Bicampeões sem Taça
27 maio, 2018
Final perdida para o rival (24-31) no Peso da Régua não belisca época de grande nível dos leões de Hugo Canela
Ter-se-á percebido logo no primeiro ataque leonino o quão difícil seria para o Sporting CP conseguir alcançar a dobradinha – o que não é conseguido desde a temporada 2004/05 –, ao defrontar o Benfica na final da Taça de Portugal, que este fim-de-semana decorreu no Peso da Régua.
Difícil porquê? Porque, como se disse, logo no primeiro ataque leonino a dupla de arbitragem Tiago Monteiro/António Trinca (que acabou a carreira neste encontro) deu ordem de exclusão por dois minutos a Pedro Valdes. E logo de seguida, a mesma receita a Tiago Rocha.
É certo que os leões só acertaram na baliza de Hugo Figueira ao quarto ataque, através de Pedro Solha, quando o marcador já dava vantagem (3-0) ao adversário, e quando o cronómetro já seguia no quinto minuto.
Longe dos índices de eficácia ofensiva do dia anterior, quando nas meias-finais se eliminou o FC Porto, a formação orientada por Hugo Canela bem se pode queixar de algumas decisões de arbitragem.
O intervalo chegou com cinco golos de desvantagem para os leões (15-10), o que não configurava nada de extraordinário para uma reviravolta, até pelo que foi feito ao longo da época. No entanto, o regresso dos balneários trouxe um registo nivelado por baixo para ambas as equipas. Os primeiros sete ataques do encontro (quatro para o Benfica e três para o Sporting CP) foram todos falhados, incluindo um livre de sete metros de Nikcevic, seguido do primeiro golo da etapa complementar: Tiago Rocha (35’).
A formação de Alvalade parecia estar no bom caminho para a recuperação. Uma defesa de Skok e um golo de Pedro Portela colocava os leões na menor margem (17-14), mas 11 ataques sem marcar tornou mais complicada a missão. O avolumar do resultado tornou-se, assim, quase natural.