Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now

×

Foto José Lorvão

Empate resgatado à última hora numa noite difícil em Eindhoven

Por Sporting CP
01 Out, 2024

Entrada de Daniel Bragança trouxe melhorias e o golo (1-1)

De volta à acção na UEFA Champions League, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal deslocou-se, esta terça-feira, a Eindhoven e empatou 1-1 com os neerlandeses do PSV no encontro a contar para a segunda jornada da nova fase de liga.

Nos Países Baixos viveu-se uma primeira deslocação europeia da época muito exigente, mas o esforço final verde e branco acabou premiado com o golo do empate aos 84 minutos. Além de assinar o golo que valeu um ponto, a entrada de Daniel Bragança, pouco depois do intervalo, destacou-se pelo que fez jogar, ajudando a soltar uma equipa Leonina que tinha sido neutralizada na primeira parte. Até lá, o jogo foi um manancial de ataques e oportunidades falhadas e Leões e neerlandeses acabaram a partilhar os pontos – Sporting CP soma quatro e o PSV um nesta competição.

À entrada para este duelo europeu eram muitos os aspectos em comum entre Sporting CP e PSV em 2024/2025. Além de ambos serem os respectivos campeões nacionais, iniciaram a temporada com derrotas na Supertaça, mas daí em diante somaram por vitórias (sete) todos os jogos disputados nas suas ligas domésticas e as duas formações têm-se destacado pela capacidade goleadora – ambas com 30 golos marcados.

A separar os registos dos Leões e neerlandeses, contudo, estava a entrada nesta UEFA Champions League: enquanto a turma de Alvalade estreou-se com uma vitória em Alvalade diante do Lille OSC (2-0), o emblema de Eindhoven perdeu em casa da Juventus FC por 3-1.

Para enfrentar este confiante e vertical PSV de Peter Bosz, coadjuvado por Stijn Schaars, ex-jogador Leonino, na sua ‘fortaleza’ – sem derrotas em casa desde 12 de Novembro de 2022 - Rúben Amorim fez duas alterações no ‘onze’ comparativamente ao utilizado no triunfo em casa do GD Estoril Praia (0-3): Geovany Quenda - entrou para a ala direita e Geny Catamo passou para o trio de ataque - e Gonçalo Inácio regressaram à titularidade, ocupando os lugares que tinham sido de Maxi Araújo e Matheus Reis, sendo que este último foi ausência por lesão, tal como Pedro Gonçalves e Marcus Edwards, além de Jeremiah St. Juste, que embora tenha viajado com a comitiva ainda não está apto. Novidade foi também a inclusão dos jovens Mauro Couto e Luís Gomes na ficha de jogo.

Há três jogos que o PSV não jogava em casa e, também por isso, o ruidoso Philips Stadion vestiu-se de gala para a primeira noite de UEFA Champions League em 2024/2025 e encheu os seus mais de 35 mil lugares, entre os quais se contavam uns cerca de 1750 incansáveis Sportinguistas, que se fizeram notar desde o início.

Os dois conjuntos começaram por medir as suas forças de forma mais calculista, com o PSV a assumir mais a iniciativa com bola e o Sporting CP a procurar verticalizar o jogo para Viktor Gyökeres assim que possível, mas foi sempre bem vigiado de forma próxima por Ryan Flamingo.

Logo a seguir, os planos do PSV rapidamente sobressaíram. Um roubo de bola perto da área Leonina, ainda no primeiro quarto hora de jogo, deu no primeiro remate, defendido por Franco Israel, mas pouco depois a ameaça concretizou-se. Novamente, a pressão neerlandesa surtiu efeito e Jerdy Schouten, que recuperou a bola à entrada da área – com muitas queixas de Geny no lance –, não pensou duas vezes e, dali, atirou forte e colocadíssimo para fazer de imediato o 1-0. Início tremendamente penalizador para a turma de Alvalade, que após seis jogos seguidos de baliza a zeros voltou a sofrer um golo – não acontecia desde o 1-6 frente ao CD Nacional a 17 de Agosto.

Galvanizaram-se os adeptos e jogadores do PSV, os quais foram também aumentando a sua agressividade e o número de faltas (12-3 ao intervalo) perante a intenção, por parte dos Leões, de assumir as rédeas do jogo. Contudo, à meia hora, uma nova contrariedade abateu-se sobre a equipa de Amorim: Ousmane Diomande lesionou-se e teve de ser substituído por Eduardo Quaresma – ficou Inácio no eixo, Debast à esquerda e o recém-entrado à direita.

