De la Fuente em 9.º, com Matti Manninen a vencer
06 Mar, 2016
Sporting CP/Tavira terminou Clássica da Primavera na sexta posição
O finlandês Matti Manninen (Bliz-Merida) foi o grande vencedor da 20.ª edição da Clássica da Primavera, cortando a meta isolado, depois dos 145,7 quilómetros de um percurso que terminou na Avenida dos Banhos, na Póvoa do Varzim. O finlandês da equipa sueca que está a estagiar em Portugal desde Janeiro surpreendeu o pelotão das formações nacionais, atacou no grupo de fugitivos e acabou por vencer a prova com o tempo de 3.52.07. O segundo classificado, a mais de três minutos de distância, foi Sebastian Baylis, ciclista amador da equipa britânica Zappi’s, com o pódio a ser fechado por Rafael Silva (Efapel), a 3.48 do grande vencedor da prova.
Quanto à formação do Sporting CP/Tavira, David de la Fuente voltou a ser o melhor ciclista ‘verde e branco’ em prova, conquistando o nono lugar da classificação individual, com 3.55.55. Valter Pereira foi o segundo melhor ‘leão’, concluindo a prova na 22.ª posição, com 3.55.59, pouco mais de dois minutos à frente de Shaun-Nick Bester, o sul-africano que se estreou pelo Sporting CP/Tavira, na 36.ª posição, com 3.58.00.
Na classificação geral por equipas, o conjunto ‘verde e branco’ terminou a prova na sexta posição, com 11.49.54. A Clássica da Primavera foi ganha pela Bliz-Merida, com 11.46.05, à frente da W52/FC Porto, com 11.47.48, e da Efapel, com 11.47.49.
No final da prova, Vidal Fitas, director-desportivo do Sporting CP/Tavira, analisou a prova, fazendo um balanço positivo desta Clássica da Primavera.
“Foi uma etapa muito táctica. A vitória acabou por pertencer a um ciclista de uma equipa sueca e noutras circunstâncias isso não aconteceria. A nossa equipa esteve à altura dos acontecimentos, embora aquilo que tínhamos planeado para o início da corrida não se tenha conseguido concretizar por uma série de circunstâncias que são próprias da prova – porque a corrida se acabou por se desenrolar de uma maneira diferente daquilo que tínhamos programado. Acabámos por não ter aquele resultado que pretendíamos. De qualquer forma, o comportamento dos atletas foi bom… Acabaram por cumprir aquilo que lhes foi pedido e que, em parte, fazia parte da estratégia para o dia. As coisas acabaram por correr bem. Posso considerar um balanço positivo pelo facto de a equipa ter conseguido cumprir com aquilo que foi pedido”, analisou Vidal Fitas.
Na antevisão, o director-desportivo afirmara que um dos maiores interesses do fim-de-semana era perceber como reagiriam as equipas nacionais ao novo alinhamento do pelotão. Terminadas as duas provas, a que conclusão chegou Vidal Fitas?
“Foi um bocadinho dentro daquilo que estávamos à espera. Ontem foi uma corrida menos táctica, por exemplo. Também era mais dura, era diferente. Mas de qualquer maneira, as equipas muito a dependerem daquilo que são as opções que a equipa do Sporting CP Tavira toma e também de alguns corredores do FC Porto. Digamos que essas são as duas referências neste momento. Toda a gente acaba muito por andar ao sabor daquilo que essas duas equipas fazem. Torna um bocadinho difícil gerir os corredores porque nós acabamos por estar numa competição onde não estamos contra um adversário, mas sim contra 14, 15, 16. Acaba por ser um pouco complicado geri-la porque todo um pelotão está dependente daquilo que são as opções de duas equipas. Não só para nós. É um pouco complicado gerir essa situação: as opções que se tomam, muitas vezes, acabam por não ser as mais indicadas. Torna o nosso trabalho mais difícil, mas é um bocadinho aquilo que nós pensávamos que podia acontecer e a que iremos ter de nos habituar e arranjar maneiras de poder ultrapassar. Era expectável. Para já, deu para compreender um bocadinho como se calhar irá ser a época e para entender melhor a abordagem às corridas. Não durante todas as competições, mas grande parte delas”, concluiu Vidal Fitas.