Patrícia Mamona oitava nos Mundiais
19 Jul, 2022
Saltadora verde e branca chegou aos 14,29 metros
Patrícia Mamona, atleta do Sporting Clube de Portugal, foi oitava classificada na final do triplo salto nos Campeonatos do Mundo de atletismo, que estão a decorrer em Eugene, Oregon, EUA.
A vice-campeã Olímpica da disciplina entrou com um salto de 14,25 metros, mas apenas conseguiu melhorar ligeiramente essa marca no quinto ensaio, chegando aos 14,29 metros. Esse acabou por ser o melhor registo de Patrícia Mamona, que terminou na oitava posição.
A prova foi conquistada pela venezuelana Yulimar Rojas (15,47 metros), sendo que Shanieka Ricketts (Jamaica, 14,89 metros) e Tori Franklin (EUA, 14,72 metros) ocuparam os restantes lugares do pódio.
No final, Patrícia Mamona lamentou o resultado, mas explicou que, tendo em conta as limitações físicas (no dia anterior "nem dizer 'sim' conseguia" devido a uma lombalgia), não deu para mais.
"A equipa médica fez milagres e hoje de manhã já me sentia melhor. Trabalhei de novo com a equipa médica. Estava em condições para saltar, passei à final um bocadinho 'à rasca', mas sinceramente não podia muito mais. Ficamos sempre a acreditar que é possível, mas olhando para trás vejo que era impossível", disse a Leoa, citada pela Federação Portuguesa de Atletismo (FPA).
"A época foi muito má, com muitas lesões, muitos entraves, mas isto faz parte do desporto. Depois de um ano Olímpico excelente, isso motivou-me e entrei logo a carregar. Até ao final ainda acreditei, mas estou muito apática. Estou feliz porque a equipa médica conseguiu fazer o que eu pensava que não era capaz, porque quando eu sinto isto estou vários dias a recuperar e eles fizeram-no em dois dias", acrescentou.
Por fim, Patrícia Mamona definiu os objectivos para o futuro: "Recuperar, pois ainda temos [os Europeus de] Munique e no próximo ano temos dois mundiais".
No lançamento do disco, Irina Rodrigues não conseguiu o apuramento para a final, tendo terminado a qualificação com a 23.ª melhor marca: 57,69 metros.
"Senti que podia ter feito um pouco melhor. A verdade é que preciso de mais treino. Acredito que em Munique estarei muito melhor. Sei que aqui é um palco grande, mas não estava ansiosa. Usei muito a força e no último ensaio isso foi evidente, não fiz totalmente a técnica e vi o disco cair rapidamente em vez de planar. Estava muito vento e ficou assim. Não foi a minha melhor marca do ano, mas estou feliz porque conclui o meu quinto ano de medicina e estou nos Mundiais a lançar acima de 57 metros", contou a atleta do Sporting CP.
Por fim, Lorène Bazolo entrou em acção nos 200 metros - depois de já o ter feito nos 100 - e foi sexta classificada na segunda série da primeira ronda com o tempo de 23''41. Assim, a velocista verde e branca ficou eliminada.
"Fiz o melhor que podia, dei tudo o que tinha e saiu esta marca. Agora é voltar a trabalhar e focar-me para os Europeus. (...) Não estou desiludida. Quando corre mal é o contrário, aprendo com isso. Este resultado deixa-me a reflectir", afirmou à FPA.
Esta madrugada, de terça para quarta-feira, é a vez de Vera Barbosa competir nos 400 metros barreiras.