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Foto José Lorvão

Resposta de Leão leva liderança isolada para 2024

Por Sporting CP
30 Dez, 2023

Dupla Paulinho e Gyökeres regressou para resolver em Portimão (1-2)

Missão cumprida no Algarve. De regresso à Liga Portugal, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal visitou e venceu o Portimonense SC por 1-2, este sábado à noite, no jogo da 15.ª jornada, o último dos Leões neste ano civil.

Os Leões de Rúben Amorim souberam, primeiro, impor-se e, a seguir, reagir para sair do Estádio Municipal de Portimão com três valiosos pontos e a missão cumprida: com esta quarta vitória consecutiva a fechar o ano, o Sporting CP segue para 2024 na liderança isolada do campeonato.

Tudo isso tornou-se possível apenas na segunda parte - frenética - e graças ao golos da dupla de ataque composta por Viktor Gyökeres e Paulinho. Ultrapassados uns primeiros 45 minutos muito fechados e de menor inspiração Leonina, Gyökeres apareceu para desbloquear o jogo e Filipe Relvas, de bola parada e contra a corrente do jogo, ainda deixou de novo tudo empatado, até que, aos 80 minutos, Paulinho apareceu na área para, de calcanhar, voltar a ser o héroi para o Sporting CP e decidir o encontro.

E se a intenção verde e branca passava por voltar aos triunfos fora de casa na Liga após as derrotas nas últimas duas deslocações, o Portimonense SC e o seu Estádio Municipal de Portimão prometiam complicar a missão. Embora os algarvios encadeassem quatro jogos sem ganhar (1E 3D), em casa e no que toca apenas à Liga a história era bem diferente: nos três últimos encontros caseiros, o conjunto de Portimão bateu GD Estoril Praia (1-0) e GD Chaves (2-1) e empatou com o FC Famalicão (1-1) – só SL Benfica e Boavista FC, nas seis jornadas disputadas até ao momento no Estádio Municipal de Portimão, tinham saído daqui com os três pontos.

Ora, para enfrentar um Portimonense SC orientado por Paulo Sérgio e assente, à entrada para este jogo, no 15.º lugar (15 pontos), Rúben Amorim promoveu seis alterações - duas forçadas devido à acumulação de amarelos de Gonçalo Inácio e Morten Hjulmand - no onze Leonino que, antes do Natal, se apresentou em casa do CD Tondela (1-2) para garantir um lugar na final four da Taça da Liga. Assim, Antonio Adán, Ousmane Diomande, Geny Catamo, Hidemasa Morita, Marcus Edwards e Viktor Gyökeres voltaram às opções iniciais, juntando-se aos ‘repetentes’ Luís Neto - novamente o capitão dos Leões -, Matheus Reis, Nuno Santos, Pedro Gonçalves - desta vez no meio-campo - e Paulinho.

Além disso, face também às ausências dos lesionados Sebastián Coates, Jeremiah St. Juste e Iván Fresneda, os jovens Chico Lamba, Afonso Moreira e Diogo Travassos integraram a ficha de jogo.

Assim que a bola começou a rolar transpareceu a vontade de a turma de Alvalade assumir a iniciativa com bola, enquanto o Portimonense SC, compacto e baixo, juntou muito as suas linhas, agrupando muitos homens, sobretudo, no corredor central - duas posturas contrastantes e que marcaram o desenrolar do encontro. Em contrapartida, o Sporting CP, contando com dois alas ofensivos, foi tentando abrir o campo com paciência.

E a primeira parte praticamente só se jogou no meio-campo algarvio (30%-70% na posse de bola ao intervalo), mas faltou mais e melhor criatividade e definição aos Leões para transformar as primeiras aproximações à área adversária em verdadeiras situações de golo – era numerosa e muito densa a defesa do Portimonense SC.

Por sua vez, na primeira vez que a equipa de Paulo Sérgio conseguiu sair para o ataque e chegou à área verde e branca, Adán foi obrigado a sair da baliza para afastar um cruzamento perigoso, vendo, a seguir, a recarga sair por cima da trave. Já para lá da meia hora, Carlinhos bateu um livre directo à figura do guardião espanhol do Sporting CP.

Os Leões foram somando, acima de tudo, vários pontapés de canto (0-9) e muitas tentativas de cruzamento à procura de encontrar os caminhos para a baliza de Vinícius, que pouco antes dos 40 minutos teve de sair dos postes para evitar males maiores para a formação da casa num desses lances.

Puxava-se muito pela equipa a partir das bancadas e nesta fase os Leões de Amorim voltaram a carregar e remeteram o Portimonense SC para a sua área até ao intervalo. Já depois de um cruzamento tenso e repentino de Nuno Santos que passou diante da baliza sem encontrar destinatário para o desvio decisivo, Edwards ainda ensaiou um forte pontapé de ressaca após confusão na área, mas este saiu ligeiramente por cima e o nulo seguiu para o segundo tempo.

