pois o projecto do Clube é longo”.

A fechar, Rúben Amorim olhou também para a classificação, recusando atirar a toalha ao chão pois “nada está perdido”. “É verdade que estamos cada vez mais longe dos lugares de acesso à UEFA Champions League, mas já estivemos a nove pontos do SC Braga e conseguimos aproximar-nos. Temos de pensar jogo a jogo e olhar para o lado positivo, pois tudo é possível”.