Tiago Fernandes antevê o último jogo da época em que os juniores se podem sagrar campeões, mas destaca a evolução dos jogadores

A equipa ‘leonina’ de juniores enfrentará a Académica no sábado, pelas 17h, no encontro que será o último da época para os jovens ‘leões’ e que pode decidir se o título fica na Academia ou não. Para o Sporting CP se sagrar campeão nacional precisa então de bater a equipa de Coimbra e esperar que o FC Porto não vença o Belenenses, actual 3.º classificado da liga. Para Tiago Fernandes, treinador ‘verde-e-branco’, será mais um jogo, apesar da ansiedade que pode criar nos seus pupilos.

“O jogo com a Académica será como todos os outros. Queremos fazer um bom jogo, pôr em prática tudo o que idealizamos para a equipa e chegar à vitória de forma categórica. Acabar bem a época e a mostrar qualidade e a evolução que tivemos ao longo da época. Claro que eles sabem que têm uma oportunidade de ser campeões e vamos tentar que as coisas se realizem. É normal alguma ansiedade nestas idades, mas já lhes disse para estarem tranquilos e desfrutarem do jogo. Quem joga no Sporting CP tem sempre a ambição e a pressão de ter de ganhar, e isso só os fará evoluir. Se querem ser jogadores têm de estar preparados para isto”, afirmou o técnico.

Apesar de a conquista do título ainda estar em disputa, Tiago Fernandes considera que os resultados de sábado não poderão colocar em causa o trabalho desenvolvido ao longo do ano. “O sucesso da época não depende do título, que claro que será a cereja no topo do bolo se acontecer. Mas aquilo que fizemos até aqui e a evolução que tivemos é evidente. O trajecto que nos levou a disputar o título até à última jornada é sinal de que evoluímos e de que crescemos. Claro que queremos o título, mas a evolução dos jogadores é o mais importante, mesmo com algumas dificuldades pelo caminho”, disse, explicando que sente uma evolução significativa nos jogadores depois desta temporada.

“Deixa-me orgulhoso sentir que os jogadores foram espremidos ao máximo em relação àquilo que podiam fazer. Sinto que eles rendem o triplo do que rendiam nos anos anteriores. Os avançados faziam cinco golos e agora fazem 20, os extremos faziam dez assistências e agora fazem 20. O Bruno Paz, por exemplo, fazia um ou dois golos e agora leva sete ou oito. O Ronaldo, que acabava com seis ou sete, nesta época leva quase 30. Os jogadores evoluíram muito e sabem disso, a estatística não mente. A geração que no ano passado lutou pela manutenção, com jogadores de 97 que quase nunca jogavam e este ano jogam, neste ano estão a lutar pelo título até ao fim. O processo de evolução é este”, concretizou o treinador ‘leonino’.