A formação de Alvalade venceu o Atlético do Cacém por 4-0

Na manhã de Domingo, os comandados de João Vargas pisaram o relvado do campo n.º 5 da Academia do Sporting CP, em Alcochete, com a consciência de que uma vitória diante do Atlético do Cacém lhes daria o título de campeões distritais. 

Até aos dez minutos, o encontro da 30.ª jornada da Divisão de Honra foi transportado para um patamar mais físico, com vários duelos disputados a meio-campo sem que nenhuma das equipas conseguisse assentar o seu estilo de jogo – nesse período, de destacar o enorme discernimento e demonstração de força do número seis da casa, Umaro Baldé, que foi conseguindo empurrar os ‘leões’ para junto da grande área adversária. Assim que a formação ‘verde e branca’ mostrou capacidade para explorar os corredores, contando invariavelmente com os apoios do avançado Rodrigo Costa, a qualidade do futebol praticado subiu consideravelmente, passando a assistir-se aos desequilíbrios constantes criados por Bruno Tavares, o extremo do Sporting CP que na primeira parte actuou pela ala esquerda. Os ‘leões’ foram acumulando várias oportunidades claras para abrir o marcador, sendo que a mais flagrante saiu dos pés de Rodrigo Costa, que já depois de ter fugido ao guarda-redes contrário e com a baliza à sua mercê, não conseguiu captar a bola nas melhores condições e rematou por cima do alvo. No entanto, o desperdício não abalou a persistência e o espírito de sacrifício do conjunto de sub-14 e, à passagem do minuto 25’, João Daniel fez as redes abanarem pela primeira vez, aproveitando da melhor maneira a assistência de Francisco Conceição – no início do lance, de realçar o trabalho extraordinário de Rodrigo Costa. Foi o avançado ‘leonino’ que desorientou toda a defensiva adversária antes de colocar a bola no interior da área. Após o golo do Sporting CP, o Atlético do Cacém atravessou o melhor período do jogo, assumindo uma maior posse de bola enquanto se instalava no meio-campo dos visitados, mas a verdade é que nunca chegou com perigo à baliza defendida por Hugo Cunha. O árbitro acabaria por apitar para o intervalo, deixando os ‘leões’ a 35’ da tão desejada conquista.

Na segunda metade, a raça dos jovens que envergaram o símbolo do leão rampante veio ao de cima. A equipa voltou dos balneários com uma vontade imensa de ‘matar’ o jogo cedo, aplicando uma pressão categórica no portador da bola assim que esta saía do guardião do Cacém. O ‘pressing’ dos leões juntou-se à grande avalanche ofensiva, o que fez com que cinco minutos fossem suficientes para chegar ao 2-0. Bruno Tavares cobrou um canto do lado direito de forma irrepreensível e Gonçalo de Batalha, de cabeça, assistiu Rodrigo Costa, que ‘penteou’ a bola para o segundo golo dos ‘leões’. À medida que o cronómetro ia avançando, a motivação começava a pautar o ritmo da partida: os ‘leões’ sufocavam o adversário, sabendo que estavam cada vez mais próximos do título, e os jogadores do Cacém já não tinham pernas para os acompanhar. Até final, Gonçalo Batalha entrou para a ficha de marcadores aos 52’, assim como Alexandre Lami, aos 57’, que havia entrado para o lugar de Francisco Conceição.

O resultado final fixou-se nos 4-0 e a formação do Sporting CP voltou a deixar orgulhosos os muitos Sportinguistas que fizeram questão de estar presentes na Academia.