Embora fosse o segundo conjunto mais batido da Liga à entrada para este jogo, o bloco baixo e organizado do Portimonense SC nesta partida ia complicando e adiando aquilo que o Sporting CP fez em todos os jogos esta época: marcar - e nos últimos cinco tinha marcado sempre dois ou mais golos, média que voltaria a cumprir. Assim, para inverter o rumo dos acontecimentos, o treinador verde e branco mexeu logo ao intervalo, lançando Eduardo Quaresma para o lugar do amarelado Luís Neto.

Igualmente controlador, mas agora mais objectivo e incisivo, o Sporting CP, com duas oportunidades, apresentou logo a abrir a sua declaração de intenções para uns segundos 45 minutos repletos de acção. Morita, primeiro, ameaçou com um remate na área algarvia e, de seguida, Paulinho subiu entre os centrais, mas cabeceou à figura de Vinícius. Pouco depois, o avançado Leonino também não conseguiu concluir da melhor maneira uma arrancada de Edwards pela área adentro.

Ainda assim, a insistência e as melhorias no jogo verde e branco - mais rápido – seriam premiadas ainda antes da hora de jogo, graças ao aparecimento – muito marcado até então – do ‘suspeito do costume’ com eficácia máxima. Na passada, Gyökeres entrou na área para corresponder a um cruzamento perfeito de Pedro Gonçalves e, de primeira, facturou e soltou a festa na bancada lateral descoberta do Estádio Municipal de Portimão, repleta de Sportinguistas.

Embora desfeito o nulo e desbloqueado o jogo, os Leões de Amorim continuaram com o pé no acelerador e só não festejaram o 0-2 porque, com o guardião Vinícius batido, um defesa colocou-se no caminho do golo e impediu-o a Paulinho.

Apesar da clara superioridade nesta fase, a vantagem verde e branca durou apenas cerca de dez minutos. Aproveitando uma bola parada para chegar pela primeira vez à baliza Leonina na segunda parte, o Portimonense SC repôs a igualdade no marcador totalmente contra a corrente do jogo e graças a uma cabeçada certeira do central Filipe Relvas.

Um golpe duro, mas, sem tempo a perder, o Sporting CP partiu para a reacção de forma determinada. Daniel Bragança entrou por ‘Pote’ - saiu com queixas físicas - e Morita, à entrada da área, obrigou de imediato o guarda-redes dos algarvios a uma defesa apertada. A seguir, a formação de Paulo Sérgio até teve nos pés um contra-ataque muito favorável para fazer a reviravolta, mas Quaresma foi rápido a resolver e, com um carrinho à última hora, evitou o pior perante Hélio Varela.

Superado o susto, a reacção verde e branca não só não esfriou como chegou em força - e com muita classe - à entrada para os derradeiros dez minutos. Descaído para o corredor esquerdo, Morita - omnipresente - cruzou rasteiro para a área e o avançado Paulinho – uma vez mais, determinante – fez o desvio, agora com eficácia e de calcanhar, para o fundo das redes.

Nova explosão de alegria a verde e branco, e agora seria definitiva, mas apenas porque Adán apareceu também quando mais se precisava: o espanhol, com uma ‘mancha’ decisiva, levou a melhor num cara-a-cara com o veloz Hélio Varela quando faltavam cinco minutos para os 90’.

A acção não parou até bem perto do apito final, com o jogo aquecer dentro das quatro linhas – sucederam-se as faltas e os cartões amarelos – e Amorim apostou em Ricardo Esgaio – cumpriu aqui o seu jogo 150 de Leão ao peito - e Francisco Trincão, nesta fase, para garantir o importante e difícil triunfo em Portimão.

E se já nos descontos, para o Portimonense SC, Carlinhos ainda ameaçou, Paulinho também o fez para os Leões, desperdiçando um frente-a-frente após um grande trabalho do seu companheiro de ataque, Gyökeres.

Finalmente, só o último apito colocou um ponto final nesta segunda parte em alta rotação, muito emotiva, mas com uma resposta Leonina à altura e um merecido final feliz antes da viragem do ano.

Com esta vitória, o Sporting CP fechou 2023 da melhor maneira, com 37 pontos, mais um do que o SL Benfica e mais três que o FC Porto. Agora, segue-se, já em 2024, um embate frente ao GD Estoril Praia, novamente para a Liga e que marcará o regresso do Sporting CP ao Estádio José Alvalade após dois encontros consecutivos fora de casa.

Sporting CP: Antonio Adán [GR], Geny Catamo (Ricardo Esgaio, 83’), Luís Neto [C] (Eduardo Quaresma, 46’), Ousmane Diomande, Matheus Reis, Nuno Santos, Hidemasa Morita, Pedro Gonçalves (Daniel Bragança, 75’), Marcus Edwards (Francisco Trincão, 90+1’), Paulinho e Viktor Gyökeres.