"Ganhar e preparar a próxima época para estarmos de acordo com a nossa grandeza"
20 maio, 2023
Rúben Amorim na antevisão ao Sporting CP vs. SL Benfica deste domingo (20h30)
A equipa principal de futebol de Sporting Clube de Portugal joga, neste domingo, frente ao SL Benfica, no Estádio José Alvalade, em jogo a contar para a 33.ª jornada da Liga Portugal.
Na antevisão ao encontro, Rúben Amorim falou de um jogo difícil, mas sublinhou a obrigação verde e branca: ganhar.
“A semana foi boa, foi longa. Pudemos treinar coisas, não só para este jogo, mas também para o que queremos ver no futuro. Preparámos bem o jogo e, como normalmente, escolhemos um onze preparado para vencer o jogo”, começou por dizer o técnico, referindo: “Não considero que o SL Benfica seja mais favorito. Considero é que nós não temos nada a ganhar neste jogo e, portanto, vai ser um jogo sempre difícil para o nosso clube e para nós porque não estamos a lutar pelo campeonato. O SL Benfica ainda tem margem, mesmo que não vença em Alvalade, e por isso para eles será um jogo mais fácil”.
“Espero um SL Benfica que quer ser campeão, mas que joga sempre da mesma maneira. Nós temos de ter capacidade de ter bola e de fazer o nosso jogo. Tivemos 30 minutos muito bons na Luz, mas no resto do jogo o SL Benfica teve mais posse e esteve um bocadinho por cima do jogo. Portanto, o que eu quero é pegar nesses 30 minutos e que sejam 90. Não me interessa muito a maneira como o SL Benfica vai entrar, interessa-me sim a maneira como nós vamos entrar, a defender e a atacar. Temos o plano feito e é mais um jogo onde temos a obrigação de ganhar”, referiu Rúben Amorim, não comentando as alterações no onze, mas deixando a garantia de que Franco Israel vai jogar: “Tudo é possível, mas não vou abrir muito o jogo. Temos de ter em atenção as características do adversário e tentar levar o jogo para onde queremos e aí entram as características dos nossos jogadores. O Franco está claramente preparado e, desde que o Adán levou o vermelho, está claro na minha cabeça que ele vai jogar. Tenho confiança total no Franco”.
O Sporting CP ainda luta pelo terceiro lugar na tabela e vai entrar em campo com isso em mente, mas sem se pressionar, como referiu o treinador: “Até ser matematicamente possível, temos de acreditar, e, acima de tudo, temos de ganhar o nosso jogo. Temos equipa para vencer o SL Benfica, já provámos que conseguimos vencer qualquer adversário, jogamos em casa, sabemos do momento e das nuances à volta do jogo, mas isso não muda nada. Temos de estar habituados a jogar para vencer”.
“Este jogo não vai mudar o que fizemos ou a inconsistência que tivemos. Queremos ganhar e vamos jogar para ganhar. Na minha cabeça, o presente que podemos dar é ganhar o jogo e preparar a próxima época para estarmos de acordo com a grandeza do Clube”, afirmou, dizendo que uma vitória do SL Benfica será apenas mais uma vitória.
Esta semana a equipa verde e branca folgou dois dias e isso gerou alguns comentários, mas o técnico deixou claro que isso sempre aconteceu, explicando: “Desde que estamos aqui, foi sempre o que fizemos numa semana tão longa: treinamos muito forte durante dois dias, folgamos e depois temos mais dois dias para preparar o jogo”.
“Foi sempre o que fizemos. Já tenho alguns anos disto e sei que isso pode gerar alguns problemas, mas eu penso é em como é que vou ajudar os meus jogadores. Vou fazer diferente esta semana para mostrar às pessoas que é diferente, e os meus jogadores ficam a pensar que o treinador vai consoante a onda, ou faço tudo aquilo que faço esteja em primeiro, segundo, terceiro ou quarto lugar? A explicação está aí. Dois dias de carga forte, temos de descansar, até para a cabeça dos jogadores, e temos dois dias para preparar, com muito aspecto táctico, e isso é suficiente para vencer o jogo. Vai ser mais um jogo do campeonato, o Sporting CP tem de vencer todos os jogos e, portanto, não é diferente”, justificou, acrescentando: “O importante para mim é que os jogadores percebam que nós não mudamos consoante os resultados e as classificações. Temos uma forma de trabalhar, exigimos o máximo ao jogadores, temos de fazer uma quebra, e, depois, cada um faz a vida à sua maneira. Respeitámos os regulamentos e isso é o mais importante, porque aqui ninguém vai desrespeitar horários. Chegaram aqui e prepararam bem o jogo”.
O técnico, que já viveu vários dérbis, foi ainda questionado sobre qual o mais marcante e não teve dúvidas a responder: “Todos são marcantes. Para mim, enquanto jogador, talvez tenha sido o primeiro quando era miúdo. Ligando a este jogo, o mais marcante foi o primeiro dérbi que tivemos em Alvalade, em que ganhámos com um golo do Matheus Nunes. Fizemos nove pontos à frente do SL Benfica. Foi um momento muito importante na nossa época, na altura, e também foi importante porque o Sporting CP não ganhava um dérbi em Alvalade há algum tempo”.