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Foto Sporting CP

Rúben Amorim: "Temos de voltar à nossa forma de jogar"

Por Sporting CP
19 Fev, 2023

Leões visitam GD Chaves na segunda-feira (19h00)

De regresso à Liga Portugal, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal vai enfrentar, esta segunda-feira, o GD Chaves no encontro da 21.ª jornada. Já neste domingo, na véspera do embate, Rúben Amorim, treinador dos Leões, esteve em conferência de imprensa para projectar a deslocação a casa dos flavienses que estão seguros na classificação, assentes no 11.º lugar, mas com os mesmos 26 pontos que o oitavo.

“Acima de tudo, temos de ter cuidado com as transições e fazer golos. Aqui [no 0-2 da primeira volta, em Alvalade] foi uma primeira parte em que tivemos muitas oportunidades, mas não conseguimos marcar. Obviamente, temos de jogar melhor do que no último jogo da UEFA Europe League para vencer este encontro. Sabemos que é um estádio complicado e frente a uma equipa sem pressão e nós temos de ganhar todos os jogos, principalmente não estando numa fase tão boa”, começou por dizer aos jornalistas na sala de imprensa da Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete.

Além disso, o técnico verde e branco apontou que os jogadores “treinaram bem e estão preparados”. “Conhecemos bem a equipa do GD Chaves e esperamos um bom desempenho da nossa parte. Temos de voltar à nossa forma de jogar”, realçou, antes de abordar o momento menos bom do Sporting CP.

“Há essas fases no futebol e o que nós temos de fazer é jogar bem. Com o FC Porto jogámos bem, mas no último não tanto. Há muita coisa para agarrar desse jogo, olhar para a parte táctica e técnica e melhorar para o seguinte. A parte boa destas semanas com três jogos é que podemos ganhar e entrar logo nessa sequência”, atirou, considerando ainda que os Leões vão “crescer com estas fases”.

“Tenho aprendido que consigo sobreviver a estas fases. Ficamos sem dormir, mas conseguimos gerir. Quando estamos a ganhar deixámos passar algumas coisas, por isso isto faz-nos pensar no que temos de mudar: como temos de planear a pré-época, quais as alterações ao sistema táctico ou no nosso jogo. Por isso, diria que estas fases são essenciais, vão dar-nos muito jeito no futuro, mas custa muito”, sublinhou, completando: “Vamos crescer com estas fases, vamos evoluir, eu vou ser melhor treinador e vamos ser melhor equipa também no futuro”.

“Temos de olhar para o contexto de cada jogo. Sempre tivemos o apoio dos Sportinguistas, agora estamos no quarto lugar e temos de assumir isso e fazer o nosso papel, e os adeptos voltarão em peso ao estádio”, referiu, seguidamente.

Já quando questionado sobre as dificuldades da equipa em materializar as suas ocasiões, Amorim considera que embora estejam a ser criadas “mais do que nos anos anteriores”, há melhorias a fazer, sobretudo, na finalização.

“Podemos melhorar em todos os momentos do jogo, mas se temos falhado na concretização é porque o resto está a ser bem feito. A verdade é que já tivemos recentemente uma sequência de jogos em que marcámos cinco golos num jogo, seis e depois três. A verdade é que vivemos de golos e de vitórias e temos sofrido demasiados e marcado poucos para as situações que estamos a criar. E o jogo com o GD Chaves foi um reflexo disso”, recordou, reforçando: “Temos de melhorar na concretização e, se algo correr mal no jogo, temos de manter a nossa identidade”.

Perspectivando o duelo em Trás-os-Montes, Rúben Amorim traçou alguns dos aspectos a manter debaixo de olho para regressar às vitórias, procurando ultrapassar um emblema que nos últimos seis jogos tem apenas uma derrota – quatro empates e um triunfo.

“Nós, fazendo um golo, melhorámos muito o nosso jogo. Os adversários têm de se abrir um pouco mais, nós ficamos mais confiantes e a partir daí somos uma equipa totalmente diferente. Com o GD Chaves temos de tentar evitar as transições, saber jogar mais simples depois de alguma perda na construção e é isso que nós treinamos. A confiança vem muito dos resultados, golos marcados e de não sofrer golos”, destacou.

Apesar das várias baixas que o GD Chaves terá de enfrentar, o treinador da turma de Alvalade preferiu manter o foco na sua equipa. “Para nós é sempre tudo muito difícil. Não ligamos a isso e sabemos que vão apresentar uma equipa competitiva. Nós temos de ganhar o jogo independentemente de quem está do outro lado. O GD Chaves vai estar sem pressão, é uma equipa muito bem trabalhada e que está confortável na tabela”, reafirmou, antes de confirmar também que, do lado verde e branco, o médio Hidemasa Morita está de regresso após lesão.

Em Chaves, Amorim vai chegar aos 100 jogos pelo Sporting CP na Liga, um número que o deixa satisfeito, além de ter considerado o título de campeão em 2020/2021 como o melhor momento deste trajecto.

“Sinto que estragámos um bocado a média ultimamente, era muito boa. Para já, obviamente é um orgulho estar num clube tão grande como o Sporting CP e chegar aos 100 jogos. É difícil escolher o melhor momento e não gosto de falar por ter sido há tanto tempo, mas ser campeão traz realização a qualquer treinador”, frisou, realçando: “Sinto-me bastante realizado. Pensava que tinha nascido para ser jogador e afinal acho que nasci um bocado mais para ser treinador”.

Por fim, o treinador de 38 anos reafirmou a confiança em Antonio Adán, revelando a importância do papel do técnico Vital nesse processo. “O Vital é sempre exemplar nisso e fomos ver quantas acções teve o Antonio com os pés, partindo daí para preparar o jogo com o GD Chaves. Obviamente que isto conta pouco quando um guarda-redes erra, porque tem muita visibilidade e o Adán tem errado aqui ou ali esta época, mas senti-o muito confiante, porque é muito experiente. O Vital disse-me que está tudo bem e mantemos a nossa confiança no Antonio”, sublinhou, antes de falar também sobre as vantagens de ter ‘Pote’ em zonas mais avançadas.

“A verdade é que o Pedro Gonçalves nos faz muita falta quando precisamos de fazer golos. Mesmo jogando a médio centro foi quase sempre o jogador a chegar sempre à área, porque é algo que está dentro dele”, disse, justificando ainda que as circunstâncias não permitiram fazê-lo: “O Dário [Essugo] estava a jogar bastante e também se lesionou. O Mateo [Tanlongo] precisa de tempo para se adaptar. Nós colocamos o segundo médio entrelinhas e imagino aí o Ugarte com alguma dificuldade. Já pensámos nessas opções, mas consoante as características não tem dado para fazer essa alteração”.