À procura de reencontrar as suas dinâmicas, uma incursão de Francisco Trincão acabou nos pés de Gyökeres, mas o remate de primeira foi logo bloqueado por um defesa. Ainda assim, apesar das arrancadas tentadas por Quenda e Trincão ou das desmarcações de Geny, o Sporting CP continuou com dificuldades em campo, quer para superar a incessante pressão adversária na construção, quer para mostrar acutilância em zonas mais adiantadas. O melhor que os Leões conseguiram foi um cabeceamento de Inácio ao lado, já a fechar o primeiro tempo, e foram a perder pela margem mínima para o intervalo.

A abrir a segunda parte, no entanto, voltou a ser o campeão dos Países Baixos a entrar com ‘a corda toda’. Ismael Saibari - a rasar o poste - e Guus Til – por cima – deixaram sérios avisos à equipa de Rúben Amorim, que, por isso, não tardou em mexer a partir do banco para a reconfigurar. Daniel Bragança entrou por Geny Catamo para pisar zonas mais ofensivas e dar - com sucesso crescente – outra fluidez e progressão ao jogo verde e branco.

Já depois de Luuk de Jong ter falhado um golo cantado no cara-a-cara com Israel, o Sporting CP conseguiu a sua primeira saída para o ataque por Quenda, mas nem Bragança, nem Trincão conseguiram rematar nas melhores condições. Com Bragança na ‘batuta’, a turma de Alvalade foi ficando mais próxima da área adversária e aos 70 minutos dispôs de uma flagrante situação de golo, mas depois da movimentação certa Quaresma escorregou precisamente no momento de encarar o guardião Walter Benítez e a oportunidade de empatar perdeu-se.

Pouco depois, Quenda tentou a sua sorte com um remate em arco que saiu ligeiramente ao lado. Ao mesmo tempo, o espaço para o PSV atacar aumentou, mas Franco Israel mostrou-se fiável quando mais se precisava.

Com o duelo cada vez mais aberto e as oportunidades a sucederem-se, o treinador verde e branco apostou nos reforços Conrad Harder e Maxi Araújo à entrada para os derradeiros dez minutos para refrescar os lugares de Nuno Santos e Francisco Trincão. Johan Bakayoko, para o PSV, e Harder, para o Sporting CP, tiveram tudo para marcar, mas sem sucesso na finalização.

No entanto, quando parecia que nada iria alterar o teimoso 1-0, apareceu Bragança e, com ele, o desejado empate, já aos 84 minutos. O cruzamento saiu de outro suplente utilizado, o recém-entrado Maxi Araújo, e o médio formado em Alcochete entrou de rompante na área para marcar à última hora e ‘apagar’ o Philips Stadion, excepto o topo recheado de Sportinguistas, onde se soltou a festa - terceiro golo da época do esquerdino, o primeiro de sempre na UEFA Champions League.

Até ao fim, o PSV, já com umas bancadas mais intranquilas, tentou responder, mas o 1-1 estava para ficar – destaque para o esforço defensivo de Quaresma. Contudo, até foi o Sporting CP a dispor da última chance, porém Benítez esticou-se todo e travou o violento remate do jovem Harder.

Assim, após uma noite difícil, mas corrigida em parte com uma segunda parte melhor, foi com um ponto que o Sporting CP saiu de Eindhoven, uma cidade neerlandesa ‘apertada’ entre a Bélgica e a Alemanha, dois países onde, curiosamente, os Leões também têm deslocações agendadas nesta UEFA Champions League – a casa do Club Brugge (sexta jornada, a 10 de Dezembro) e do RB Leipzig (jornada sete, a 22 de Janeiro de 2025), mais concretamente.

Agora com quatro pontos somados, a turma de Alvalade encontra-se na sétima posição no final deste dia de Liga dos Campeões e, na próxima jornada, irá visitar os austríacos do SK Sturm Graz no dia 22 deste mês. Antes disso, segue-se o regresso a Alvalade para defrontar o Casa Pia AC em mais uma jornada a contar para a Liga.

Sporting CP: Franco Israel [GR], Geovany Queda, Zeno Debast, Ousmane Diomande (Eduardo Quaresma, 31’), Gonçalo Inácio, Nuno Santos (Maxi Araújo, 80’), Morten Hjulmand [C], Hidemasa Morita, Francisco Trincão (Conrad Harder, 80’), Geny Catamo (Daniel Bragança, 52’), Viktor Gyökeres