Arbitragem polémica dita derrota na festa dos campeões
03 Jun, 2017
Sporting CP perdeu frente ao Belenenses no jogo de consagração (2-1), com uma grande penalidade mal assinalada a ditar o resultado final
Os juniores leoninos saíram derrotados do jogo de consagração (2-1) frente ao Belenenses, numa partida marcada por uma arbitragem muito polémica. Os leões ainda marcaram primeiro por intermédio de Gabriel Pajé, mas na segunda parte, reduzidos a oito elementos, viram o Belenenses dar a volta ao resultado e a vencerem o jogo no último lance da partida através de uma grande penalidade mal assinalada.
Antes do início da partida destaque para a habitual guarda de honra feita aos campeões nacionais, com os jogadores do Belenenses a cumprirem a tradição. Nota ainda para a forma como os jogadores do Sporting CP apareceram em campo, em que eram visíveis várias pinturas de verde e branco na cara, no corpo e no cabelo, num grande ambiente de festa pelo título conquistado.
Quanto ao encontro, começou com os leões a assumirem as despesas de jogo, embora sem conseguirem criar lances de perigo para a baliza defendida por Tomás Foles. Mesmo com o título garantido e frente ao segundo classificado do campeonato, o Sporting CP tinha vontade de oferecer a vitória aos muitos adeptos que preencheram as bancadas do Estádio Aurélio Pereira. Foi por isso sem surpresa que começou a imprimir um ritmo mais alto e a criar calafrios à defensiva do Belenenses. Primeiro, aos 13 minutos, Jovane Cabral rematou fraco e ao lado, sendo que logo a seguir surgiu a primeira grande oportunidade do jogo. Jovane Cabral arrancou pelo lado esquerdo e cruzou rasteiro, apanhando Pedro Marques ligeiramente atrasado para o desvio vitorioso.
O Belenenses tentou responder de bola parada aos 23 minutos, mas o remate de Nuno Santos saiu direitinho para as mãos de Diogo Sousa, que encaixou sem dificuldades. As bancadas começaram a cantar “o campeão voltou” e talvez impulsionados por esse aspecto os verdes e brancos deram espectáculo (27’). Grande jogada colectiva dos leões que começou no lado direito, com participação do lateral Thierry Correia, do médio Pedro Ferreira e teve continuidade no extremo Jefferson Encada, e terminou dentro de área com o remate de Gabriel Pajé para defesa apertada de Tomás Foles.
Depois de dois avisos, os campeões nacionais chegaram mesmo à vantagem (37’). Pontapé de canto batido à maneira curta por Daniel Bragança para Jefferson Encada e o extremo a cruzar para a cabeça de Gabriel Pajé, que, num movimento à ponta de lança, inaugurou o marcador. Um golo que teve direito a festejos especiais por parte de toda a equipa leonina.
Logo a seguir podia ter acontecido o segundo golo, mas Jovane Cabral, depois de passar pelo guarda-redes, perdeu muito tempo e desviou-se da baliza, desperdiçando uma excelente oportunidade.
O segundo tempo começou praticamente com mais uma boa chance para os leões. Grande passe de ruptura de Gabriel Pajé para Jovane Cabral, só que o extremo deixou-se antecipar pelo lateral Francisco Sénica. A partida decorria sem nenhum problema a nível disciplinar, quando, no espaço de dois minutos (52’ e 54’), o Sporting CP se viu reduzido a nove jogadores. Primeiro foi o médio Pedro Ferreira a levar cartão vermelho directo após um lance fora das quatro linhas junto ao banco de suplentes da formação do Restelo e depois foi o lateral Thierry Correia a sofrer a mesma penalização após cometer uma falta ainda dentro do meio-campo defensivo dos visitantes.
Apesar de ter mais dois elementos em campo só aos 67 minutos é que o Belenenses conseguiu perigar a baliza defendida por Diogo Sousa. Leandro Sanca trabalhou no lado direito e assistiu João Louro, com o número 10, em excelente posição, a atirar por cima. Em inferioridade numérica, o Sporting CP perdeu naturalmente o controlo do jogo, mas nunca deixou de espreitar o contra-ataque. Exemplo disso foi o lance aos 75 minutos, com o recém-entrado João Mendes a ganhar terreno no lado esquerdo e a rematar para defesa a dois tempos de Tomás Foles.
Aos 79 minutos Tiago Fernandes deu a oportunidade do guarda-redes suplente Rafael Van-Der-Laan também se sagrar campeão nacional, juntando-se assim ao leque de jogadores que conquistaram o título em dois anos seguidos (juvenis e juniores). O Sporting CP, com uma maturidade e garra assinaláveis, ia conseguindo manter a vantagem, mas um grande golo do avançado Diogo Pacheco, com um tiro do meio da rua, igualou a partida (87’).
O empate parecia ser o resultado final, mas o árbitro da partida voltou a estar em destaque assinalando uma grande penalidade de Abdu Conté sobre João Louro, expulsando o terceiro jogador leonino no jogo. Um lance que a repetição televisiva demonstra que foi mal ajuizado e que o número 10 dos azuis do Restelo aproveitou para fazer o segundo golo dos visitantes. Apesar da polémica e da derrota, apenas a segunda em toda a época, o encontro acabou com os verdes e brancos a fazerem a festa e a levantarem a taça de campeões nacionais.